Cinco brasileiros estreiam hoje, na Argentina, na última seletiva para o PGA Tour LA

28/01/2020

Herik, Nagayama, Navarro, Axell e Thor buscam uma das 12 vagas entre 59 jogadores

Nagayama, Axell, Navarro, Thor e Herik: o “exército” brasileiro na Argentina

por | Ricardo Fonseca

Cinco brasileiros estreiam nesta terça-feira, 28 de janeiro, no Cañuelas Golf Club, em Buenos Aires, na Argentina, na quarta e última seletiva (Q-School) para o PGA Tour Latinoamérica de 2020, o circuito de acesso ao Korn Ferry Tour, que por sua vez é o único acesso para o PGA Tour. Nas semanas anteriores foram disputadas duas seletivas concomitantes nos EUA, seguida de outra, no México. Esta, da Argentina, é exclusiva para os sul-americanos, uma iniciativa de reserva de mercado sem precedentes.

Criar uma seletiva exclusiva para os sul-americanos serviu sobretudo para mostrar as dificuldades que passa o golfe do continente. Enquanto as demais seletivas abertas a todos estavam lotadas – 108 e 103 jogadores, nas dos EUA, e 86, no México, apenas 59 golfistas se dispuseram a pagar os US$ 2 mil de ingresso para tentar a sorte na terceiro divisão do PGA Tour, onde a vida não é fácil para ninguém. Jogar em cada uma das etapas do circuito pode custar até uns US$ 2 mil por torneio e, para recuperar isso em prêmios, é preciso terminar Top 10 ou melhor.

Brasileiros – Dos cinco brasileiros em campo, é grande a expectativa pelos dois estreantes, Herik Machado, que até virar profissional era o melhor amador do Brasil, e Pedro Nagayama, do São Fernando, que depois de um par de anos relutando, resolveu virar profissional há poucos meses. Herik entrou para o profissionalismo no final de 2018 e acabou perdendo a chance de disputar as seletivas do ano anterior por um mal-entendido sobre quem pagaria sua inscrição, já que estava em processo de deixar o Belém Novo de Porto Alegre e se transferindo para o São Paulo GC, por quem compete hoje, com apoio de um empresário sócio do clube.

Felipe Navarro, também do São Paulo GC, por sua vez, tenta recuperar o cartão do circuito que ganhou na seletiva de janeiro de 2019, mas perdeu por ter jogado poucos torneios. Axell dos Santos, do Fazenda da Grama, que aparece nas competições internacionais com o sobrenome Balestre, é uma jovem esperança que poderá ter, finalmente, a oportunidade de mostrar seu valor. Thor Salén é amador e compete em várias seletivas sem grandes pretensões.

Vagas – Ganhar uma vaga na seletiva da Argentina não será tão difícil como nas demais. Afinal, são 59 jogadores para 12 vagas (uma para cada cinco), sendo que só o campeão ganhará um cartão integral para a temporada de 2020. Os classificados do segundo ao 12º lugar ganham cartão isento para a primeira metade da temporada, o que deve bastar para quem passar ao menos um corte para jogar no segundo semestre. Caso haja empate nas posições finais, haverá playoff para definir os 12 primeiros.

Há ainda um cartão condicional para quem ficar do 13º ao 35º lugar e empatados, que pode ser útil para concorrer a um convite dos patrocinadores dos torneios do PGA Tour LA, que costumam trocar vagas entre eles. Ou até para entrar direto na chave de torneios que não atraiam tantos americanos – a grande maioria dos participantes do PGA Tour LA.

Histórico – Dois brasileiros já venceram seletivas do PGA Tour LA na Argentina. O primeiro foi Daniel Stapff, que dividiu o primeiro lugar com o colombiano Andrés Echavarría, no ano de estreia do circuito, em 2012, no Hurlingham Club. O outro foi Rodrigo Lee, hoje no Korn Ferry Tour, na seletiva de 2016, no Praderas de Luján. O Brasil já tem dois membros do PGA Tour LA para 2020: Rafa Becker e Alexandre Rocha, que terminaram a temporada passada entre os Top 60 que mantiveram o cartão.

O Cañuelas Golf Club vai ser jogado com par 72 (36-36) e 7,267 jardas. O Cañuelas é sede de torneios do PGA Tour LA desde 2017 e volta a receber o evento em no final de março. O recorde do torneio é de 274 tacadas, 14 abaixo, de Andrés Echavarría e Ryan Ruffels na competição de 2019.

Destaques – Haverá muita gente forte em campo, a começar pelo mexicano Álvaro Ortiz, campeão do LAAC (Latin America Amateur Championship) de 2019 onde ganhou vaga para o Masters sendo o segundo melhor amador em Augusta, em 2019. Com isso ganhou convites para seis torneios do PGA Tour, onde passou dois cortes.

Outro é o chileno Horacio León, campeão do Quito Open, do PGA Tour LA, de 2018, que, com isso chegou ao Korn Ferry Tour de 2019, onde jogo 15 torneios, teve um Top 10, mas perdeu o cartão. O costa-riquenho Luis Gagne, ex Louisianna State University (LSU), que virou pro em 2019, também é destaque pois passou nas seletivas para o US Open de 2018, onde foi o melhor amador, além de ter sido vice no LAAC de 2019.

O argentino Maximiliano Godoy, que jogou todas as temporadas do PGA Tour LA desde sua fundação, em 2012, perdeu o cartão por pouco no ano passado e tentar volta. Já teve 11 Top 10s em 108 torneios do circuito. Completa a lista de favoritos o mexicano Aaron Terrazas que acaba de ser vice-campeão no LAAC, mas ainda joga como amador, dependendo desta seletiva para virar profissional.

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