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Clubes de São Paulo terão acesso a máquinas de furação

22/10/2010

Federação Paulista anuncia acordo que promete melhorar qualidade técnica do golfe no estado

Toro Procore 864 em ação: máquina de furar raia em ação, disponível para todos os clubes paulistas

Toro Procore 864 em ação: máquina de furar raia disponível para todos os clubes paulistas

Após mais de um ano de negociações, a Federação Paulista de Golfe anunciou esta semana que concretizou um acordo com a Toro, um dos maiores e mais importantes fabricantes de maquinários para campos de golfe do mundo, para oferecer a todos os clubes filiados à entidade o uso das caríssimas máquinas de furar greens e fairways que hoje apenas poucos clubes dispõem. Quinze clubes de São Paulo vão passar a utilizar essas máquinas imediatamente o que deve resultar numa melhora significativa na qualidade técnica dos gramados e do golfe do estado de forma geral.

Pelo acordo firmado, A FPG vai alugar as máquinas por ano e repassá-las aos clubes paulistas, que poderão utilizá-las em rodízio e com preços subsidiados. Segundo a FPG, essas máquinas de furar greens e fairways, por causa de seu elevado custo – perto de US$ 88 mil – e baixa utilização (em média uma vez por ano), estão disponíveis hoje apenas nos clubes mais ricos do estado.

Salto de qualidade – “Vai ser o maior salto de qualidade da história do golfe Paulista”, comemora Manuel Gama, presidente da Federação Paulista de Golfe, que comandou a 26ª Reunião Extraordinária da Conselho Arbitral da FPG, na noite de segunda-feira, 18 de outubro, na sede da entidade, onde foi decidido como será feito o uso de mais esse benefício aos associados. “De todos os problemas dos clubes do Estado, esse era o que mais preocupava os seus dirigentes e o de mais difícil solução”, conta Manuel.

A FPG foi oferecer as máquinas a todos os clubes paulistas, juntamente com os funcionários treinados para operá-las, além de ajudar numa prévia preparação do campo, que será assessorada por Daniel Tapia, o mais respeitado agrônomo especializado em golfe do País, para que as máquinas rendam o máximo e poupem tanto o equipamento como os jogos de pinos de furação, que podem ser usados mais de uma vez. O cronograma de furação será feito por região, de forma a diminuir o custo de transporte do equipamento.

Operação – “Agora, ao invés de gastar uma fortuna com a compra desse equipamento, todos poderão usar as máquinas alugadas pela FPG e pagar apenas os custos de seu uso, que consiste no preço do transporte, da diária do operador e de um aluguel simbólico, já que o custo maior está sendo bancando pela Federação” conta Manuel. “Além disso, cada clube poderá comprar os jogos de pinos para furação por um preço negociado por nós que está bem abaixo do preço de mercado”, explica o dirigente. A durabilidade dos pinos depende do estado de cada gramado e do cronograma de furações.

Manuel conta que levou quase um ano e meio para convencer a Toro, por meio da Greenext, seu representante no Brasil, a criar esse modelo de aluguel, uma vez que ele não existia no mercado. “Desde o dia que assumi a presidência venho me dedicando a isso de forma incansável, pois sei da importância de finalmente termos todos os campos do Estado com acesso a essa tecnologia” conta o dirigente. “Pouca gente sabe, mas um grande número de clubes paulistas jamais furou suas raias e greens por não ter como comprar ou mesmo alugar esses equipamentos.”

Preços – A Federação Paulista vai pagar R$ 7,5 mil mensais pelo aluguel, manutenção e seguro das máquinas. Caberá aos clubes pagar de R$ 1.520 a R$ 2.150 para furar os greens, e de R$ 2.030 a R$ 2.900, para furar os fairways (preços para campos de 9 e 18 buracos, respectivamente), sem o valor dos pinos de furação, que devem ser comprados por cada clube.