Conheça a história das Ryder Cups inesquecíveis

23/09/2014


Disputas mais memoráveis são chamadas de “Guerra”, “Batalha” e “Milagre”


Torcida da Europa vai à loucura com virada do time em 2012: fleuma deixada de lado em clima de Copa do Mundo de futebol
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por: Ricardo Fonseca

O “Milagre de Medinah” de 2012, com a Europa virando o jogo que perdia por 10 x 6 no começo da volta final, antes de vencer 8,5 pontos, contra 3,5 dos americanos, e virar o jogo nos 12 jogos individuais de domingo, foi apenas o último de confrontos memoráveis que ganharam projeção desde quando ainda não tinham nomes bombásticos. Conheça as Ryder Cup que entram para a história.

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Nicklaus x Jacklin
A primeira dessas batalhas memoráveis foi o confronto entre Jack Nicklaus e Tony Jacklin, em 1969, no campo do Royal Birkdale, onde 18 dos 32 jogos – um recorde – só foram decididos no buraco final. Jacklin embocou um putt de 10 metros para eagle no buraco 17, no último jogo em campo no domingo, para empatar com Nicklaus indo para o buraco final, com os dois times empatados com 13,5 pontos cada. No 18, Nicklaus embocou seu birdie de um metro e concedeu o putt de meio metro que Jacklin tinha, para empatar o confronto e o jogo em 16 a 16. Os EUA mantiveram a posse da Ryder Cup com o empate, mas os americanos nunca perdoaram Nicklaus por não ter mandado o adversário jogar e tentado vencer o confronto.

Ballesteros x Azinger

Em 1989, quando depois de vencer todos os confrontos por duas décadas, os EUA vinham de derrota seguidas em 1985 e 1987, coube a Seve Ballesteros e Paul Azinger protagonizar o final de uma batalha que começou com o capitão americano Raymond Floyd apresentando seu time como os “12 melhores golfistas do mundo”. No começo do jogo Seve tentou trocar sua bola, com uma pequena mossa, por outra, de acordo com a Regra 5-3, mas Azinger contestou e chamou o árbitro que deu razão ao americano. “É assim que você quer jogar hoje?”, desafiou Seve, que deu o troco no 18 contestando um drop de Azinger após ir na água. Azinger venceu, mas o jogo terminou empatado em 14 a 14, com a Europa mantendo a posse da Ryder Cup.

Guerra da Costa
O final de 1989 transformou a Ryder Cup de 1991, no Kiawah Island Golf Resort na “Guerra da Costa” (The War on the Shore), onde a antiesportividade também começou antes, com o time americano apresentando dois vídeos no jantar de abertura, um com a história da Ryder Cup, onde só apareciam os americanos, e outro com o presidente George W. Bush, onde ele encerrava exortando os americanos à vitória. Também pegou mal Corey Pavin ter usado um boné da “Tempestade no Deserto” em apoio à invasão americana no Iraque.

O primeiro jogo de 1991, com Paul Azinger e Chip Beck enfrentando Ballesteros e José María Olazábal, deu a tônica do que seria a semana, com os americanos acusando Ballesteros de pigarrear durante as tacadas de Beck. Pouco depois, os americanos trocaram de bolas (mesma marca, mas modelos diferentes), com Seve acusando o erro alguns buracos mais tarde. “Posso garantir que nós não estamos tentando roubar”, defendeu-se Azinger, com sua integridade posta em dúvida. “Não, roubar e quebrar as regras são coisas diferentes”, respondeu Seve, sem que nenhuma punição fosse imposta aos americanos, pela demora na reclamação.

Os espanhóis ganharam por 2 & 1 e Seve disparou: “O time americano tem 11 caras ótimos; e Azinger”. Mas no jogo final, entre Hale Irwin e Bernhard Langer, o alemão errou um putt de 1,8 metro que lhe teria dado a vitória e a manutenção da taça pela Europa. Com o empate no jogo, os EUA venceram por 14,5 a 13,5, seu primeiro título desde 1983.

Batalha de Brookline
Outra Ryder Cup memorável foi a de 1999, que ficou conhecida como a Batalha de Brookline (Massachusetts) que os EUA venceram por 14,5 a 13,5 depois de começar a volta final perdendo por 10 a 6 (ganharam oito e empataram um dos 12 jogos de simples). O problema é que Justin Leonard, e Olazábal chegaram ao 17 empatados, com o americano precisando vencer um buraco para garantir ao menos e empate que daria o título aos EUA.

Só que quando Leonard embocou de muito longe – com o espanhol ainda tendo um putt longo para empatar o buraco – os jogadores americanos, suas esposas e parte da torcida invadiram o green para comemorar erroneamente o que ainda não era uma vitória. Os europeus reclamara, Olazabal tentou se reconcentrar mas errou. A segunda comemoração americana foi mais comedida. O espanhol venceu o 18, mas apenas para empatar o jogo e os EUA vencerem por 14,5 a 13,5.

O incidente foi a última grande nódoa no cavalheirismo da Ryder Cup, com os dois lados conseguindo com algum sucesso conter os ânimos dos torcedores antes que a competição acabasse descambando em algum momento para uma batalha campal. Na verdade, houve um último incidente grave em 2006, antes do jogo no K Club, na Irlanda, quando um tabloide local publicou fotos falsas do que seria Elin Nordegren, na época ainda esposa de Woods, pelada (montagens sobre fotos de quando ela era modelo de biquínis). O jornal pediu desculpas e pagou multa.

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