Copa São Carlos: Ronaldo vence e volta a ser nº 1 do Brasil

12/08/2012


Ele garantiu ainda seu cartão para o PGA Tour Latinoamérica, ao lado de Odair e Rogério


Ronaldo: vitória no Damha para voltar a ser o número 1 do golfe brasileiro e garantir cartão do PGA Tour LA. Foto: Zeca Resendes
Ronaldo: vitória no Damha para voltar a ser o número 1 do golfe brasileiro e garantir cartão do PGA Tour LA

por: Ricardo Fonseca

Dezoito meses depois de seu último título, o profissional paulista Ronaldo Francisco, patrocinado pela YKP, voltou ao rol dos campeões ao conquistar a Copa São Carlos de Golfe neste sábado, no Damha Golf Club. O título desta que foi a segunda etapa do CBG Pro Tour de 2012 recolocou Ronaldo no posto de número 1 do Brasil, que ocupara em 2009 e 2010, e lhe garantiu o cartão para jogar o PGA Tour Latinoamérica, o novo circuito profissional do continente, que terá sua temporada inaugural de setembro a dezembro deste ano, com 11 torneios e prêmios entre US$ 125 mil e US$ 150 mil por etapa.

A Copa São Carlos definiu ainda os outros dois cartões dos três a que o Brasil, como integrante do calendário do PGA Tour LA, tinha direito a dar para seus jogadores. Os ganhadores foram Odair Lima e Rogério Bernardo, que haviam empatado em sexto na primeira etapa do circuito, em Brasília, e empataram em terceiro no Damha, para dividir a terceira colocação do ranking desta semana do CBG Pro Tour, atrás de Ronaldo e de Felipe Navarro, o segundo colocado, que já tinha a vaga assegurada através da seletiva de Buenos Aires.

Brasileiros – O Brasil terá seis representantes no PGA Tour LA: Navarro e Daniel Stapff, classificados na Argentina; Philippe Gasnier, classificado na seletiva de Miami, e os três primeiros colocados do ranking brasileiro que ainda não tinham o cartão: Ronaldo, Odair e Rogério. Todos os países participantes do PGA Tour LA ganharam vagas extras para seus jogadores: Argentina e México (5 vagas cada); Colômbia, Brasil e Peru (3); República Dominicana e Puerto Rico (2).

Ronaldo já havia conquistado um cartão condicional do PGA Tour LA na seletiva de Miami, abreviada de quatro para três dias por causa de constantes atrasos provocados pelo mau tempo, e era o terceiro reserva para os torneios inaugurais do circuito. Mas isso não contentou o profissional do Quinta do Golfe, de São José do Rio Preto, que queria mais.

Duelo – “Mais vale o certo do que o duvidoso”, comemorou Ronaldo, que abriu a volta final ganhando por cinco tacadas, mas não teve uma vitória tranquila no Damha. Ele teve que lutar o tempo todo contra o paraguaio Nilson Cabrera, descontou três tacadas nos dois primeiros buracos e outra no 4, onde a vantagem inicial de Ronaldo já havia caído de cinco para apenas uma tacada, com dois birdies do paraguaio, um deles da banca, e dois bogeys do brasileiro.

Ronaldo só voltou a respirar no buraco 7, onde Cabrera deu um “filaço” da banca da raia, varou o green, passou tudo com o chip de volta e deu três putts da beira do green para fazer um duplo bogey. Mas o alívio foi por pouco tempo. O paraguaio voltou a diminuir a diferença para uma tacada ao fazer um eagle no buraco 9, de par 5, com um putt muito longo e com três caídas, que chegou forte e mergulhou no buraco.

Decisão – A vantagem de Ronaldo permaneceu de uma tacada até o 12, outro par cinco, onde o brasileiro fez birdie, e foi ampliada para três com um bogey de Cabrera no 13. Mesmo devolvendo uma tacada no 15, Ronaldo chegou ao buraco final vencendo por duas. Precisando de um birdie para ter esperanças de forçar um desempate, Cabrera fechou a volta com três putts e teve que se contentar com o segundo lugar, três atrás do campeão que jogou o par para terminar com oito abaixo.

Rogério, que competiu com apoio da Golfer, empresa que promete patrociná-lo no novo circuito, fechou a volta com um birdie para somar três abaixo no dia e dois abaixo no total, e empatar com Odair, que fez os mesmos resultados, com quatro abaixo de ida e uma acima de volta. Rafael Barcellos, que não passou o corte em Brasília e precisava vencer para ficar com um dos cartões para o PGA Tour LA, jogou 68, quatro abaixo e melhor volta do dia, para se redimir do mau começo e ainda ser o quinto colocado, com uma abaixo no total.

Corte – Dos três brasileiros já classificados para o PGA Tour LA, que entraram no torneio como favoritos ao título, nenhum chegou à rodada final. Navarro, campeão em Brasília, que chegou com dores no cotovelo, abandonou o torneio na metade da primeira volta, quando as dores se agravaram. Daniel Stapff, campeão da seletiva da Argentina, que já não havia passado o corte em Brasília, jogou 78 e 73 e não passou o corte por duas.

Já Gasnier abandonou o torneio depois da primeira volta, irritado com um incidente sobre regras que lhe custou um quádruplo bogey no 17 e uma estreia com quatro acima do par. Tudo porque sua bola caiu no meio de um canteiro com grandes pedras e algumas flores. No cartão do dia a dia do clube há um aviso explícito de que todos os canteiros – “incluindo os com pedras” – são consideradas áreas em reparo e dão direito a dropar a bola sem penalidade.

Incidente – Mas no por um erro nas regras específicas para o campeonato, distribuída aos jogadores, a observação sobre os canteiros com pedras não constava e John Byers, árbitro chefe da competição, não deu o drope livre para Gasnier, que teve que declarar a bola injogável e dropá-la com penalidade atrás de do canteiro e de uma árvore, que atingiu ao jogar a quarta tacada, entrar com a quinta no green e dar três putts. Alertado por Ricardo Salinas, o outro árbitro do torneio, sobre a regra local dos canteiros com pedras, Byers reconheceu o erro e pediu desculpas a Gasnier no buraco 18, mas o jogador não as aceitou e respondeu com rispidez.

Se Gasnier tivesse direito ao drope sem penalidade de um canteiro de flores, o ponto de alívio mais próximo seria ao lado do canteiro, perto do green, de onde, sem obstáculos à frente, poderia fazer bogey ou mesmo par. No dia seguinte, Gasnier anunciou que não iria mais continuar no jogo e destruiu seu cartão de profissional filiado à Confederação Brasileira de Golfe, que devolveu à entidade. Ele e Barcellos, que passou a ser o diretor de profissionais da CBG, foram os primeiros a se rebelar contra a PGA do Brasil no início do ano, provando o racha que levou parte dos profissionais a abandonar sua entidade de classe e se filiar diretamente à CBG.

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