Designer do campo de golfe olímpico já trabalha no Rio

22/02/2013


Enquanto aguarda a liberação do percurso da Barra, Gil Hanse reforma o campo do Gávea


O próprio Hanse pilota a máquina nas movimentações de terra da reforma do campo de golfe do Gávea
O próprio Hanse pilota a máquina nas movimentações de terra da reforma do campo de golfe do Gávea

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por: Ricardo Fonseca

Gil Hanse, o designer que venceu o concurso internacional para projetar e construir o campo de golfe que vai marcar a volta do esporte aos Jogos Olímpicos, em 2016, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro para começar a obra, mas foi surpreendido pelos constantes atrasos na liberação do terreno, na Barra de Tijuca, que tanto preocupa a comunidade do golfe. Enquanto isso, ele aceitou uma proposta do Gávea Golf & Country Club para redesenhar os buracos da praia de seu campo e ainda elaborar um Master Plan para a reforma do restante do campo.

“Como todo campo com quase cem anos, o Gávea necessitava de uma modernização em seu percurso e a presença do Gil Hanse no Rio foi uma oportunidade excelente para darmos início a esse trabalho”, diz Anthony Talbot, capitão do Gávea. “Ele já está reformando os buracos da praia, do 10 ao 14, e todos estão impressionados com a qualidade de seu trabalho”, conta Talbot.

Aberto do Brasil – Quem for jogar o Aberto do Brasil deste ano, competição internacional que integra o calendário do PGA Tour Latinoamérica, vai ficar positivamente surpreso com as mudanças. Os greens dos buracos 10 e 13 foram totalmente refeitos, enquanto os buracos 11, 12 e 14 também estão sendo alterados já que o lago no centro dessa área do campo está sendo remodelado por Hanse, tanto para modificar o percurso como para receber nova manta de vedação.

“O próprio Gil Hanse sobe naquela máquina imensa e vai fazendo a remodelação do campo, redesenhando o lago e construindo os greens”, conta Talbot, que prevê que a obra estará concluída em maio. O capitão do Gávea adianta que uma das novidades do buracos da praia é a construção de novos tees para os buracos 10 e 14, que se cruzavam, o que obrigava muitas vezes a um grupo esperar o outro jogar, tornando o jogo mais lento. “Não teremos mais essa espera”, comemora Talbot. “Isso vai agilizar bastante o jogo”.

Master Plan – Hanse, que está acompanhado de seu braço direito, o design associado Jim Wagner, vice-presidente da Hanse Golf Course Design, também vai deixar um Master Plan, a partir do qual o Gávea vai estabelecer prioridades para remodelar o restante do campo. “O buraco 17 e os greens do 5 e do 6 vão merecer atenção prioritária, mas nossa ideia é que em alguns anos tenhamos um campo totalmente modernizado, adaptado à evolução do equipamento e técnica do esporte nos últimos anos”, diz Talbot.

Por causa do Aberto do Brasil, os técnicos do PGA Tour já estiveram no Gávea para cuidar da preparação do evento do PGA Tour LA, de 17 a 20 de outubro, e propuseram a inversão dos buracos 9 e 18, de forma que a competição possa terminar em frente à sede do Gávea. O buraco 9, que passará a ser o 18, será jogado como par 4 e não par 5, aumentando a dificuldade do percurso.

O drive range, curto para um evento internacional, teve sua telas elevadas, mas ainda não se tem uma solução para o que fazer no PGA Tour LA. O problema é que não se pode bater driver ou mesmo madeiras sem o risco de acertar quem esteja no green do 1 ou tee do 2, bem atrás do bate bola.  Na Copa Los Andes jogada no Gávea, os jogos começaram pelo buraco 3 de forma a liberar o uso de drivers até que os primeiros grupos chegassem ao buraco 1, transformado em 17. Mas com o planejamento da inversão do 9 e do 18 para terminar o jogo em frente à sede, isso está descartado.

Upgrade – O Gávea, que já era um dos campos mais técnico, bonitos e importantes do Brasil vai ficar ainda melhor a partir da reforma que Hanse vem fazendo e, mais tarde, quando as obras previstas no Master Plan começarem a ser feitas pro Hanse ou outro arquiteto.

Um upgrade fantástico, comandado por aquele que além de ser o designer do campo olímpico de golfe, está contratado por Donald Trump para refazer o Blue Monster, o campo do Doral, em Miami, onde é jogado o Cadillac Championship, da série de campeonatos mundiais e é considerado, merecidamente, um dos mestres do designer de golfe da nova geração.

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