Dia Internacional da Mulher: Hall da Fama do Golfe Mundial já tem 39 jogadoras

08/03/2019

Patty Berg, campeã de 60 torneios profissionais, e mais três inauguraram a lista, em 1951

por  Ricardo Fonseca

O golfe sempre foi considerado – e com razão – um esporte machista, resultado da cultura dos homens que criaram e dominavam o esporte. Muita gente conheceu a brincadeira de que GOLF era um acróstico (Gentlemen Only, Ladies Forbidden), ranço que felizmente e com muita luta de mulheres e homens começa a ser extirpado do esporte, como aconteceu com o movimento feminista que boicotou os patrocinadores e obrigou o Augusta National, sede do Masters, a aceitar mulheres (antes foram os negros) como sócios, ou no Royal & Ancient Golf Club de St. Andrews, onde mulher não entrava sequer na sede.

Hoje não se admite organizar um major num campo onde mulheres não possam jogar e os clubes que ainda agem assim são muito poucos e desprezados pela comunidade séria do golfe. Mas apesar do ranço machista, o golfe sempre foi também um exemplo de integração, como ao ser o primeiro esporte com competição feminina nos Jogos Olímpicos da era moderna, a começar pelo primeiro deles, em 1900, em Paris, onde Margaret Abbott (ouro), Polly Whittier (prata) e Daria Pratt (bronze), todas americanas, foram as finalistas.

Mais direitos – Nos EUA as mulheres têm conseguido ainda o direito de jogar golfe nos horários nobres do final de semana – manhãs de sábado e domingo – que os homens sequestram como só seus. Diversas decisões judiciais garantiram esse direito e um clube reincidente teve que instalar câmaras no starter e tee do 1 para o juiz monitorar pessoalmente o cumprimento de sua decisão, nos finais de semana, acompanhando pelo celular. Bem, no Brasil isto ainda está longe de ser realidade.

O Hall da Fama do Golfe Mundial foi criado em 1974, em Pinehurst, na Carolina do Norte, com 13 jogadores, numa iniciativa da Diamondhead Corp., empresa que administrava o Pinehurst Resort. Outros Halls da Fama, com o do PGA of America, de 1940, se juntou ao Hall da Fama do Golfe Mundial nos anos 80. E o Hall of Fame do Golfe Feminino, criado pelo LPGA, em 1951, passou a ser chamado de LPGA Tour Hall da Fama e, desde 1998, fundiu-se ao Hall da Fama do Golfe Mundial, que tem sede em St. Augustine, na Flórida, como panteão de homens e mulheres que fizeram a história do golfe.

Integrantes – Patty Berg, Betty Jameson, Louise Suggs e a poliatleta Babe Zaharias foram, em 1951, as primeiras integrantes do Hall da Fama. Joyce Wethered, melhor golfista da Europa no inter-guerras, foi, em 1975, a primeira não-americana a integrar a lista, seguida pela escocesa Dorothy Campbell Hurd Howe, em 1978. A celebrada artista e cantora Dinah Shore entrou para o Hall da Fama em 1994, como a primeira indicada não por seus méritos golfísticos, mas por ter criado, em 1972, e mantido o Dinah Shore Golf Tournament (hoje ANA Inspiration), um dos majors do golfe feminino.

Nesta mesma linha, Judy Bell, primeira mulher presidente da USGA, entrou para o Hall da Fama em 2001. Bell criou a primeira grande saia justa do golfe mundial ao ir como convidada ao British Open, como todos os presidentes da USGA, mas a entrada do R&A era pelo vestiário (masculino) o que obrigou o clube a criar uma nova entrada direto para outras dependências. Novas mulheres não são indicadas todos os anos, mas em 2019, já entraram mais duas.

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