Do mini tour a campeã de major, Sophia Popov faz história no Women’s British Open

24/08/2020

Primeira alemã a vencer um torneio do Grand Slam era apenas a 304ª do ranking mundial

Sophia Popov, a mais improvável campeã de um major

por | Ricardo Foeseca

É provável que nem os familiares mais próximos teriam apostado nela para vencer o Women’s British Open, primeiro major feminino a ser jogado em 2020. Afinal, a alemã Sophia Popov, de 27 anos, vinha disputando torneios do pequeno Cactus Tour e sequer tinha vaga para jogar no Royal Troon até conseguir entrar na última hora no Marathon Classic, do LPGA Tour, no começo do mês, onde terminou em nono lugar e ficou com uma dos lugares extras oferecidos no evento para jogar na Escócia.

Popov, que passou por vários problemas de saúde e levou três anos para ter um diagnóstico correto que lhe permitiu encontrar um tratamento, perdeu o cartão para o LPGA Tour no ano passado, por apenas uma tacada, ficando com status apenas para o circuito de acesso, o Symetra Tour. Sem ter onde jogar por causa da pandemia de Covid-19, Popov vinha participando de eventos de um mini tour feminino, o Cactus Tour, pelo Arizona, onde venceu três vezes. Seu maior prêmio foi de US$ 4 mil.

Sonho de Cinderela – Popov esteve presente no LPGA Drive On Championship, no recomeço do LPGA Tour, no final de julho, mas apenas como caddie da amiga Anne van Dam. Na semana seguinte, quando as vagas para o Marathon Classic foram preenchidas em grande parte por jogadoras do Symetra Tour, ela finalmente teve a chance que a levou ao “sonho de Cinderela” deste último domingo. Junto com tudo o que um título major faz, transformando a vida de qualquer uma, Popov ganhou o prêmio de US$ 675 mil, seis vezes mais do que havia recebido em toda sua carreia no circuito feminino americano.

Popov nasceu nos EUA, mas é filha de búlgaros e tem nacionalidade alemã. Apesar de passar a infância na Alemanha, Popov fez carreira amadora nos EUA jogando na University of Southern California, em Los Angeles. Em 2010 venceu o International European Ladies Amateur Championship e defendeu a Europa na Junior Solheim Cup além de jogar pela Alemanha duas vezes no Mundial Amador, o Troféu Espirito: em 2010, em Buenos Aires, onde seu time ficou sexto lugar, no mesmo ano em que o Brasil, com Vicky Whyte como capitã, terminava em 42º com Isadora Stapff, Patrícia Carvalho, e Mariana de Biase; e em 2012, na Turquia, onde a Alemanha foi vice-campeã. O Brasil ficou em 44º com Clara Teixeira, Vitoria Teixeira e Nathalie Silva. Beth Buny foi a capitã.

Distorções – Popov provou que estava pronta para vencer um major ao somar 277 (70-72-67-68) tacadas, sete abaixo, duas a menos do que a tailandesa Thidapa Suwannapura, mas o LPGA Tour mostrou não estava pronto para uma surpresa como essa. Pelas atuais regras, apesar de seu título no Women’s Open, Popov não tem vaga assegurada no próximo major, o ANA Inspiration, de 10 a 13 de setembro, no Mission Hills Country Club.

Pior do que isso é que seu prêmio de US$ 675 mil é considerado extra oficial por ela não ser membro do LPGA Tour. Simplesmente Popov não aparece no ranking. O LPGA vai ter que dar um jeito de corrigir essas distorções.

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