Doping: Singh se defende, mas confirma uso de substância proibida

31/01/2013


Profissional de Fuji alega que não sabia que havia que aditivo era ilegal, mas se complica


Vijay: alegando inocência por desconhecimento de que usava substância proibida no golfe
Vijay: alegando inocência por desconhecimento de que usava substância proibida no golfe

Surpreendido pela publicação de uma reportagem na Sport Illustrated, para a qual deu entrevista confirmando o uso de uma droga considerada doping no golfe, e pela notícia de que o PGA Tour estava investigando o caso, o profissional Vijay Singh, que joga esta semana no Arizona, defendeu-se alegando que não sabia que o aditivo pra aumentar os músculos que utilizava continha IGF-1, uma proteína de fator de crescimento que atua regulando o crescimento das células musculares, a droga da moda nas academias.

30/01/2013 – Vijay Singh sob investigação do PGA Tour por uso de doping
Segundo a Sports Illustrated profissional de Fiji usou hormônio anabolizante proibido … saiba mais

“Embora tenha usado o spray, nunca me dei conta que poderia conter qualquer substância banida pelo Programa Antidoping do PGA Tour”, diz Singh em comunicado à imprensa. “Quando recebi o produto, verifiquei a lista de ingredientes e não vi nenhuma substância proibida”, defende-se. “Estou chocado que o spray contenha uma substância banida e estou zangado de ter-me colocado nesta situação”, finaliza Singh, que garante já ter entrado em contato com o PGA Tour para esclarecer a situação.

Defesa – A defesa de Singh pode ser um tiro no pé, uma vez que alegar desconhecimento não o exime do doping. O pior de tudo é que os exames que hoje existentes para detectar a substância não são confiáveis, e a admissão de culpa é a maior prova contra o campeão de três majors e número 1 do mundo por seis meses, bem no auge de Tiger Woods. Singh, que completa 50 anos em fevereiro, de olho nos milhões do Champions Tour, é também o jogador com mais títulos conquistados após os 40 anos.

O que é descrito na propaganda do fabricante, a SWATS – Sports with Alternatives to Steroids – como um “hormônio natural”, vendido em forma de spray misturado ao pó de chifre de veado, na verdade é uma substância não só proibida, como tema de diversas advertências aos jogadores sobre seu banimento pelo PGA Tour. Em 2011, Mark Calcavecchia, ex-campeão do British Open, foi obrigado a interromper os comerciais que fazia para o produto por determinação do PGA Tour.

Doping – Segundo a Illustrated, Singh pagou US$ 9 mil pelo spray e por uma parafernália que inclui uma lâmpada especial que emite feixes de luz para fixação do produto, adesivos para o corpo e outros aditivos, em novembro passado. E Singh teria admitido para a revista usar o IGF-1 “a cada duas horas, todos os dias”.

Singh, membro do Hall da Fama do Golfe Mundial, disse que dorme com o “feixe de raios” atuando sobre adesivos em seus tornozelos, cintura e ombros. “Eu estou ansioso para alguma mudança no meu corpo” teria dito Singh à revista. “Mas é difícil sentir a diferença, se você só está fazendo isso há poucos meses.”

Punição – Ty Votaw, vice-presidente do PGA Tour, admitiu que soube da reportagem e que o caso está sendo avaliado. Singh, que vem de vários casos de contusão nos últimos anos, completa 50 anos no próximo mês e sonha ganhar muito dinheiro no Champions Tour. Esta semana, Singh joga o Phoenix Open. Como todos os demais golfistas, Singh está sujeito aos exames antidoping aleatórios do PGA Tour. “O GF-1 está proibido pelo PGA Tour, ainda que o circuito não tenha um teste confiável para detectá-lo”, adiantou Votaw.

Doug Barron foi o único jogador da história do PGA Tour até hoje a ser punido por doping. Em 2009, quando o programa de exames ainda estava no início, depois de ser adotado por causa da volta do golfe aos Jogos Olímpicos, Barron foi suspenso por um ano ao dar positivo para o uso de anabólicos. Já voltou ao circuito.

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