30/06/2011
Instantes depois de fazer três birdies nos quatro buracos finais e terminar em terceiro lugar no US Open, há duas semanas, no Congressional, o melhor resultado em 14 anos da carreira profissional, o americano Robert Garrigus, de 33 anos, declarou ao golfe Channel que o renascimento de sua carreira, iniciado no ano anterior, quando venceu seu primeiro torneio, o Children`s Miracle Network Classic, devia-se à sua vitória na luta contra o vício, e que usou drogas desde a juventude até seus primeiros anos como profissional.
A notícia não ganhou maior destaque até esta semana, quando em entrevista à Golf Digest, Garrigus reconheceu que fumava maconha dentro do campo regularmente, durante os torneios do Nationwide Tour. E, pior, disse que não era o único a fazer isso e que a prática era muito mais comum do que se supunha, e que vinha desde seus tempos de NCAA. “É verdade, tem um monte de caras no Nationwide Tour que fumavam (maconha) no meio das rodadas”, revela. “Nós sempre falávamos sobre isso. Bastava você ir ao Porta John (banheiro químico colocado no campo para uso exclusivo dos jogadores) e dar um tapa”.
Bomba – A entrevista caiu como uma bomba no circuito, deixou muita gente preocupada, mas não recebeu nenhum comentário do PGA Tour. Na época em que Garrigus admitiu ter fumado maconha em campo, 2002, não existia ainda exame antidoping no circuito, o que só começou seis anos depois, quando Garrigus disse que já tinha largado a vício, graças a tratamentos em clínicas especializadas.
Uma confissão como esta, vinda do filho de um medalhista olímpico – seu pai, Thomas, deu aos EUA uma medalha de prata no Tiro ao Prato, nos Jogos do México,em 1968 – ainda mais na semana da pátria dos EUA, não era a publicidade que o PGA Tour esperava. Mas prova que esconder fatos que eram conhecidos de todos e tentar abafar os problemas, em nada ajudou a resolvê-los.
Estilo de vida – Garrigus disse ainda à Golf Digest que começou a fumar maconha quando ainda jogava no Scottsdale Community College e que isso se tornou parte de seu estilo de vida. “Fumava cinco, dez, até vinte vezes por dia”, conta. “Eu sempre precisava estar alto, dia após dia”. Vale lembrar que boatos de uso de maconha eram comuns em outros circuitos, como o LPGA Tour, que quando instituiu seu exame antidoping, excluiu as chamadas “drogas sociais” da lista de substâncias proibidas, antes de voltar atrás um ano depois, por causa do programa olímpico.
Os resultados se refletiram no jogo de Garrigus. Desde o começo da carreira, ele só havia conseguido jogar em dois majors, os US Open de 2004 e 2008, onde não passou o corte. Recuperado, ele já chegou a número 73 do ranking mundial de golfe, e está agora classificado para o US Open de 2012. Em 2010, ele esteve perto de vencer o St. Jude Classic, onde foi segundo colocado, e finalmente conquistou um título, mas no Fall Finish, os torneios de segunda linha pós Tour Championship, o encerramento da Fedex Cup. Este ano, já havia sido segundo no Hyundai, o torneio dos campeões que abriu a temporada. Mas sua vitória maior foi não ter acendido “unzinho” para comemorar.
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