Dustin Johnson joga 30 abaixo, quebra vários recordes, e volta a ser o nº 1 do mundo

24/08/2020

Vitória por 11 tacadas é a maior dos Playoffs e a maior do PGA Tour em 14 anos

DJ comemora o 22º título da carreira, mais do que qualquer um, desde que virou profissional. Foto: Maddie Meyer/Getty Images)

por | Ricardo Fonseca

O mestre Mario Gonzalez já nos ensinava que no golfe não vence quem acerta mais, mas sim quem erra menos. Pode parecer questão de semântica, mas o fato é que Dustin Johnson fez história no PGA Tour, com sua vitória neste domingo, 23 de agosto, no The Northern Trust, primeiro dos três torneios dos Playoffs da Fedex Cup, no TPC Boston, errando apenas sete dos 72 greens, melhor do que qualquer campeão do PGA Tour nos últimos 15 anos, e fazendo apenas três bogeys na semana, sendo apenas um nos últimos 65 buracos, a caminho de ser campeão com 254 (67-60-64-63) tacadas, 30 abaixo, o segundo melhor resultado em relação ao par da história do circuito.

Veja, no final, vídeo com os melhores momentos

O título deste que foi o segundo mais forte torneio do PGA Tour fora os majors, os The Players e o The Northern Trust de 2019, reconduziu DJ à liderança do Ranking Mundial de Golfe (OWGR), posto que ele ocupa pela sexta vez, num total de 92 semanas, desde fevereiro de 2017. Isso fez de DJ o quinto diferente número 1 do mundo de 2020, mais do que qualquer outro ano da história. Antes dele lideraram o ranking Brooks Koepka (até 8 de fevereiro), Rory McIlroy (9 de fevereiro a 18 de julho), Jon Rahm (19 de julho a 1º de agosto e de 9 a 23 de agosto) e Justin Thomas (2 a 8 de agosto).

Recordes – Ao acertar 65 greens, DJ teve putts para eagles ou birdies por 65 vezes. Ele embocou cinco eagles, mais do que qualquer outro campeão do PGA Tour na história do circuito, e 23 birdies, a caminho de quebrar o recorde do PGA Tour para 54 buracos com 187 (60-64-63) tacadas, 26 abaixo. A marca de 30 abaixo só foi superada uma vez antes, por Ernie Els, em 2003, em Kapalua, no Torneio dos Campeões, no Havaí.

DJ também foi o terceiro jogador da história a vencer com mais eagles do que birdies na semana (5 para 3). Isso supera a marca de Scott Stallings no True South de 2012 (4 eagles e 3 bogeys) e de JT Poston no Wyndham de 2019 (1 eagle e nenhum bogey). DJ ganhou 18,14 tacadas do tee ao green nesta semana, mais do que qualquer outro campeão do PGA Tour dos últimos 13 anos.

Vantagem – DJ venceu por 11 tacadas de vantagem, a maior diferença da história dos Playoffs, superando as marcas de oito abaixo feitas por Tiger Woods no Tour Championship de 2007 e no BMW de 2009. Essa foi também a maior margem de vitória do PGA Tour em 14 anos, desde que Phil Mickelson venceu o BellSouth Classic de 2006, por 13 de vantagem. Já a maior vantagem de um campeão em toda a história do PGA Tour, feita em outros tempos, é de 16 tacadas, conseguida três vezes, a última delas por Bobby Locke, em Chicago, em 1948.

Esse foi o 22º título de DJ desde que ele entrou para o PGA Tour em 2008, sendo que venceu ao mesmo um torneio por temporada. Desde então, ninguém venceu mais do que ele no circuito, nem mesmo Tiger Woods que foi campeão 21 vezes nesses 13 anos. Rory McIlroy é agora o terceiro da lista com 18 títulos nesse período. DJ conseguiu ainda o feito de ter jogado 60 na sexta-feira para liderar por duas e ter deixado o campo insatisfeito. Afinal, chegou a 11 abaixo nos 11 primeiros buracos, e teve a chance de jogar 59, 58 ou mesmo de estabelecer um novo recorde, com 57 tacadas, mas fechou o dia com oito pares consecutivos.

Destaques – No torneio paralelo disputado pelos outros 124 finalistas dos Playoffs, o melhor foi Harris English, vice-campeão com 265 () tacadas, 19 abaixo, seguido por Daniel Berger, com 266 (), 18 abaixo; Kevin Kisner, com 267 (), 17 abaixo, e por Scottie Scheffler, também com 267 (). Scheffler jogou 59, 12 abaixo, no segundo dia, entrando para o seleto clube dos que já quebraram 60 no PGA Tour. Jim Furyk é o recordista com 58 tacadas (27-31) feitas no Travelers Championship de 2016, no TPC River Highlands (par 70), enquanto outros 10 jogares marcaram 59, incluindo Furyk e agora Scheffler, que perdeu o caddie, contundido, no meio da volta final.

O espanhol Jon Rahm, que poderia ater mantido a liderança do ranking mundial com um terceiro lugar, terminou apenas em sexto, com 16 abaixo (69-67-67-65), empatado com Webb Simpson (70-64-68-66). Brooks Koepka, que se machucou antes do torneio e não jogou perdeu a chance de lutar para terminar entre os Top 70 da Fedex Cup, que jogam o segundo torneio dos Playoffs, o BMW Championship, de quinta-feira a domingo, 27 a 30 de agosto, no Olympia Fields.

Tropeços – Phil Mickelson, que não passou o corte por três tacadas (74-68) também encerrou a temporada e foi jogar no Champions Tour, dos seniores. Tiger Woods, que jogou mal sobretudo sobre os greens, teve um lampejo no começo de domingo, mas terminou em 58º (68-71-73-66). Com isso, caiu para 57º no ranking da Fedex Cup e terá que jogar muito bem no BMW para ficar entre os Top 30 que avançaram para o Tour Championship na próxima semana.

Rory McIlroy, que jogou ao lado de Woods nas duas rodadas do final de semana, já que ambos estavam no lado errado do placar, foi ainda pior, terminando em 65º (69-70-74-69) entre os 70 que passaram o corte. Ele, porém, está em 12º no ranking da Fedex e já garantido no torneio final que dará ao campeão US$ 15 milhões.

 

 

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