Eleição da CBG termina empatada e nova assembleia será convocada

05/11/2012


Cada candidato teve três votos. Fecong votou sem comprovar que tem três clubes filiados


Empate em 3 a 3, mas Gama recebeu votos de federações que representam 72% dos golfistas do país
Empate em 3 a 3, mas Gama recebeu votos de federações que representam 72% dos golfistas do país

A primeira eleição da história da Confederação Brasileira de Golfe (CBG) com duas chapas concorrentes, realizada nesta segunda-feira, no auditório do prédio onde funciona a sede da entidade, no Itaim Bibi, em São Paulo (SP), terminou empatada em três a três. Como o novo presidente não pode ser eleito, nova eleição será convocada pela CBG, cumprindo-se novamente os prazos legais para a nova assembleia, que pode ficar para meados de dezembro.

Das oito federações do país, a de Pernambuco, que não tem direito a voto, não se apresentou; a Federação do Norte foi impedida de votar com base no regimento da CBG, que exige que a entidade tivesse sediado um torneio do ranking brasileiro no ano anterior, o que seria inconstitucional e está sendo arguido na Justiça; e a Fecong, que não teria o mínimo de três clubes para permanecer filiada já há alguns anos, sem conseguir regularizar a situação, pode votar.

Votos – Das seis federações votantes, segundo o Portal Brasileiro do Golfe apurou, pois o voto era secreto, o Rio de Janeiro, representado por Lauro de Luca, presidente do Gávea, que presidiu a mesa, por ser o mais velho; a Fecong, representada por seu vice-presidente Valter José Kobori; e a Federação Riograndense, representada por seu presidente, Norton Jochims, voltaram na chapa de Paulo Pacheco, da situação. Kobori e Norton fazem parte da chapa de Pacheco como vice-presidentes.

A Federação Paulista, representada por seu vice-presidente Durval Pedroso; a Federação Paranaense e Catarinense, representada por Pedro Cominese, ex-presidente da CBG; e a Federação Baiana (com Espírito Santo), representada por Bruno Tariant, presidente da entidade, votaram na chapa de Manuel Gama. Como o regulamento da CBG não prevê voto de Minerva nem que o mais velho assuma, como em eleições para cargos públicos executivos, como muitos assessores desinformados andaram escrevendo, persistiu o empate.

Chapas – Gama tem em sua chapa, como vice-presidentes, Richard Conolly, ex-presidente do São Fernando e membro do R&A, onde integrou o Comitê de Regras; Roberto Gomez, recordista em participações em Mundiais Amadores e Los Andes, com a camisa do Brasil; Gilmar Carvalho, do Graciosa (PR); Jorge Saeky, advogado vice-presidente da FPG; e Muneki Tikasawa, presidente da Associação Nikkei de Golfe, que congrega 3.700 golfista descendentes de japoneses, que presentam um terço dos golfistas com handicap do Brasil.

Pacheco indicou como vices Arata Hara e Odécio Lenci, que já exercem o cargo, além de Norton Jochims, Valter José Kobori e o profissional Antônio Barcellos, do Itanhangá. Gama, que se licenciou no cargo na Federação Paulista para a votação, e Pacheco não participarem da assembleia. Saeky, vice da FPG, também se licenciou e não participou da assembleia, que não teve nenhum candidato da chapa da oposição, mas teve dois da situação, que votaram em si mesmos. Aliás, nada que o regimento proíba.

Representatividade – Desta forma, Manuel Gama teve três votos, mas foi apoiado pelas duas maiores federações do país e por entidades que representam de forma aproximada 74% dos campos de golfe e 72% dos jogadores brasileiros (sem contar as federações que não votaram, mas que não alterariam muito esses dados). Pacheco, com os mesmos três votos, foi apoiado por entidades que respondem apenas por 26% dos clubes e 28% dos jogadores.

Apesar das divergências de opinião e sobre o que é melhor para o golfe brasileiro, a assembleia transcorreu em clima de cordialidade e respeitando as regras do jogo, como é dever de qualquer golfista e pessoas civilizadas. Não houve bate-bocas ou insultos, apesar dos debates às vezes acalorados.

Chapa única – Antes da assembleia da eleição e antes que as discussões sobre a legalidade do voto da Federação do Norte chegasse à Justiça, visando evitar maiores prejuizos ao golfe e à sua imagem, Manuel Gama propôs por escrito, e depois em duas reuniões com
Paulo Pacheco, na presença de Rachid Orra, atual presidente da
Confederação, que em prol do esporte e da união fosse montada
uma chapa única, sem a presença dos dois candidatos atuaisa presidente, onde
próceres do golfe se encarregariam de conduzir a entidade até os Jogos
Olímpicos de 2016, no Rio, quando o golfe volta a se apresentar na maior
festa do esporte mundial. Pacheco não aceitou, o golfe seguiu rachado
para a eleição e permanece dividido.

Propostas – Os planos de Paulo Pacheco para o golfe brasileiro não foram tornados públicos, sendo apresentados apenas para alguns clubes e para as Federações. A íntegra da proposta de Manuel Gama e sua equipe pode ser conferida aqui, num documento público postado na internet, para que todos os golfistas possam formar sua opinião.


Veja quem votou em quem e quem representa (números aproximados)


*   Número de clubes filiados em discussão
** Porcentagem de clubes e jogadores do total votante


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