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EUA perderam 4 milhões de golfistas em cinco anos

19/11/2011

No final de 2010 havia 26,1 milhão de golfistas, contra 30 milhões em 2005

O milagre da multiplicação ainda aconteceu nos EUA, que tem “apenas” 26,1 milhões de golfistas

por: Ricardo Fonseca

A crise financeira mundial atingiu fortemente os EUA e teve grande repercussão no golfe, com quase quatro milhões de pessoas deixando de praticar o esporte nos últimos cinco anos. Os dados são da National Golf Fundation (NGF), entidade que cobra milhares de dólares para seus associados terem acesso aos mais detalhados relatórios sobre a prática do golfe nos EUA e que são consultados para o planejamento estratégico de toda a indústria do golfe, bem como de entidades que vão do PGA of America à Federação Internacional de Golfe, passando pelo PGA Tour, das quais são parceiras.

Uma observação importante: a NGF não baseia seu cálculo de quantos golfistas há nos EUA em jogadores com handicap, participantes de campeonatos ou registrados em entidades. A NGF considera como golfistas todas as pessoas que tenham jogado pelo menos uma volta de golfe nos últimos 12 meses, independente de terem registrado o cartão para cálculo de handicap, o que poucos fazem. Seus números são baseados na soma dos green fees pagos em todos os campos do golfe dos EUA e no número de sócios dos clubes fechados.

Cálculos – Em 2000, havia nos EUA 28,8 milhões de golfistas, que chegaram a 30 milhões em 2005, no auge do esporte daquele país. Desde então, o número de praticantes vem caindo ano a ano, até chegar a seu ponto mais baixo em 2010,com 26,1 milhões segundo o relatório de fechamento do ano. Desses, cerca de 20%, ou apenas 5,2 milhões, tem handicap oficial. Já número de golfistas aficionados, aqueles que jogam ao menos oito voltas por ano, caiu bem menos, mostrando que a crise afastou mesmo foi o golfista ocasional.

A NGF diz ainda que o total de golfistas nos EUA pode aumentar para 36,7 milhões se, além dos 26,1 computados oficialmente, forem acrescentadas todas as pessoas com 5 anos ou mais que tenha apenas visitado um driving range, escola de golfe, loja de golfe ou clube de golfe, mesmo que não tenha jogado.

Realidade – Como se vê são números muito menores do que é irresponsavelmente apregoado por aí, por pessoas completamente desinformadas sobre o golfe, mercado de golfe, seus números e como as contas são feitas. Ninguém duvida desses números da NGF e não há nada, mas nada mesmo, publicado por quem quer que seja, afirmando que os EUA “tem facilmente mais de 100 milhões de golfistas” ou outros números estapafúrdios que são falados por curiosos para tentar transformar em verdade uma bobagem dita anteriormente.

Só uma ressalva: não estão computados todos os caminhoneiros que já fizeram holes-in-one em buracos de par 5 pelos EUA afora. A NGF bem que tentou, mas também não encontrou nada que confirme esta outra bobagem. Felizmente o golfe não precisa de mentiras para ser grande.