Federação Paulista de Golfe comanda renovação do esporte

15/02/2012


Manuel Gama apresenta novidades para 2012 e quer que Golfe Nota 10 seja nacional


  Somlo, Gama e Durval: Federação Paulista tomando as rédeas e dando o exemplo da renovação no golfe
  Somlo, Gama e Durval: Federação Paulista tomando as rédeas e dando o exemplo da renovação no golfe

por: Ricardo Fonseca

A transformação do Golfe Nota 10 em um projeto nacional, aproveitando o dinheiro que o R&A enviou ao Brasil para esta finalidade; um revolucionário sistema integrado de gerenciamento de inscrições, resultados e handicap index, que seja comum a todos os clubes; e a contratação da nova agência de marketing da Federação Paulista de Golfe, a Shark&Lion, a responsável pelo sucesso recente do rúgbi, foram algumas das novidades apresentadas pelo presidente Manuel Gama e sua diretoria na entrevista à imprensa de início do ano, realizada na noite de segunda-feira, na sede da entidade.

Gama, que estava acompanhado de Jorge Hachiya Saeki, vice-presidente administrativo-financeiro; Rodrigo Somlo, vice-presidente de Marketing; e Durval Pedroso, vice-presidente técnico, além de Marcelo Nishioka, da Shark&Lion, começou a reunião propondo que o Golfe Nota 10, o maior projeto de inserção do golfe do país, seja adotado em nível nacional, aproveitando a verba de R$ 150 mil (£ 50 mil), que o R&A destinou ao Brasil para investir num programa para levar o golfe a crianças de
sete a 14 anos, tendo como molde o Golfe Nota 10.

Unificação nacional – A Confederação Brasileira de Golfe anunciou a princípio que o dinheiro do R&A ia ser todo canalizado para Brasília e Curitiba, mas Gama acredita que a verba pode ser muito mais bem aproveitada se ao invés de privilegiar uma ou outra cidade, for canalizada para um projeto nacional único tendo como base o Golfe Nota 10 que já é um sucesso e que levou o golfe para 16 mil de crianças de escolas públicas e particulares nos últimos quatro anos.

“São Paulo não precisa dessa verba, pois já temos recursos para o Golfe Nota 10 e projetos aprovados para captar mais através da Lei de Incentivo ao Esporte”a, explica Gama. “Mas São Paulo tem o know-how, aprendeu com muito esforço e trabalho como fazer um programa como esse funcionar, desenvolveu os equipamentos para isso e quer contribuir levando esse conhecimento para as demais federações”, explica o presidente da maior entidade do golfe brasileiro, que representa 45 clubes de golfe e mais de 5 mil jogadores atuantes.

Inventar a roda – Gama adverte que se o dinheiro for pulverizado e cada um tentar reinventar a roda por sua conta, a verba vai ser mal aplicada e vai produzir um resultado muito menor do que poderia e que era o objetivo do R&A. “Nosso golfe é muito pequeno para ficar dividido e precisamos que os bons projetos sejam apoiados por todos, independente de política”, diz Gama, lembrando que o Golfe Nota 10 não foi invenção dele ou sua diretoria, mas um projeto que ele herdou quando assumiu o cargo e ajudou a aprimorar.

“O objetivo do Golfe Nota 10 não é só formar jogadores, mas também criar interesse pelo golfe entre os jovens, para que, mesmo sem jogar, ele e seus familiares passem a acompanhar e gostar do esporte”, explica o vice-presidente Jorge Saeki. Durval Pedroso, que está envolvido com o Golfe Nota 10 desde o começo, conta que o interesse das famílias também é muito grande. “Quando vamos nas escolas, ou mesmo em eventos públicos, em parques e ruas, muitas vezes são os pais que mais querem bater bola em nossa gaiola inflável, que serve de bate-bola”, conta.

Boas novas – O pacote de boas novas foi anunciado por Manuel Gama inclui ainda o Golfe Nota 11, em fase de implantação, que dará continuidade ao trabalho iniciado com os jovens participantes do Golfe Nota 10 que aderiram ao golfe e já começam a disputar competições. “É uma iniciativa que  permitirá que os juvenis dêem continuidade à sua formações para se tornarem grandes golfistas”, diz Durval”.

A FPG quer incentivar os jovens a se preparem para a volta do golfe aos Jogos Olímpicos, a partir do Rio, em 2016. Por isto, desde fevereiro, adotou como norma a entrega de medalhas, e não troféus, para os primeiros colocados nas suas competições.  Manuel Gama lembra que ao disputar medalhas, os jogadores juvenis já vão se adequando ao espírito olímpico, com várias vantagens. “As medalhas valorizam ainda mais as colocações de segundo e terceiro lugares e têm uma maior portabilidade, permitindo que os jovens as carreguem no peito e mostrem com orgulho suas conquistas no clube”.

Software – A imprensa ficou conhecendo ainda o SISGOLFE, novo software de integração e resultados, desenvolvido pela FPG. O programa SISGOLFE, que já está em teste, vai facilitar a organização técnica de todos os torneios do estado e a sua divulgação. Em cada evento, os resultados de jogador por jogador já são inseridos no sistema na entrega dos cartões, gerando um score online automático e gratuito para todos os clubes e eventos, resultados e rankings imediatos e atualização automática de handicaps

O sistema vai permitir ainda que os golfistas brasileiros que estejam estudando no exterior insiram seus resultados. A ferramenta funciona via internet e tem o objetivo de apoiar e profissionalizar o trabalho de funcionários dos clubes filiados, que receberão o treinamento inicial e uma assessoria permanente, tudo por conta da Federação Paulista.

Jogos Olímpicos – Pensando na volta do golfe aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, mas sobretudo nos seguintes, de 2020 em diante, a Federação Paulista vai organizar uma palestra sobre o golfe de alto rendimento, dia 26 de março, para que toda a comunidade possa discutir o que quer e o que precisa ser feito para o Brasil recuperar o tempo perdido desde que o golfe voltou a fazer parte da família olímpica, em outubro de 2009.

A palestra aberta ao público e com transmissão ao vivo pela internet, reunirá os nomes mais importantes do golfe brasileiro ligados ao alto rendimento, O público poderá fazer perguntas ao vivo ou através da internet, tornando o debate nacional. “Não vamos poupar esforços para que esse importante debate se torne uma meta a ser perseguida não só em São Paulo, mas também em todo o Brasil”, assegura Gama. “O futuro do golfe brasileiro como esporte sério depende disso”.

Palestras – Para o aperfeiçoamento do esporte, a Federação Paulista promoverá ainda, no primeiro semestre, encontros com profissionais especializados nas áreas de Regras do Golfe (palestra dia 27 de fevereiro); Manutenção de Campo (9 e 10 de abril); Prevenção de Lesões Aplicadas ao Golfe (23 de abril) e Anti-doping (7 de maio).

Em 2011, a Federação Paulista realizou palestras com Jason Straka, renomado arquiteto de campo de golfe, e Daniel Tapia, agrônomo especialista em furação de greens e fairways. Os clubes foram beneficiados pela parceria da FPG com a empresa de máquinas Greenext para melhoria dos campos com a furação de greens e fairways, a custos econômicos.

Ouvidoria – Também foi implantada a “Ouvidoria Técnica da FPG”, um canal aberto para esclarecer dúvidas quanto às regras de golfe através do e-mail ouvidoria@tecnica.com.br. Foram assinados acordos da FPG junto à Federação Portuguesa de Golfe, à Real Federação Espanhola de Golfe e à Federação Madrilenha de Golfe para favorecer o intercâmbio entre as equipes de juvenis e seniores.

Para a área técnica, outra grande prioridade, foi realizada a 3ª Edição das provas de aptidão para habilitação de Árbitros e Assistentes de Golfe com o objetivo de manter árbitros profissionais e com boa formação. Os profissionais selecionados foram incluídos no quadro de arbitragem oficial da FPG.

  • Onde Jogar

    Como chegar. Dicas de hospedagem e alimentação. Preços e serviços

  • Turismo

    Aproveite o acordo entre a Pousada Travel Inn Trancoso e o Terravista Golf Course

  • Golfe 2016

    Paris 2024: Corrida olímpica começa com o brasileiro Rafa Becker entre os Top 50


  • Newsletter

    Golfe.esp.br - O Portal Brasileiro do Golfe

    © Copyright 2009 - 2014 Golfe.esp.br. Todos os direitos reservados