Federação Paulista traz Tour Europeu de volta ao Brasil

09/05/2012


Entidades fazem acordo para organizar torneios oficiais, em São Paulo, a partir de 2013


Gama: ajudando a trazer o Tour Europeu e a abrir novas portas para os profissionais de golfe do Brasil
   Gama: ajudando a trazer o Tour Europeu e a abrir novas portas para os profissionais de golfe do Brasil

Graças a um acordo entre Manuel Gama, presidente da Federação Paulista de Golfe (FPG) e Ben Cowen, diretor de Relações Internacionais do Tour Europeu, o golfe brasileiro prepara-se para abrir uma nova fronteira, com a realização de torneios oficiais da entidade européia em São Paulo, de 2013 a 2016. O acordo prevê torneios do Challenge Tour, o circuito de acesso, já a partir de março ou abril de 2013, e  torneios do circuito principal do Tour Europeu, em 2015 ou 2016, antecedendo a volta do golfe aos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

“É uma nova e importante fronteira que se abre para os profissionais brasileiros poderem somar pontos para o ranking mundial de golfe e com isso, representar o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio”, diz Gama, que conseguiu o acordo graças às boas relações que mantém com os dirigentes da Europa. “O Tour Europeu nos procurou porque quer fazer os torneios em São Paulo e em parceria com a Federação Paulista de Golfe”, conta Manuel, que já aceitou a oferta e comunicou a sua decisão às demais federações de golfe do país e à Confederação Brasileira de Golfe (CBG).

Parceria – O Tour Europeu quer que a Federação Paulista organize os seus torneios em São Paulo, com o apoio dos profissionais e da Confederação Brasileira de Golfe. Cada evento terá premiação de US$ 250 mil, com custo total de US$ 500 mil, já incluída a taxa de 10% – US$ 25 mil – que cabe ao Tour Europeu. “Mais do que pontos para o ranking mundial, os profissionais brasileiros que se destacarem na Challenge Tour terão a chance de jogar no Tour Europeu já no ano seguinte”, ressalta Gama.

As vagas disponíveis no torneio serão divididas entre os profissionais do Challenge Tour e os profissionais brasileiros. Haverá ainda duas vagas para profissionais do clube sede e cinco a serem distribuídas em acordo entre a Federação Paulista e a CBG. O Tour Europeu também concordou em dar vagas para seis amadores brasileiros na competição. Como nos grandes eventos, os torneios do Challenge Tour do Brasil terão um Pro-Am na véspera e quatro dias de jogos (72 buracos), com corte após o segundo dia, quando só os 65 primeiros e empatados poderão disputar os prêmios em dinheiro.

Trabalho – “São Paulo já respondeu ao Tour Europeu aceitando o acordo e dentro de pouco tempo vamos iniciar as reuniões de trabalho”, conta Manuel Gama, que está em seu segundo mandato como presidente da Federação Paulista, depois de uma longa carreira como dirigente do golfe, onde foi diretor e presidente do Clube de Golfe de Campinas e diretor e vice-presidente da Federação Paulista, antes de assumir a direção da entidade que reúne praticamente a metade dos jogadores e clubes de golfe do Brasil.

Ao mesmo tempo em que programa as reuniões de trabalho com o Tour Europeu, Gama prepara uma licitação para a escolha do promotor desses torneios. “Como tudo o que fazemos na Federação Paulista, optamos por uma licitação que vai dar oportunidade a todos os promotores interessados e dar transparência a todo o processo”, diz Gama. Entre os possíveis patrocinadores estão as empresas brasileiras, através da Lei de Incentivo ao Esporte, empresas européias com interesse no mercado brasileiro e a própria prefeitura de São Paulo, dada a quantidade de turistas e o impacto que eventos desse porte irão gerar na economia local.

Força paulista – O Brasil já organizou três torneios do Tour Europeu, em 2000 e 2001, sendo um no Rio e dois no São Paulo Golf Club, na zona Sul da capital paulista. A premiação foi de aproximadamente US$ 1 milhão, sendo o primeiro torneio vencido pelo irlandês Padraig Harrington e o outro pelo sul-africano Daren Fichardt. “Foram eventos de grande repercussão nacional e internacional” lembra Cowen.

Para o dirigente do Tour Europeu, São Paulo, por reunir a grande maioria dos golfistas e campos de golfe do Brasil, é o local ideal para a volta do Tour Europeu ao Brasil. “São Paulo tem o tamanho, a força e a infraestrutura necessária para receber um evento dessa escala”, diz Cowen. “Isso é feito com o GP de Fórmula-1, com a São Paulo Indy 300 e diversos outros eventos, como os grandes torneios de tênis”, explica.

Importância – O Challenge Tour organiza este ano 28 torneios, sendo 19 na Europa e os demais ao redor do mundo, incluindo o Pacific Rubiales Colombia Classic, em março, sendo que o torneio de São Paulo será o segundo da América do Sul. Todos os anos os 30 primeiros colocados do ranking do Challenge Tour ganham o cartão para o Tour Europeu, caminho que tem sido o preferido dos sul-americanos para chegar ao mais alto nível do golfe mundial.

Os torneios do Challenge Tour distribuem um mínimo de 12 pontos para o campeão e pontos proporcionais para os 14 primeiros colocados de seus eventos menores, podendo chegar ao máximo de 16 pontos para o campeão, com pontuação para 19 jogadores em seus eventos maiores. O Challenge Tour vem assim se somar ao PGA Tour Latinoamérica, que começa a ser jogado em setembro e terá uma etapa no Brasil, e distribui seis pontos para o campeão e pontuação para seis jogadores.

Circuito mundial – Os profissionais brasileiros ganham assim um segundo caminho para chegar ao circuito mundial e de forma mais rápida, já que funciona como o segundo degrau do processo. O Challenge Tour, que terá pelo menos duas etapas na América do Sul (Colômbia e Brasil) e possivelmente outras duas que estão sendo negociadas, dará 30 vagas para jogar no Tour Europeu e outras 30 para o próprio Challenge Tour da temporada seguinte.

O outro caminho, um pouco mais longo, já que parte do terceiro degrau, é o PGA Tour Latinoamérica dará uma vaga plena para jogar no Nationwide Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour, além de outras quatro vagas condicionais. É o equivalente aos circuitos satélites da Europa – Alps Tour, EPD Tour, PGA EuroPro Tour e Nordic League – o terceiro degrau – que classificam para o Challenge Tour.

Olimpíadas – De acordo com as regras atuais, para defender o Brasil nos Jogos do Rio, em 2016, é preciso ter pontos no ranking mundial e estar colocado entre os 300 primeiros. Uma vitória no Challenge Tour de São Paulo, por exemplo, já colocaria um profissional brasileiro ainda sem pontos no ranking mundial, entre os 500 primeiros do mundo, um passo e tanto rumo ao Rio 2016.

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