10/11/2011
por: Ricardo Fonseca
Prometida originalmente para o Japão, como moeda de troca para a inclusão de uma evento do PGA Tour no calendário do Tour Japonês, como o Portal Brasileiro do Golfe noticiou em abril de 2010, a Presidents Cup de 2015, a próxima a ser jogada fora dos EUA, poderá agora vir para o Brasil, como se chegou a cogitar após a votação que decidiu a volta do golfe aos Jogos Olímpicos, no Rio, em 2016. A possibilidade foi aventada por Tim Finchem, comissário do PGA Tour, que organiza a competição.
São dois os motivos que recolocaram o Brasil na disputa para sediar o confronto bienal entre os EUA e equipe Internacional (sem a Europa que enfrenta os americanos num evento similar, a Ryder Cup). Primeiro porque as negociações com o Japão emperraram, sobretudo por causa das dificuldades que a economia local vem passando após o terremoto, o tsunami e o acidente nuclear que devastaram o Nordeste daquele país. E segundo por causa – acreditem – do atraso na construção do campo olímpico, agravado agora com os problemas no concurso para escolha do designer, que agora deverá ficar para 2012.
Prioridade – O golfe olímpico é prioridade para o mundo do golfe e todas as suas entidades, que apostam no retorno do esporte para superar a crise. Os EUA, o maior mercado do golfe mundial, perderam dois milhões de golfistas nos dois últimos ano e uma centena de campos de golfe, enquanto a Europa, o segundo mercado do esporte, está com o crescimento do golfe estagnado por causa das sucessivas crises financeiras por que passam vários de seus membros.
Finchem sabe que a Ásia, único continente onde o golfe ainda cresce de forma acelerada, seria a melhor opção para a Presidents Cup de 2015, ainda mais agora que o recorde de quatro asiáticos (três coreanos e um japonês) estão entre os 12 integrantes da equipe internacional que enfrentam a dos EUA na próxima semana. Mas há mais coisas a ser consideradas, incluindo o fato da Presidents Cup seguinte com sede internacional, a de 2019, esta prometida para China, hoje o mercado que mais cresce em tudo, incluindo o golfe.
Evento-teste – Assim que ficar pronto, o campo de golfe olímpico precisa organizar ao menos um grande evento-teste, que o PGA Tour pretendia que fosse a World Cup, o mundial de duplas que tem sede permanente na China e que passou a ser bienal, jogado nos anos ímpares; ou a um evento da série mundial, os World Golf Championships, preferencialmente o Cadillac Championship (ex-Amex e ex-CA), que é jogado no Doral, como revelou Jack Warfield, vice-presidente do PGA Tour, há um mês, em entrevista exclusiva para o Portal Brasileiro do Golfe.
O problema é que agora nem Finchem acredita mais que o campo olímpico estará pronto em março de 2015, a tempo de receber o Cadillac e trazer a competição em 2016, por ser tarde demais como evento-teste, por deixar pouco tempo para acertos que se mostrem necessários no campo olímpico de golfe. A World Cup, por sua vez, depende de uma difícil negociação com a China que tomou conta da competição depois que ela foi abandonada pela Federação Internacional de PGAs. Restou a Presidents Cup, que será jogada em novembro de 2015.
Impaciência – “Quando você olha para os Jogos Olímpicos sendo realizados lá em 2016, e todo mundo está se preparando para isso, é fácil chegar à conclusão de onde estaremos em 2015”, afirmou Finchem em entrevista à imprensa em Sidney, onde está acompanhando o Aberto da Austrália. “Existem ainda muito outros torneios que poderíamos fazer lá, mas tudo depende do campo estar pronto”, diz Finchem, que não esconde mais sua impaciência com os atrasos.
“Nós temos esperanças de ver alguma luz no que se refere a quando o campo de golfe estará pronto e termos certeza que vamos ter um lugar para jogar em 2015”, diz Finchem. “Uma vez que soubermos quando isso vai acontecer, vamos começar a trabalhar com opções reais”.
Preocupação – Mas Finchem já admite a possibilidade de o campo não ficar pronto antes de 2016, o que faria os Jogos Olímpicos serem a primeira grande competição do percurso olímpico. “Nós precisamos do campo pronto em 2015, o que significa que precisamos começar já”, preocupasse Finchem.
O golfe é um negócio que movimento mais de US$ 100 bilhões anuais ao redor do mundo, mas que não cresce há pelo menos dois anos, por causa das crises financeiras em seus principais mercados. Os Jogos Olímpicos podem ser a redenção para o negócio, com o golfe passando a crescer em outros mercados mundiais. Mas, para isso, depende de uma competição exemplar em 2016, antes que o Comitê Olímpico Internacional se reuna, em 2017, para decidir se o esporte comtinua ou não nos Jogos. E, acreditem, quae metade dos membros votantes do COI não veem o golfe com bons olhos!
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