16/01/2012
Apesar de a classificação de atletas e equipes para os Jogos Olímpicos Londres 2012 e a participação do Brasil nesta competição terem sido os principais critérios utilizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para definir a base de distribuição dos recursos da Lei Agnelo/Piva às Confederações Brasileiras Olímpicas, em 2012, os novos esportes, como o golfe e o rúgbi, que só estréiam em 2016, irão receber R$ 900 mil do COB já a partir deste ano. Esse é um valor mínimo, que poderá ser aumentado com recursos do Fundo Olímpico, um fundo de reserva formado pelo COB com o objetivo de atender aos projetos especiais apresentados por qualquer das Confederações Brasileiras Olímpicas.
Os valores partem de um mínimo de R$ 900 mil anuais, como o que coube ao Golfe, e tem teto de R$ 3,2 milhões, que serão recebidos por sete Confederações: Atletismo, Desportos Aquáticos, Handebol, Hipismo, Judô, Vela e Vôlei. Além da classificação e da participação em Londres 2012, o COB considerou ainda para a definição dos valores a análise da gestão das entidades em 2011 e os resultados de cada Confederação neste ano em campeonatos mundiais e copas do mundo. Por fim, levou em consideração os atletas das Confederações que estejam entre os TOP 10 do mundo e os patrocínios que as Confederações receberão em 2012.
Destinação – Dos R$ 47 milhões que receberá em 2012, o COB investirá nos projetos orientados especificamente para o treinamento e preparação de atletas e equipes; no incremento e na manutenção do Centro de Treinamento Time Brasil; na implantação do Laboratório de Ciências do Esporte; na operação do Centro Esportivo Crystal Palace, local de preparação dos atletas brasileiros antes e durante os Jogos Olímpicos Londres 2012; e na estrutura da Missão Brasileira em Londres 2012 (logística da operação, Vila Olímpica, aclimatação de equipes etc.); nas atividades dos cursos de gestão e capacitação promovidos pelo Instituto Olímpico Brasileiro; e na manutenção do próprio COB, entre outras ações.
A Lei Agnelo/Piva destina 2% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do país ao COB (85%) e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (15%). Para 2012, o COB trabalha com uma estimativa de arrecadação de R$ 145 milhões. Dos recursos recebidos, o COB é obrigado por lei a investir 10% no esporte escolar (R$ 14,5 milhões estimados para 2012) e 5% no esporte universitário (R$ 7,25 milhões em 2012). Dos cerca de R$ 123,5 milhões restantes que o COB receberá, R$ 60,9 milhões serão aplicados diretamente nos programas das 29 Confederações Brasileiras Olímpicas, exceto o futebol. Somando este valor ao do Fundo Olímpico de R$ 15,3 milhões, as Confederações receberão R$ 76,2 milhões, 15% a mais que em 2011.
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