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Golfe 2016: Comitê organizador confirma atraso no concurso

10/11/2011

Com novos prazos, designer do campo olímpico só será conhecido em 2012

Nicklaus: nem escritórios de golfe consagrados conseguiram cumprir exigências brasileiras e tempo

por: Ricardo Fonseca

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, confirmou na tarde desta quarta-feira a notícia dada em primeira mão mundial pelo Portal Brasileiro do Golfe de que nenhum dos quase 30 participantes do concurso para desenhar o campo de golfe olímpico havia sido aprovado na primeira etapa da licitação internacional. Em comunicado lacônico e sem declinar as novas datas, o Rio 2016 avisou que nenhum candidato apresentou toda a documentação legal e ou financeira exigida pelo concurso que foi lançado dia 14 de outubro e deu prazo de apenas duas semanas, até 28 de outubro, para que os interessados se inscrevessem na fase de qualificação.

Com isso, a construção do campo olímpico, que já está bastante atrasada e começa a preocupar seriamente as autoridades do golfe mundial, vai sofrer novo atraso, já que o novo do ganhador do concurso para a elaboração do Projeto Executivo não será mais conhecido dia 23 de dezembro, como previsto. Agora, só em 2012, e em data a ser definida após a escolha de quem poderá participar do concurso.

Comunicado – “O Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 comunica que nenhum dos participantes inscritos no processo de seleção internacional para escolha do projeto do campo de golfe dos Jogos Olímpicos forneceu a documentação financeira e jurídica completa necessária para habilitação.
Por esta razão, com base na cláusula 8.2.11 do regulamento do referido processo de seleção, a Comissão Julgadora concedeu, à totalidade dos participantes, prazo suplementar para apresentação da documentação faltante.
As novas datas das demais etapas do processo de seleção serão anunciadas após o decurso do prazo assinalado.”

O lacônico comunicado não diz, mas o novo prazo para apresentar a documentação termina no final de novembro. Depois disso, será necessário comunicar os escritórios de design que passarem para a segunda fase, marcar um workshop para apresentação do briefing do projeto para as empresas concorrentes e dar um prazo de um mês para a entrega das propostas, provavelmente no começo de 2012. Feito isso será preciso mais uma semana para o júri técnico entrevistar as empresas concorrentes e fazer a revisão final das propostas, antes de anunciar o ganhar. Meados de janeiro, com sorte.

Problemas – Entre os escritórios que queriam participar do processo estavam os de Jack Nicklaus (com Annika Sorenstam), Arnold Palmer, Greg Norman (com Lorena Ochoa), Gary Player, Robert Trent Jones Jr. e Nick Faldo, com experiência mais do que comprovada em campos deste nível, mas nem eles conseguiram cumprir as exigências no exíguo prazo. Mas ninguém pode falar a respeito, pois, para participar, todos assinaram um termo de confidencialidade com multa de US$ 100 mil para quem revelar os termos da concorrência.

Mas já se sabe que o maior problema dos escritórios internacionais de designer – há pelo menos dois brasileiros concorrendo – está numa exigência que não ficou muito clara no lançamento do concurso: a de ter escritório no Brasil. O Rio 2016 disse antes que ter escritório no Brasil era uma exigência apenas para designers internacionais que se apresentassem individualmente, e não para empresas já estabelecidas. Mas não era bem assim. Todos eles terão sorte se conseguirem abrir empresa ou se associarem a alguma brasileira a tempo do novo prazo, dada a burocracia do país.