Golfe 2016: delegação da IGF vistoria Rio

26/01/2010


Ty Votaw visita campos de golfe e áreas da cidade para definir local da disputa nos Jogos Olímpicos


por: Ricardo Fonseca

Ty Votaw e delegacao visitam campos de golfe para o Rio 2016.Ty Votaw, o vice-presidente de Assuntos Internacionais do PGA Tour e diretor executivo e coordenador do movimento da Federação Internacional de Golfe (IGF, na sigla em inglês) que comandou a volta do golfe aos Jogos Olímpicos, passou cinco dias da semana passada, no Rio de Janeiro, na primeira vistoria oficial da entidade à sede dos Jogos de 2016. Votaw e sua delegação visitaram os dois campos de golfe da cidade e três áreas aonde existem projetos de construção de novos campos, antes de se reunir com a diretoria do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e voltar aos Estados Unidos.

Ty Votaw, que estava acompanhado de Tyler Dennis e Steve Wesnsloff, ambos da área técnica do PGA Tour, foi recebido por Vicky Whyte, vice-presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBG) e por John Byers (todos na foto, da esquerda para a direita), diretor de regras e de assuntos internacionais da entidade, que os acompanharam nas visitas. Esta semana, Votaw deve apresentar à IGF um relatório com as conclusões de sua vistoria.

Visitas – Ty Votaw chegou na segunda-feira, quando fez um city tour pela cidade do Rio. Na terça, visitou o Itanhangá Golf Club, na Barra, e o Gávea Golf & Country Club, em São Conrado, os dois únicos campos de golfe de 18 buracos da cidade, além de sobrevoar duas áreas na Barra que tem projetos de construção de campos com capacidade de receber o golfe olímpico: a Riserva Uno, e uma área de Vargem Grande. À noite, jantou no Gávea em companhia da direção do COB.

Na quarta-feira, Votaw e seus acompanhantes passaram o dia visitando o projeto da International Golf and Resort Management (IGRM), que tem sede em Londres e um escritório no Rio, comandado por Michael Nagi. No local, um topo de montanhas no bairro Secretário, em Petrópolis, serão construídos dois campos de golfe projetados por Nick Faldo, além de um centro de treinamento de golfe de Faldo para a América do Sul.

Japeri – Na quinta, apesar do forte calor, Votaw e sua comitiva foram conhecer o campo público de Japeri, na Baixada Fluminense, onde jogaram golfe ao lado de Anderson Nunes e Cristian Barcelos, dois talentosos meninos revelados na escolinha de golfe de Japeri. Os americanos ficaram muito impressionados com o projeto, que conheciam através do vídeo que a IGF mostrou ao Comitê Olímpico Internacional (COI), na apresentação final do golfe antes da votação da entidade que recolocou o esporte nos Jogos Olímpicos.

Ainda na quinta, de volta o Rio, Votaw e sua comitiva tiveram uma reunião na sede do COB, onde conversaram com Carlos Arthur Nuzman, presidente da entidade, sobre a futura sede do golfe olímpico. A seguir, Votaw retornou aos Estados Unidos, onde deverá em breve se encontrar com John Byers para discutir novos detalhes do golfe nos Jogos do Rio.

Relatório – As conclusões de Votaw ainda não foram divulgadas, mas pelo o que ele comentou durante suas visitas, a idéia da IGF não é apenas garantir uma reestréia exemplar do golfe nos Jogos Olímpicos, mas deixar um legado para a cidade e para o Brasil. Para isso, a construção de um campo público seria a preferencial, uma vez que o Gávea foi considerado muito curto para receber um evento dessa envergadura e o Itanhangá necessitaria de uma ampla reforma, incluindo a elevação de todo o campo em mais de um metro para evitar as constantes enchentes em épocas de chuva forte.

Votaw e sua delegação pousaram de helicóptero na Riserva Uno, um local belíssimo que já tem um projeto ambiental pré-aprovado por um escritório de advocacia especializado no assunto, mas foi alertado que a legislação brasileira é bem severa nesse tipo de licenciamento, ainda mais se tratando de uma área de reserva e manguezal.
Na área de Vargem Grande, não muito distante dali, as licenças ambientais poderiam ser mais fáceis se a área, que hoje pertence a mais de uma dezena de proprietários, puder ser integrada sem dificuldade.

Posteridade – Por parte do COB, Votaw foi informado que a preocupação da entidade brasileira é não construir nada apenas para os Jogos Olímpicos, que são passageiros, e sim para servir de base para a formação de atletas. Com isso, a preocupação no caso de um campo público é sobre a futura utilização e manutenção da área e sua viabilidade econômica. Votaw também soube, surpreso, que é norma olímpica não liberar os locais dos Jogos para treinos, o que exigiria que a preparação dos atletas antes do Golfe 2016 fosse feita em outros campos da cidade.

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