Golfe 2016: falta de consenso adia decisão do campo

04/02/2012


Designer só será conhecido em março, depois que juízes chegarem a decisão unânime


   Riserva Uno: além do atraso de três meses, campo de golfe olímpico está ameaçado por pendências sobre terreno
  Riserva Uno: além do atraso de três meses, campo olímpico está ameaçado por pendências sobre terreno

por: Ricardo Fonseca

O jogo lento, praga que infesta os campo de golfe em todo o mundo, parece ter contaminado o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, que mais uma vez adiou uma decisão referente ao concurso internacional para escolher o projeto executivo do campo de golfe previsto para ser construído na Barra da Tijuca, para receber o golfe de volta à família olímpica, após 112 anos de ostracismo. Anunciada para os oito finalistas que passaram o corte do concurso, para esta sexta-feira, a decisão foi postergada para março, surpreendendo mais uma vez o mundo do golfe com a morosidade do processo.

O ganhador do concurso internacional deveria ter sido anunciado no final de 2011, mas os organizadores provocaram um primeiro atraso ao rejeitar os mais de 20 pretendentes alegando que nenhum deles havia apresentado os documentos legais e financeiros exigidos para concorrer. Após novo prazo para a documentação, foram escolhidos oito finalista que tiveram apenas sete semanas para entregar seus projetos detalhados de todo o complexo olímpico do golfe. Terça e quarta desta semana todos estiveram no Rio para fazer apresentações pessoais de suas propostas ao juízes, em seções fechadas de 90 minutos cada. Muitos designers permaneceram no Rio aguardando o anúncio do vencedor do concurso, que acabou sendo adiado.

Comunicado – O Comitê Organizado do Rio 2016, deu a entender em comunicado lacônico, que o anúncio do designer campeão foi adiado para ser feito em março, durante visita oficial que o Comitê Olímpico Internacional (COI) fará ao Rio de Janeiro. Mas segundo fontes ouvidas pelo Portal Brasileiro do Golfe, o problema foi a falta de consenso entre as quatro entidades que julgam o concurso, que haviam acordado que a decisão teria que ser unânime.

O júri que cuida do processo seletivo é constituído por representantes da Federação Internacional de Golfe (IGF), do Rio 2016, da Prefeitura e do Comitê de Aconselhamento de Golfe (Golf Advisory Committee). A IGF é presidida por Peter Dawson, executivo-chefe do R&A. Outro nome forte da IGF é o australiano Antony Scanlon, Diretor Executivo da entidade e contratado para cuidar do projeto olímpico com exclusividade. O Comitê de Aconselhamento de Golfe do COB, por sua vez, é formado por Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central; José Antonio do Nascimento Brito, o Josa, ex-presidente do Gávea G&CC, e Lauro Alberto de Luca, o atual presidente do Gávea, que sucedeu Josa.

Finalistas – As oito empresas finalistas do concurso são, em ordem alfabética: Gary Player Design, Greg Norman Golf Course Design (com Lorena Ochoa), Hanse Golf Design (Gil Hanse), Hawtree Ltd. (Martin Hawtree), (Jack) Nicklaus Design (com Annika Sorenstam), Renaissance Golf (Tom Doak), Robert Trent Jones II (com Mário Gonzalez) e Thomson-Perret Golf Course Architects (Peter Thomson/Ross Perrett, com Karrie Webb).

Todos os finalistas participaram, em meados de dezembro, de dois dias de workshops no Rio de Janeiro. No primeiro, visitaram o local onde o campo vai ser construído, na Barra da Tijuca, onde permaneceram até o meio da tarde. No dia seguinte, na sede de do hotel Promedade, na Barra, ouviram os detalhes das normas do concurso que, além de do campo de golfe de altíssimo nível para os Jogos do Rio, prevê detalhes ambientais e a criação de uma escola de golfe que permanecerá como um legado para a cidade.

Financiamento privado – Os proprietário do terreno irão financiar a construção do campo, que utilizará verbas privadas, e não públicas. Depois de definido o campeão, ele terá que apresentar os desenhos detalhados, que serão utilizados para a empresa de engenharia a ser contratada para a construção, que será brasileira.

Caberá ao construtor contratar os especialista necessários para aspectos específicos, como shapers, construção de greens e irrigação, que podem ou não ser do Brasil. Os projetos finais só não incluem a sede do campo, que terá seu desenho escolhido em novo concurso público, desta vez aberto apenas para escritórios de arquitetura brasileiros. A construção do campo deve começar em outubro de 2012, tão logo seja concluída a aprovação ambiental e definidas as questões judiciais sobre a propriedade da terra, ainda pendentes.

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