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Golfe 2016: Prefeito minimiza briga por terreno de campo de golfe

05/06/2012

Para Eduardo Paes, acordo será feito com quem quer que seja declarado dono da terra

Ilustração de como ficará o campo olímpico de golfe após a construção: sem sustos, garante o prefeito

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, aproveitou o primeiro dia de visita da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) ao Rio de Janeiro para acompanhamento das obras de preparação para os Jogos de 2016, para tranqüilizar a todos sobre a construção do campo de golfe olímpico. “Não há qualquer polêmica”, garante Paes. ” O que tem gente contestando a titularidade da terra na Barra da Tijuca”, resumiu o prefeito, dando a entender que a pendenga judicial em nada vai atrapalhar a construção do campo de golfe, ainda mais agora que a Justiça negou um mandado que pretendia paralisar as obras até o julgamento da questão.

“O direito que nós pretendemos dar é para quem é proprietário da terra, se for de fulano ou beltrano, é problema de fulano e beltrano”, explica Paes. “O importante é que a gente tenha um campo de golfe que não custe dinheiro do tesouro municipal para ser feito”, concluiu o prefeito.

Vantagens – O que Paes quer dizer é que as vantagens que ele ofereceu ao grupo de Pasquale Mauro, que tem o registro do imóvel, e sua parceira Cyrella – permissão para construir conjuntos residenciais ao longo da Avenida Atlântica com 22 andres, em vez nos oito hoje permitidos pela Lei de Zoneamento – será oferecido também à empresa Elmway Participações, que reclama a posse do terreno na Justiça, caso ela vença a batalha judicial. A alteração do gabarito de construção, por si só, garante mais do que o dobro, de lucro, sobre os US$ 30 milhões que o proprietário do terreno terá que desembolsar para construir o campo de golfe e suas instalações.

A Elmway, que alega ser dona do terreno, disputa a titularidade do local desde 2009. O caso aguarda julgamento final no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A atual vista da Comissão de Coordenação do COI ao Rio de Janeiro termina nesta quarta e nova visita só deverá ser feita em 2013, com o campo de golfe já sendo construído. Os contratos finais serão firmados até outubro, quando o arquiteto Gil Hanse chega ao Rio para começar a construir o campo que projetou.