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Golfe 2016: Woods, hoje, não teria vaga nos Jogos Olímpicos

15/06/2011

Antony Scanlon, da IGF, esclarece que nem todos os 15 primeiros do ranking terão vaga

Scanlon em vista ou Tour Euroeu, ao lado de Sir Bonallack, Neil Coles e Geroge O`Grady

Antony Scanlon, diretor-executivo da Federação Internacional de Golfe (IGF), contatado apenas para conduzir o processo olímpico, esclareceu, em entrevista a Matthew Grayson, publicada nesta terça-feira no site “Around the Rings”, que nem todos os 15 primeiros colocados dos rankings mundiais terão vaga assegurada nas competições de golfe dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, como se pensava. Segundo ele haverá, dentro desse grupo, um limite de quatro jogadores por país, o que faria com que Tiger Woods não estivesse classificado para disputar o torneio inaugural do golfe olímpicos se os jogos fossem hoje.

“O que nós propusemos ao COI durante a candidatura e ainda e que estamos seguindo, é ter os 15 primeiros dos rankings mundiais, com um limite de quatro por país, e então os classificados a seguir, fora dos 15 primeiros, com um máximo de dois jogadores por país, até completar 60 jogadores”, disse Scanlon, estimando que haverá de 28 a 30 países representados no golfe olímpico por este sistema. “Isso é muito bom”, conclui.

Woods – A diferença entre esse sistema e o que havia sido divulgado até agora é o limite de quatro por país entre os 15 primeiros do ranking, o que faz grande diferença. No caso dos homens, hoje há sete americanos entre os 15 primeiros do ranking mundial de golfe esta semana, o que deixaria três deles fora do Golfe 2016, entre eles Tiger Woods. Assim os americanos nos Jogos do Rio seriam Steve Stricker, Phil Mickelson, Matt Kuchar e Dustin Johnson, Ficariam de fora Bubba Watson (12º do ranking), Nick Watney (14º) e Woods (15º). Nos jogos Olímpicos seguintes, em 2020, ainda sem local definido, Woods dificilmente participaria, pois além dos problemas físicos, estaria com quase 45 anos.

No caso das mulheres, o impacto é ainda maior, pois há hoje seis americanas e seis coreanas entre as 15 primeiras do ranking mundial feminino de golfe e duas de cada país não estariam classificadas. Num caso e no outro, abrem-se vagas para mais países poderem participar do processo.

Campo olímpico – Apesar da prefeitura do Rio de Janeiro ter confirmado na semana passada que vai construir um novo campo num terreno da Barra ao lado do condomínio Riserva Uno. Stanlon ainda não faz referência a isso na entrevistas, mas mostra clara preferência por um campo público. “Espero que o Rio escolha um campo que deixe um legado para o país e permita não só desenvolver o esporte em sua base, mas também os golfistas de alto desempenho”.

Em qualquer caso, Stanlon diz que é preciso que o campo esteja pronto para ser jogado no primeiro trimestre de 2015. “Temos esperança de fazer um teste no começo de 2015, coma possibilidade de, no caso dos homens, termos um evento com os melhores jogadores do mundo e, algo como um mês depois, um evento para as mulheres do mesmo porte”, explica. “Dessa forma, nos teremos a oportunidade de constatar e o tempo necessário de, caso seja necessário, fazer qualquer modificação para o ano seguinte”.

PGA Tour das Américas – Scanlon também falou na entrevista sobre o circuito profissional para a América Latina que o PGA Tour está desenvolvendo junto com o Tour das Américas. “Nós estamos trabalhando muito próximos à Confederação Brasileira de Golfe em desenvolver programas de base que irá indicar um caminho e criar oportunidade para que os golfistas de alto desempenho possam competir tanto no circuito das Américas ou, no final das contas, no PGA Tour”.