Golfe Olímpico: Kasumigaseki Country Club terá par 71 e 7.465 jardas para os homens

27/07/2021

Campo renovado por Tom Fazio tem 68 bancas. Água entra em jogo em dois buracos

Buraco 10 do East Course d0 Kasumigaseki Country Club. Foto: Koji Aoki/Kasumigaseki CC

 

por | Ricardo Fonseca

O quase centenário East Course do Kasumigaseki Country Club, em Saitama, a 50 km de Tóquio, sede do golfe nos Jogos de Tóquio, guarda poucas características do campo desenhado por Kinya Fujita e Shiro Akaboshi e inaugurado em 1929. O mesmo acontece com o West Course, construído em 1932, para formar o primeiro clube de golfe com 36 buracos do Japão.

Grande parte do terreno original foi vendido pelo governo japonês para levantar fundos para a II Guerra Mundial. O campo foi fechado definitivamente em 1945 e passou a ser usado pela Força Aérea dos EUA. O campo só voltou a funcionar em 1948, com nove buracos de cada percurso sendo recuperados para o jogo. Em 1950, o clube recomprou as terras vendidas a fazendeiros e, em 1954, um novo West Course foi inaugurado, fazendo do clube novamente um campo com 36 buracos.

Sistema de dois greens – Todos os buracos do campo tinham dois greens, como é comum no Japão, um com grama Korai, para o verão, e outro com Bent, para o inverno. Mas com a decisão de sediar o golfe olímpico, Tom Fazio e seu filho, Logan, foram contratados para renovar o East Course. Eles uniram os dois greens de cada buraco e fizeram deles um só, maiores e muito mais desafiadores, além de aumentar o tamanho do percurso.

Hoje os greens são de Bent, com velocidade prevista de 12 pés no stimpmeter durante esta semana. Tees e raias são de Korai, um tipo de zoysia. Os roughs de Noshiba, outra variedade de zoysia. A cidade de Saitama teve chuva excepcional em 2020 e um inverno 2020/2021 mais frio do que o usual, o que matou sobretudo a grama do rough, que já está recuperado.

Campo – O campo tem par 71 (36-35), sendo que dois dos três pares 5 são bem longos, com 640 (buraco 5) e 625 jardas (14). Três dos quatro pares 3 do campo têm mais de 200 jardas: os do buraco 4 (237), 7 (233) e 16 (203). Os greens têm em média 725 m². Há 68 bancas no campo e três lagos, que, no entanto, só entram em jogo em dois buracos: um pouco no 10, o par 3 mais curto do campo, com um tiro não muito difícil sobre a água, e muito no 18, um par 4 em curva para a direita, onde um grande lago defende todo o lado direto, antes do green.

O campo do Kasumigaseki sediou muitas competições importantes, mas as que mais tiveram impacto na história do golfe do Japão foram o Japan Junior de 2009 e o Asia-Pacific Amateur de 2010, ambas vencidas por Hideki Matsuyama. O agora herói do golfe japonês e esperança de medalha nem estava classificado para o Asia-Pacific Amateur, só entrando numa vaga extra aberta por o Japão ser o país sede.

Matsuyama – A vitória de Matsuyama no Asia-Pacific Amateur, versão asiática do LAAC (Latin America Amateur Championship) mudou sua vida, já que ele ganhou vaga no Masters de 2011 e soube aproveitar. Matsuyama foi o melhor amador em Augusta naquele ano, depois de jogar um excepcional 68 no sábado. Virou profissional, venceu seis torneios do PGA Tour, incluindo dois da série mundial e dois majors e chegou a número 2 do mundo após sua vitória no US Open de 2017.

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