Grupo protesta contra campo de golfe olímpico em reserva

24/02/2013


Manifestantes exigem a preservação da Área de Proteção Ambiental de Marapendi


Manifestantes exigem preservação da APA de Marapendi e que o golfe vá para outro lugar
Manifestantes exigem preservação da APA de Marapendi e que o golfe vá para outro lugar

Durante quatro horas, na tarde deste sábado, o movimento Golfe para Quem? fechou parte da Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, em frente à estação do BRT Golfe Olímpico, para protestar contra o Projeto de Lei Complementar do prefeito Eduardo Paes, aprovado em regime de urgência pela Câmara Municipal, liberando parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Marapendi para construir o campo de golfe para os Jogos Olímpicos de 2016.

O grupo quer que a área seja preservada e recuperada e também é contra a liberação da construção de 22 prédios com 22 andares cada um no local, como contrapartida da prefeitura ao empresário Pasquale Mauro, que tem o registro de imóvel do terreno. Ele e a construtora Cyrela arcariam com as despesas da construção do campo de golfe, que ficaria aberto ao público por 25 anos, em troca dos prédios.

Manifestantes –
A manifestação reuniu dezenas de pessoas que usaram faixas para protestar e distribuíram folhetos aos motoristas dos carros. Entre os presentes estavam os vereadores Jefferson Moura e Renato Cinco, do Psol, o biólogo Marcello Mello e Mariana Bruce, uma das fundadoras do grupo Coletivo Resistência Popular Zona Oeste II, que idealizou o protesto Golfe para Quem?

“Queremos um projeto olímpico que defenda a questão socioambiental e deixe como legado para o Rio de Janeiro a preservação das áreas verdes”, diz Moura. “O aumento dos gabaritos dos edifícios e isso não é um problema só ambiental, é também urbano”, adverte o vereador. “É preciso lutar contra toda postura radical que desmate a Mata Atlântica, o bioma mais destruído no Brasil e no mundo”, completou o vereador Cinco.

Mata Atlântica –
Mello, que realiza trabalhos na região da APA de Marapendi diz que a decisão da prefeitura de não preservar o terreno contraria a Lei Federal 11.428/2006. “A APA de Marapendi tem dois ecossistemas, o mangue e a restinga, que pertencem à Mata Atlântica e a lei 11.428/2006 classifica a Mata Atlântica como patrimônio nacional”, afirma. Mello diz ainda que a APA de Marapendi tem espécies de animais e plantas ameaçados de extinção, como a Borboleta da Praia, a Lagartixa da Areia e a planta Clusia fluminensis.

Bruce, por sua vez, lembra que a posse do terreno anexo à APA, que também vai ser ocupado na construção dos prédios e do campo de golfe está sub judice, com recurso para ser apreciado pelo STP. A Elmway Participações, do auditor da Receita Federal Vanildo Pereira da Silva reivindica há anos na Justiça a posse do terreno. Foi iniciado ainda um abaixo-assinado na tentativa de convencer os organizadores dos Jogos a mudar a disputa do golfe para outro local.

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