Guerra dos putters longos: PGA of America e R&A batem boca

03/05/2013


Entidades a favor e contrárias à proibição das jogadas com tacos ancorados sobem o tom


Dawson, do R&A, acusou Bishop, do PGA of America de fazer camapnha na Regras de Golfe e levou o troco
Dawson, do R&A, acusou Bishop, do PGA of America de fazer camapnha na Regras de Golfe e levou o troco

A mudança nas Regras do Golfe, proposta pelo R&A e USGA, proibindo as tacadas com os tacos ancorados (encostados ao corpo), o que na prática quase impediria o uso dos putters longos – vassourões e belly putters – não foi bem aceita pelo PGA Tour e pelo PGA of America, entre outras entidades, que aproveitaram o período de avaliação da mudança, encerrado em março, para se colocar contra a medida que entraria em vigor em 1º de janeiro de 2016, tanto para amadores como para profissionais.

Isso não é novidade e nem que o PGA Tour ameaçou bifurcar as Regras do Golfe, liberando o uso dos putters longos em seu circuito, se a nova Regra fosse adotada. Desde o fim do período de discussão, como R&A e USGA vem protelando uma decisão, muito se tem comentado sobre o assunto em entrevistas e debates e a reiterada defesa da posição contrária à mudança, de Ted Bishop, presidente do PGA of America, incomodou Peter Dawson, executivo chefe do R&A, árduo defensor da proibição.

Campanha – Na semana passada, Dawson, ao falar à imprensa antes de um Congresso Internacional, em St. Andrews, referiu-se aos comentários de Bishop, como uma “campanha” de formação de opinião. “O PGA of America conhece minha opinião sobre isso e eu estou desapontado pela forma que vem conduzindo sua campanha”, disparou Dawson. “Ele quer colocar as decisões sobre as Regras na mesa de negociação e esse não é o lugar delas”, criticou. “A decisão tem que ser técnica e não política”.

Bishop aproveitou uma entrevista que dava por e-mail para a revista World Golf, para devolver a crítica, lembrando que durante o Masters questionou Dawson sobre a política machista do R&A, que nunca aceitou mulheres como sócias.  “Eu fiquei perplexo e curioso com o fato do R&A não ser uma entidade inclusiva, o que fica evidente em sua teimosia de não aceitar mulheres como membros do R&A”, disse Bishop. “Isso é muito diferente do que fazemos na América”, alfinetou.

Bate-boca
– O presidente do PGA of America lembrou ainda ter dito a Dawson que a sua entidade buscava o melhor interesse dos golfistas amadores e que recebeu uma resposta ríspida,. “Esse não é o seu papel”, teria dito Dawson, com o dedo em riste. Bishop conta ainda os dois se encontraram novamente em uma recepção, naquela noite, que foi mais civilizada.

“O PGA of America fica com a impressão que o R&A simplesmente queria que nós aceitássemos a mudança de Regras sem fazer nenhum comentário”, disse Bishop para a Golf World. “Então para que ter um período de discussão?”, indagou. “Se vocês se lembram, Dawson disse em 28 de novembro que ele duvidava que qualquer nova prova viria à tona durante o período de discussão que levasse a proibição da ancoragem a ser descartada”, conta o dirigente. “Isso dificilmente define um cenário para um período de comentários livres”.

Diferenças – Bishop disse ainda que a diferença entre as formas de encarar o problema podem ser culturais. “Os europeus têm uma tendência para aceitar as coisas que lhes são impostas por seus respectivos governos, enquanto os americanos preferem debater, discutir e votar as questões”, disse Bishop no e-mail para a Golf World. “Essa é a premissa fundamental sobre a qual a América foi fundada”.

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