05/07/2017
Domínio estrangeiro de 2016, ameaça se repetir também na competição feminina
Os melhores amadores do Brasil entram em campo, de quinta-feira a domingo, 6 a 9 de julho, no Clube Curitibano, em Quatro Barras, no Paraná, com a difícil missão de devolver ao país o título do Amador do Brasil. Eles enfrentam vários jogadores da elite sul-americana, num torneio que reúne sete do Top 1000 do ranking mundial de golfe, dos quais apenas dois brasileiros, num campo de par 72 (37-35), curto (6.686 jardas), mas desafiador.
Em 2106, pela primeira vez desde que o sul-africano Conrie du Toit venceu o Amador do Brasil, em 1966, no São Paulo GC, o título da maior competição do golfe amador brasileiro voltou a ficar nas mãos de um estrangeiro, com a vitória do uruguaio Juan Alvarez, também no Curitibano. E isso num pódio que teve ainda o argentino Matias Lezcano como vice-campeão e o chileno Juan León e o argentino Andres Schonbaum empatados em terceiro lugar.
O domínio dos estrangeiros, que ficaram com sete das dez primeiras colocações, em 2016, estendeu-se ainda à Taça Mario Gonzalez, competição internacional de duplas paralela ao Amador, que ficou para a Argentina de Schonbaum e Julian Fedele. No feminino, Luiza Altmann garantiu o bicampeonato e manteve o troféu em casa, mas a brasileira mais bem colocado do ranking mundial amador (306ª) agora mora e joga nos EUA e não veio tentar o tricampeonato.
Destaques brasileiros – O gaúcho Herik Machado, quinto colocado do Amador de 2016, chega mais uma vez como principal favorito da casa para vencer o 87º Campeonato Amador de Golfe do Brasil, ao lado do carioca Daniel Kenji Ishii, os dois únicos dos três brasileiros Top 1000 do ranking mundial em campo (Herik é o 166º e Kenji o 618º. O terceiro é Tiago Lobo, que mora no Oriente Médio).
Herik acaba de vencer o Aberto do Paraná, no Curitibano, há três semanas, seu terceiro título da temporada nacional de 2017, na qual só não venceu o Sul-Brasileiro, onde nem subiu ao pódio liderado por estrangeiros. Herik vai jogar a Taça Mario Gonzalez em dupla com o paulista Pedro Nagayama, 1061 do mundo, mas segundo do ranking nacional.
Ex-campeões – Há apenas três ex-campeões do Amador do Brasil em campo, com destaque o paulista para Roberto Gomez, que vai jogar a competição pela 40ª vez, não consecutiva. Gomez foi quatro vezes campeão brasileiro, em quatro décadas diferentes (1980, 1981, 1991 e 2004), e vai escrever seu nome mais uma vez no Guiness, o livro do recordes, onde já aparece como o homem, entre todos os países, que mais vezes disputou o Campeonato Mundial de Golfe por Equipes, o Troféu Eisenhower, com 12 participações. E ele ainda perde para a gaúcha Elizabeth Nickhorn, recordista mundial, que defendeu o Brasil 13 vezes no Troféu Espírito Santo, a competição feminina do Mundial.
Os outros dois ex-campeões em campo são o paulista Pedro da Costa Lima, o Pepê, que foi campeão brasileiro no Gávea Golf (RJ), em 2007; e o paranaense Ivo Leão, campeão em 2000, no Itanhangá (RJ). Após se afastar das competições por dois anos, Pepê começa a voltar e com bons resultados, mas apenas em competições estaduais de São Paulo. Ivo, que foi profissional e depois retornou ao profissionalismo, vem jogado um pouco mais, mas, apesar de conhecer muito bem o campo, pode, como Pepê, sentir a falta de ritmo de competição.
Estrangeiros – O destaque entre os estrangeiros, quase todos sul-americanos que vieram jogar as duplas da Taça Mario Gonzalez, é o chileno Gabriel Morgan Birke, 97º do ranking e único Top 100 em campo. Mais do que favorito ao título ele é favorito para vencer nas duplas, em parceria com Juan Ignacio Basagoitia, 178 do mundo. Apesar dos rankings muito bons, eles são apenas o terceiro e sétimo da lista do Chile, que tem sete jogadores entre os 200 do mundo (o Brasil tem três entre os 1000…).
Fortes também são os argentinos que tentam o bicampeonato de duplas – e o pódio individual: Andres Gallegos, 355 do mundo, e Anders Schonbaum, o 416. Schonbaum foi terceiro colocado individual do Amador, em 2016, e campeão de duplas, com outro parceiro. Outro destaque é o uruguaio Agustin Tarigo, 538 do mundo, que vem de um quarto lugar no Sul-Brasileiro, em Porto Alegre. E não se pode esquecer o coreano Jinbo Há, radicado em São Paulo, 489º do mundo, que foi vice-campeão no Sul-Brasileiro (sé perdeu para o argentino Martin Contini) e fecha a lista dos principais favoritos para vencer no individual.
Feminino – No feminino, onde haverá cinco Top 1000 do mundo em campo, as favoritas locais e únicas brasileiras dessa lista são Laura Caetano, de Brasília, 956ª do ranking, e Lauren Grinberg, a nº 1000. Elas terão a dura tarefa de barrar Sofia Garcia Austt, 513 do mundo e melhor uruguaia do ranking mundial amador; assim como a argentina Agustina Gomez Cisterna, 585ª da lista, e a uruguaia Jimena Marques Vasques, a 838ª, que vem de uma vitória sobre as brasileiras, no Sul-Brasileiro. Não há competição de duplas no feminino. As mulheres jogam com par 72 (37-35) num percurso de 5.670 jardas.
O 87º Campeonato Amador de Golfe do Brasil conta com apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e com recursos da Lei Agnelo Piva. A organização é da CBG, com apoio do Hospital Angelina Caron, revista Golf &Turismo, Federação Paranaense e Catarinense de Golfe e do Clube Curitibano.
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