04/03/2012
por: Ricardo Fonseca
Pelo segundo domingo consecutivo, o norte-irlandês Rory McIlroy tem a oportunidade de assumir o primeiro lugar do ranking mundial de golfe e se tornar, aos 22 anos e dez meses, o segundo mais jovem jogador a ocupar o posto a que Tiger Woods chegou pela primeira vez, em 1997, quando tinha 21 anos e seis meses. Desta vez, Rory construiu sua chance jogando 66, quatro abaixo e melhor volta de sábado no Honda Classic, com muito vento, para abrir duas tacadas de vantagem sobre dois adversários que nunca estiveram entre os favoritos.
Rory esteve na liderança de torneios do PGA Tour por duas vezes na carreira, ambas em 2011: no Masters, onde jogou fora sua chance com uma volta inexplicavelmente alta, e no US Open, onde conquistou seu primeiro major com resultado recorde. O Honda não é um major, mas está em jogo o posto de número 1 do mundo o que o torna tão importante para McIlroy como seu o fosse.
Diferença – Domingo passado, Rory teve a primeira chance de ser o número 1 do ranking mundial de golfe, mas não conseguiu manter o ritmo na rodada dupla de Match Play, na qual, pela manhã, bateu o amigo inglês Lee Westwood num jogo que o drenou tanto emocionalmente, que quando conseguiu se reequilibrar no jogo da tarde, já era tarde demais.
Desta vez, Rory não enfrenta um, mas cinco jogadores que estão até quatro tacadas atrás, com destaque para dois deles: o americano Keegan Bradley, campeão do PGA Championship, e o inglês Justin Rose, ambos empatados em quarto, com sete abaixo e quatro atrás do líder.
Ameaças – A volta deste domingo foi antecipada por causa da ameaça de temporais, a partir do meio dia, no Champion Course do PGA National, em Palm Beach Gardens, na Flórida, com chances de chuva de 50% e ventos de mais de 40 km/h. Desta forma, todos vão jogar em grupos de três, pelos tees do 1 e do 10, com saídas entre 8h30 e 10h30 locais (das 10h30 às 12h30 no Brasil). Assim, a rodada que o Golf Channel mostra com exclusividade, das 17h00 às 20h00, não será ao vivo, e sim em VT. A rodada de sábado vai ser reprisada das 10h00 às 12h30 deste domingo.
A Bear Trap, a temida sequência dos buracos 15 a 17 não deverá ser problema para McIlroy neste domingo. Eles deixou 16 tacadas lá nos três anos anteriores (12 voltas), mas desta vez está três abaixo, com um birdie por dia. Ele também não deve temer Tom Gillis, que se diz franco atirador, com seis Top 10s e nenhuma vitória em 120 torneios do PGA Tour, ou o estreante Harris English, cuja única vitória foi no Nationwide, em 2011, quando ainda era amador, ambos vice-líderes, duas atrás de McIlroy.
Inimigo – O real inimigo de McIlroy, que nos últimos 11 torneios ao redor do mundo venceu dois, foi quatro vezes vice-campeão e duas vezes terceiro, num total de dez colocações entre os cinco primeiros, é a ansiedade que a possibilidade de ser número 1 do mundo pode provocar. E ele sabe muito bem disso: “É muito bom entrar em campo liderando por duas, mas tenho que deixar o posto de nº 1 fora da minha cabeça nesse domingo”, diz Rory. “Vou entrar para fazer o mesmo que nos outros dias: procurar acertar raias e greens e aproveitar as chances de embocar”.
Tiger Woods, detentor de 71 títulos do PGA, sendo 14 majors, mas que não vence desde 2009, terminou a volta bem mais cedo, quando Rory ainda não era líder, e parece não estar lidando bem com o fato de o norte-irlandês poder fazer história esta semana. “Aos 22 anos eu estava fazendo algumas mudanças no meu swing”, disse quando perguntado sobre Rory. “Ele ainda está apreendendo…ele progrediu muito, mas ainda tem muito a aprender como todo mundo na sua idade”, completou o ex-número 1 do mundo, que jogou 69 (-1) e está nove tacadas atrás de McIlroy. E quem não tem a aprender no golfe, independente de idade ou de quilometragem?
Sempre os putts – Woods melhorou muito em cima dos greens neste sábado, embocando cinco putts de 2,5 metros para cima, mas, seu ganho na semana foi pequeno, estando em 56º lugar entre os 77 jogadores que passaram o corte nos cálculos de tacadas ganhas nos putts em relação à media de todos os jogadores, o tal “Strokes Gained – Putting”. Talvez isso e a distância média de suas bolas para a bandeira expliquem porque ele é o líder em distância de drives, o 17º em precisão, e tenha feito apenas um birdie nos pares 5, contra cinco de McIlroy, por exemplo.
Rory, Rose e o sul-africano Charl Schwartzel – vá lá! – campeão do Masters, mas que está em sétimo, com cinco abaixo, seis atrás do líder, são os únicos que podem interromper uma sequência de dez títulos consecutivos de americanos no PGA Tour. Gillis, líder da véspera e em boa parte da rodada de sábado, é o principal candidato para aumentar a série, depois de ter jogado 44 buracos sem bogeys, antes de devolver uma no 15, o par 3 que abre a Bear Trap, onde Rory, no grupo da frente, havia feito birdie, para se isolar na liderança. Gilles jogou 69, sua pior votla na semana.
Educação – Lee Westwood, número 3 do mundo, que jogou três dias ao lado de Tiger, finalmente se livrou dele ao jogar 70 e ficar uma tacada atrás do ex-número 1 do mundo. Todos dizem adorar jogar ao lado de Tiger, porque é o politicametne correto para se dizer, mas a verdade é que, nesses três dias, West foi vítima da má educação do público extra, não acostumado a acompanhar golfe no campo, que corre para ver Tiger. Diversas vezes Tiger embocava primeiro e a multidão saía em correria para os tees e greens seguintes, obrigando West – como a todos os que tem a “honra” de jogar ao lado de Tiger – de ter que se preparar e embocar, às vezes putts delicados, com centenas de pessoas se mexendo sem dar a mínima para os fiscais e sua placas que “Quiet”.
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