27/10/2016
Japy será o outro finalista, depois de vencer o Guarapiranga, em casa, por 12 a 0 no jogo de volta
Acima, equipe de Bauru comemora passagem para a final. Ao lado, o brinde dos capitães. Abaixo, o time da AGRC
por Ricardo Fonseca | fotos Thais Pastor
Depois de perder o jogo de ida, em Bauru, por 8 x 4, a Academia Golf Range Campinas mandou o jogo de volta de sua semifinal do Campeonato Interclubes com Handicap de São Paulo, nesta quarta-feira, no campo do Damha GC, em São Carlos, disposta a virar o placar, e quase conseguiu. Venceu os dois jogos de duplas pela manhã, para empatar a disputa em 8 x 8, e voltou a empatar à tarde, com cada time vencendo um jogo e dois empates.
Na fase final do Interclubes, e em quase todos os campeonatos de Match Play entre equipes, como a Copa Los Andes, o Sul-Americano de Golfe, por exemplo, em caso de empate na soma de pontos, o campeão é definido pela soma de pontos pequenos, que nada mais é do que o número de buracos ganhos por uma equipes. Assim, num jogo que terminar 5 & 4 (ganhava por cinco buracos, restando quatro a jogar), o lado vencedor ganhou cinco buracos. Num jogo 4 & 2, ganhou quatro buracos; num que terminou 1 up, ganhou um buraco, e assim por diante.
Empate – Nos jogos de ida, em Bauru, nossos adversários ganharam 14 buracos, contra sete da AGRC. Nesta quarta feira, nos jogos de volta, após vencer as duas duplas da manhã a AGRC não só empatou o confronto em 8 x 8, como ainda empatou em pontos pequenos (14 x 14) depois que Marcos Gonçalves e Humberto Barbato venceram Ricardo e Claudio Amantini por 2 & 1; e Adriano Beccatti e Anailson Barbosa derrotaram Beni Hadba e Marcos Semensato, por 5 & 3.
Nos quatro jogos individuais da tarde, três foram muito equilibrados, mas em um, onde o presidente de Bauru, Milton Yoshiura, o Toro, derrotou Luzimar Rodrigues, o Chulé, por 6 & 4, acabou sendo decisivo para a vitória de seu time nos pontos pequenos. Marcos Gonçalves venceu Ricardo Amantini, por 3 & 2, mas como os outros dois jogos terminaram empatados, o placar final ficou 12 x 12 (cinco vitórias e dois empates para cada time), mas Bauru venceu os pontos pequenos por 20 x 17.
Emoção até o final – A vitória e o passaporte para a final do Interclubes ficaram muito perto da AGRC nos dois jogos que terminaram empatados. Em ambos, nosso time chegou ao buraco final vencendo por um, mas perdeu o 18 e cedeu o empate. No primeiro jogo da tarde, Raimundo Souza empatou com Claudio Amantini depois que o adversário foi com duas para o green e ele teve que fazer um layup e ainda deu duas da banca, para reconhecer a derrota no buraco e no empate do jogo.
Mas a maior emoção do dia ficou para o jogo final, entre Marcelo Domingues e Welington Aderaldo, o segundo a ir para o campo, mas o último a terminar. Marcelo esteve na frente, mas deixou Welington empatar o jogo ao embocar um putt longo no 16 para fazer birdie. O 17 era o último buraco em que Marcelo tinha stroke de vantagem e ele se valeu disso para voltar a ficar na frente, depois que os dois, nervosos, erraram muito fizeram duplo bogey de formas curiosas.
Marcelo com um bom drive na raia, deu uma papa com a segunda tacada e viu a bola andar poucos metros, enquanto Welington teve que recolocar a bola na raia de lado, depois de bater o drive no mato da esquerda. Marcelo tentou ir para o green com um híbrido, na terceira, mas a bola se desviou para a direita e fica atrás de um jardim com uma pedra alta no meio, bem na linha da bandeira. Welington quase jogou a bola no grande lago que defende toda a entrada do green, mas a bola bateu no beiço do green e parou ao lado da água.
Recuperação – Marcelo deu então um de seus melhores tiros do dia para contornar a pedra, com a bola fazendo uma curva quase pelo fundo do green, antes de voltar para o centro e parar a cinco metros da bandeira. Welinton errou feio a direção do putt e ficou muito longe da bandeira, de onde deu dois putts para fazer 6. Marcelo também deu dois putts para fazer seis, mas como tinha uma tacada de vantagem, venceu o buraco e foi para o 18 vencendo por um up. Bastava empatar o buraco para dar o título à AGRC.
Mas não foi o que aconteceu. Enquanto o adversário ia para o green com duas, Marcelo bateu um drive curto, teve que fazer um layup e, de lá, errou, indo para a banca. A pressão era muita e, como já havia acontecido quando Raimundo cedeu o empate, ele não conseguiu sair da banca com a primeira e, na segunda, saiu curto, parando no ante-green com a quinta tacada, como o adversário estava dentro do green com a segunda, Marcelo reconheceu a derrota do buraco e o empate que colocou Bauru na final.
Fair Play – Douglas Black, capitão da AGRC, levou uma garrafa de single malt escocês para comemorar uma possível passagem à final, mas como ela não aconteceu, ofereceu o whisky ao capitão adversário, Beni Habda, e à sua equipe.
Para os dois times, ficam um “puxão de orelhas” sobre a falta de conhecimento de Regras de Golfe, e também de Match Play. Houve erros sobre os limites de atuação do capitão, que não pode mais instruir os jogadores quando a bola já está no green, muitos erros na hora de dropar em hazards frontais (linhas ou estacas amarelas), como nos buracos 6 e 17 do Damha; erros ao determinar o ponto de alívio mais próximo em hazards laterais (vermelhos) e até erros grosseiros, como o de pedir e ter alívio sem penalidade de locais secos da banca, alegando que as irregularidades da areia haviam sido provocadas pela chuva do dia anterior.
Japy – Na outra semifinal, depois de perder o jogo de ida por 8 a 4, na casa dos adversários, o Guarapiranga, o Portal do Japy ganhou tudo no jogo de volta, em seu campo, onde fez 12 x 0 o que levou o confronto a terminar com 16 x 8 para Japy, que agora tem a vantagem de fazer o jogo de volta eu sua casa na final contra Bauru. O primeiro jogo final, em Bauru, será dia 23 de novembro e a partida de volta, no Japy, dia 30 de novembro.
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