Itanhangá pede à IGF que considere campo para 2016

29/04/2011


Clube alerta que leis ambientais do Brasil podem comprometer cronograma na Riserva Uno


   Pelé com Arthur Pires: foto com a placa da campanha para que o golfe olímpico seja no Itanhangá
   Pelé com Arthur Pires: foto com a placa da campanha para que o golfe olímpico seja no Itanhangá

por: Ricardo Fonseca

Em carta endereçada a Peter Dawson, presidente da Federação Internacional de Golfe (IGF, na sigla em inglês), no dia 21 de abril, por e-mail, e copiada para a Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro (FGERJ) e Confederação Brasileira de Golfe (CBG), à qual o Portal Brasileiro do Golfe teve acesso, Arthur Porto Pires Jr., presidente do Itanhangá Golf Club, pede que seu clube seja considerado como opção para receber a volta do golfe aos jogos Olímpicos de 2016. “Como não há ainda uma decisão final sobre o local das competições de golfe para os Jogos de 2016, o Itanhangá se considera plenamente qualificado para ser escolhido como o campo olímpico”, diz a carta, após as tradicionais mesuras.

Depois de relacionar os motivos de seu pedido para que o clube seja considerado como opção para os Jogos do Rio, a carta adverte a IGF que a opção dada como quase certa pode prejudicar o sucesso do golfe olímpico. “Se as leis ambientais extremamente rígidas do Brasil e seus regulamentos forem considerados, graves limitações podem obstruir o cronograma de construção de um novo campo de golfe na área da Riserva Uno”, alerta. E ressalta que esse risco não existe no Itanhangá “um argumento muito forte a nosso favor se for buscada uma solução racional”.

Pelé – Arthur Porto Pires, que conseguiu o apoio de Pelé, que aceitou posar para uma foto ao seu lado e em frente à placa alusiva à escolha do Itanhangá como sede, lembra em sua carta que o Itanhangá é regularmente escolhido para sediar as maiores competições de golfe do Brasil e internacionais, por sua “qualidade em nível mundial, por não ter um desenho demasiadamente difícil, e por estar num local de espetacular beleza natural”. O presidente do Itanhangá vai adiante e lembra que além do Tour Europeu ter escolhido o Itanhangá para seu primeiro torneio na América Latina, em 2000, o LPGA Tour está voltando ao clube pelo terceiro ano consecutivo e que deve incorporar o evento no Itanhangá em seu calendário oficial.

“Como a IGF talvez saiba, o Itanhangá.., tem 300 acres…dois campos totalizando 27 buracos (18 no campo principal e 9 no campo de prática), driving range gramado com 300 jardas de extensão e capacidade para 40 jogadores baterem bola ao mesmo tempo, dois greens de treino, um green para treinar chip e uma sede ampla capaz de acomodar a imprensa e as diversas necessidades tecnológicas, assim como amplos e modernos vestiários”, descreve o dirigente. “Os maiores hotéis de turismo e negócio – InterContinental, Sheraton e outros – estão a cinco minutos de carro do clube”.

Faldo – A carta não diz, mas o Itanhangá já programou um cronograma de obras para reforma e ampliação do campo, que teria o endosso de Nick Faldo. As obras seriam realizadas em três etapas, nove buracos por vez, aproveitando ao máximo o percurso atual, mas expandindo as instalações para muitas áreas aproveitáveis do clube, como o campo de pólo, cocheiras e uma ilha de propriedade do clube que fica logo atrás do atual bate-bola e do campo de nove buracos.

Segundo fontes do clube, uma vez aprovado o Itanhangá, o clube teria recursos privados para a reforma, sem necessidade de utilizar recursos públicos. No projeto estaria ainda uma escola de golfe e uma escola de hotelaria voltada para a grande e carente comunidade da Tijuquinha, ao lado do clube.

Resposta – Peter Dawson não se manifestou a respeito da carta do Itanhangá até agora, pelo que se saiba, mas um dia depois do envio do texto por e-mail, o presidente da IGF concedeu uma longa entrevista, onde dá como praticamente certa a construção de um novo campo de golfe. E na Riserva Uno, área que já tinha um campo de golfe de menor envergadura projetado e pré-aprovado pela área ambiental.

“Hoje nós acreditamos que a melhor forma de resolver a questão do campo olímpico – e eu penso que o Comitê Organizador do Rio pensa o mesmo – é construir um novo campo num novo local”, disse Dawson, durante a entrevista. “Uma área já foi encontrada, uma excelente localização ao lado do mar e a três ou quatro quilômetros da vila olímpica, e as negociações para a compra do terreno estão sendo feitas e espero ter novidades dentro de duas ou três semanas”, afirmou.

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