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Jogos de Tóquio: Schauffele salva um incrível par no 18 para ganhar o ouro para os EUA

01/08/2021

Sabbatini quebra recorde olímpico para ser prata. TC Pan ganha bronze em playoff de 7 jogadores

Pódio, com a primeira medalha de ouro dos EUA no golfe desde 1900, e dois recordes olímpicos, Fotos: Stan Badz/PGA Tour/IGF)

por | Ricardo Fonseca

Com o eslovaco Rory Sabbatini líder na sede, com 18 abaixo, depois de jogar 10 abaixo neste domingo, 1º de agosto, e estabelecer um novo recorde olímpico, o americano Xander Schauffele, líder da véspera, chegou ao tee do 18, de par 4, vencendo por uma, mas mandou o drive para o meio das árvores à direita, de onde teve que jogar de volta para o meio da raia, a 100 metros da bandeira. De lá, bateu o que ele chamou de “melhor wedge da sua vida”, que passou um pouco a bandeira, antes de voltar de backspin e parar a menos de um metro da bandeira. Schauffele manteve a calma para salvar o par e comemorar o primeiro ouro do golfe olímpico dos Estados Unidos desde 1900!

Schauffele, número 4 do mundo, venceu com 266 tacadas (68-63-68-67), 18 abaixo do par, que também passou a ser o novo recorde olímpico para 72 buracos, superando por duas tacadas o resultado do inglês Justin Rose, ouro no Rio 2016 com 268 (67-69-65-67) tacadas, 16 abaixo. Esta foi a 20ª medalha de ouro dos EUA, que ao término do golfe estava em segundo no quadro de medalhas, atrás apenas da China, com 23. O Japão perdeu o segundo lugar no quadro de medalhas durante este domingo, ficando com 17 no momento da premiação do golfe.

Viradas históricas – Sabbatini, sul-africano naturalizado eslovaco, terra de sua mulher, que foi sua caddie, saiu uma hora e 40 minutos antes do pelotão para fazer a melhor volta do golfe olímpico em Tóquio. Sabbatini começou o dia em 17º lugar, mas somou 267 tacadas (69-67-70-61), 17 abaixo, para ficar um longo tempo na sede aguardando o resultado de outros oito jogadores que vinham se aproximando de seu placar. Sabbatini bateu o recorde olímpico para 18 buracos ao jogar cinco abaixo em cada metade do campo, com um eagle -4, onde embocou de ré no buraco 6, 10 birdies, incluindo os dois buracos finais, e dois bogeys.

Outras viradas espetaculares foram as de TC Pan, de Taiwan, país cujo nome oficial é República da China, ou China Taipei, como no uniforme do jogador; e de Colin Morikawa, dos EUA, número 3 do mundo. Ambos começaram o dia empatados em 17º lugar, mas jogaram oito abaixo cada, o segundo melhor resultado do dia, para empatar em terceiro e forçar um desempate de sete jogadores, disputado em dois grupos, que levou quatro buracos extras para decidir o bronze. Também empataram em terceiro Rory McIlroy, da Irlanda; o chileno Mito Pereira, o colombiano Sebastián Muñoz, o inglês Paul Casey e o japonês Hideki Matsuyama.

Desempate – No primeiro buraco extra, o 18, Casey e Morikawa foram o único que não fez par (4) e foram eliminados. No segundo buraco do desempate, os cinco jogadores restantes fizeram o par (3). Todos foram então para o buraco 11, de par 4, onde Pan e Morikawa fizeram birdie e avançaram para jogar mais uma vez o 18. Lá, ambos erraram a raia de drive, mas enquanto Pan passava o colar do green por um palmo com a segunda tacada, Morikawa deixou sua boa enterrada na subida íngreme da areia da banca que defende a entrada do green. De lá foi para o green, mas errou o putt longo para salvar o par. O chip de Pan não foi perfeito, mas ele embocou de dois metros para levar o bronze.

Os sete empatados em terceiro, com 269, 15 abaixo, foram Pan (74-66-66-63), Morikawa (69-70-67-63), Rory McIlroy (69-66-67-67), Mito Pereira (69-65-68-67), Sebastián Muñoz (67-69-66-67), Paul Casey (67-68-66-68) e Hideki Matsuyama (69-64-67-69). A seguir, empatados em 10º, com 270 tacadas, 14 abaixo, a uma tacada do playoff pelo bronze, terminaram o chileno Joaquin Niemann (70-69-66-65), o australiano Cameron Smith (71-67-66-66) e o austríaco Sepp Straka, líder do primeiro dia (63-71-68-68).

Os próximos Jogos Olímpicos serão em Paris, na França, em 2024.

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