Jogos Sul-Americanos: amadores do Brasil enfrentam pros no Chile

11/03/2014


Mesmo com competição esvaziada, ficou difícil para brasileiros lutar por medalhas


Tourinho: amador destaque da delegação brasileira vai enfrentar uma dúzia dos melhores profissionais da América do Sul
Tourinho: amador destaque da delegação brasileira vai enfrentar uma dúzia dos melhores profissionais da América do Sul

por: Ricardo Fonseca

Com apenas vinte homens de dez países e 13 mulheres sete países em campo, pode parecer ter ficado mais fácil conquistar uma medalha na competição de golfe dos 10º Jogos Sul-Americanos, que vai ser jogada de quinta a domingo desta semana no Campo de Golf San Cristóbal, em Santiago, no Chile. Estão previstos apenas jogos individuais, stroke play, com 72 buracos (quatro dias). Mas não é bem assim. Enquanto quase todos ao países estarão representados por profissionais do ranking mundial de golfe, o Brasil vai jogar com dois amadores no masculino e uma amadora no feminino. A única profissional do Brasil no torneio é Angela Park, que não compete regularmente desde que abandonou o golfe há quase quatro anos.

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Foram duas medalhas de ouro no feminino e uma de
prata no masculino

Com dez dos melhores profissionais do Brasil disputando o torneio mais bem pago do ano esta semana, no São Paulo Golf Club, onde a etapa do Web.com Tour oferece US$ 800 mil em prêmios, foi difícil encontrar jogadores para ir a Santiago. A solução foi mandar um time amador formado pelo carioca André Tourinho, o brasileiro mais bem colocado no ranking mundial amador de golfe, e o paulista Luis Jacintho, que joga no circuito universitário americano. No feminino, o Brasil terá Luciane Lee, que também mora nos EUA e vem tendo bons resultados em competições internacionais, e Angela, que desde que abandonou o LPGA Tour no auge da carreira vem ensaiando a volta ao golfe, mas por duas vezes não conseguiu passar da primeira fase das eliminatórias para recuperar o cartão do LPGA Tour, ou ao menos de seu circuito de acesso.

Decepção – De uma forma geral esperava-se mais da volta do golfe aos Jogos Sul-Americanos, que integram a família olímpico juntamente com os mais respeitados Jogos Pan-Americanos. Na primeira e última vez que o golfe fez parte dos Jogos Sul-Americanos, foi em 2002, quando São Paulo sediou a 7ª edição do evento e a competição de golfe foi disputada no Paradise, em Mogi. Priscila Iida, hoje profissional no Japão, então com 22 anos, ganhou o ouro no feminino individual, e por equipes, jogando ao lado de Patrícia Carvalho. No masculino, o Brasil ficou com a medalha de prata por equipes. Foi a primeira vez que houve exames antidoping no golfe brasileiro.

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Na competição masculina, o destaque é Benjamim Alvarado, profissional do PGA Tour, que desistiu de defender seu título esta semana no Brasil Champions, do Web.com Tour, no São Paulo GC, para tentar ganhar mais uma medalha de outro nos Jogos Sul-Americanos, onde é o único que pode ser bicampeão. Ele e seu compatriota Felipe Aguilar, número 195 do ranking mundial de golfe, onde é o terceiro melhor sul-americano, e membro do Tour Europeu são os favoritos para levar o ouro.

Destaques – Outras fortes equipes são as da Argentina, com Rafael Echenique e Alan Wagner; Colômbia, com Jose Manuel Garrido e Alvaro Pinedo; Paraguai, com Ramon Franco e Omar Tejeira; Peru, com os irmãos Patrício e Sebastian Salem; e Uruguai, com Juan Alvarez e Garcia Lizarralde, todos profissionais, muitos deles bem colocados no ranking mundial. A outra única equipe de amadores além do Brasil é a da Bolívia. O Panamá também leva um amador (e um profissional).

No feminino, o desafio de Luciane Lee e Angela Park, será enfrentar profissionais como a paraguaia Julieta Granada, número 85 do mundo, que já tem três Top 10s em majors; e as chilenas Paz Echeverria e Macarena Vergara; e as argentinas Maria Gavier Martina e Victoria Tanco, todas entre as melhores sul-americanas do ranking mundial profissional.

O Golfe deve participar dos Jogos Pan-Americanos pela primeira vez, em Toronto, em 2015.

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