Lima 2019:  Brasileiros estreiam nesta 5ª feira jogando ao lado de fortes adversários

07/08/2019

Equipe encerrou treinos e agora sonha com medalhas inéditas nos Jogos Pan-Americanos

Nina, Alexandre, Luiza e Adilson. Foto: Jonne Roriz/COB

por | Ricardo Fonseca

Um treino de nove buracos por dia, nestas terça e quarta-feira, além de treino de putter, jogo curto e driving range por cerca de 2 horas e de preparo físico feito na Vila Pan-Americana, encerrou a preparação dos quatro jogadores brasileiros que estreiam nesta quinta-feira, 8 de agosto, nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019, no Peru, sonhando com medalhas inéditas para o país no golfe, que só entrou nesta competição na edição passada, em 2015.

Ao lado, o emparceiramento dos brasileiros na primeira rodada, com os rankings (amador ou profissional) de cada um

Os jogos acontecem até domingo no Lima Golf Club, campo com 95 anos, no bairro de San Isidro, cercado por alguns dos edifícios mais luxuosos da cidade. Um percurso tradicional, estreito, com raias cercadas de árvores, que está para Lima assim como o São Paulo GC para a capital paulista, e que traz como novidade novas bancas de Fairway, acrescentadas há dois anos. Alexandre Rocha é o único dos quatro brasileiros que já jogou lá, mas em 1996, na Copa Los Andes.

Orgulho – Voltar ao Lima GC para o Pan é um momento marcante na carreira de Rocha. “Representar o Brasil é e sempre foi o maior motivo de orgulho pra mim”, conta. “Agora que estou aqui, com outros atletas brasileiros, usando o mesmo uniforme e lutando pelo mesmo objetivo, a sensação é indescritível”, revela. “Não vejo a hora de começar”, diz Rocha, que joga na competição masculina ao lado do também profissional Adilson da Silva. No feminino, jogam a profissional Luiza Altmann e a juvenil amadora Nina Rissi, que mora na Espanha.

Veja no final, a relação completa de todos os jogadores e países

Após seu primeiro treino, Rocha diz ter encontrado um campo “com bom nível técnico, com excelentes pares 3 e bancas de fairway extremamente bem colocadas, dificultando bastante os tiros de saída”. E disse que os greens bons e que o em um nível geral as condições de jogo serão excelentes. A depender do clima, nenhum imprevisto. Apesar de frio, com temperaturas variando de 13º C a 18º C, e o vento ficando um pouco mais forte somente à tarde, quando pode chegar a 20 km/h.

Adversários – Rocha não se arrisca a fazer uma avaliação do nível técnico dos adversários. “O golfe é imprevisível e não sei como ver o nível dos outros porque não sei como se prepararam e em que condições chegaram aqui”, explica Rocha. “Sei o que eu fiz e em que condições eu cheguei e me preocupo comigo, o resto está fora do meu controle”, completa Rocha, que pretende ir com os demais jogadores desfilar na cerimônia de encerramento do Pan, no domingo.

No masculino, os brasileiros irão à campo ao lado de uruguaios e paraguaios, todos jogadores de excelente nível. No Paraguai, jogam Fabrizio Zanotti, 230º e profissional mais bem ranqueado do mundo entre todos os competidores, e o veterano Carlos Franco, quatro vezes ganhador no PGA Tour, e hoje no Champions Tour, onde já venceu outras duas vezes. Pelo Uruguai, o agora profissional Juan Alvarez (1854º), por anos um dos melhor amadores do continente, e o amador Facundo Alvarez (2114º do ranking mundial. Rocha joga com Facundo e Franco, a partir da 10h33 (horário do Brasil), enquanto Adilson sai às 10h44, com Juan e Fabrizio.

Mulheres – No feminino, o Brasil também terá fortes adversárias escoltando nossas jogadoras, a começar pelas americanas, que apesar de serem amadoras, estão entre as melhores do mundo e são desde já favoritas para ganhar medalhas: Emilia Nicliaccio, 8ª do ranking mundial, e Rose Zhang, a 25º. Também jogam com as peruanas, donas da casa, a profissional Maria Palacios, 754º do mundo; e a amadora Micaela Farah, 308 do ranking mundial. Nina sai com Farah e Rose, às 10h55, e Luiza com Palacios e Emilia, às 11h06. Homens jogam pelo tee do 1, mulheres pelo 10.

Pelos resultados recentes, o Brasil tem suas melhores chances de medalha no masculino, mas Argentina, Canadá, Chile, EUA e Paraguai também têm equipes muito fortes. No feminino, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, EUA, Guatemala, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela são as favoritas, com o Brasil correndo por fora. Já as medalhas por equipes dependem de combinação de resultados, nos dias certos.

Medalhas – Estarão em disputa nove medalhas: masculinas, femininas e de duplas mistas, essas na somatória do melhor resultado do masculino e o melhor do feminino, de cada país, em cada um dos quatro dias de jogo. Participam 64 golfistas, 32 homens e 32 mulheres, de 20 países. Alguns não têm dois jogadores em cada chave.

No Pan de 2015, os brasileiros Adilson da Silva, profissional, e André Tourinho, amador, empataram em oitavo, com duas abaixo, a oito tacadas do pódio. No feminino, Clara Teixeira terminou em 28º lugar, e Luiza Altmann foi desclassificada na última rodada. Por equipes, o Brasil ficou em nono, muito longe das medalhas, mas com todos os quatro pontuando ao menos uma vez para o time.

Destaques – No masculino, o profissional mais bem ranqueado em campo é o paraguaio Fabrizio Zanotti, 234º do OWGR, seguido pelo brasileiro Adilson da Silva (339º), pelos argentinos Miguel Ángel Carballo (446º) e Estanislao Goya (531º) e pelo brasileiro Alexandre Rocha (656º). No feminino, a mais bem ranqueada também é paraguaia, Julieta Granada (294ª), seguida por María Palacios (747ª), do Peru, Alejandra Llaneza (847ª), do México, e Laura Restrepo, (944ª), do Panamá. Entre os amadores, os mais bem ranqueados são, disparado, são os quatro americanos.

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