25/11/2016
Placares de 12 x 0 e 10 x 2 se repetiram no masculino, último colocado, e no feminino, penúltimo
Times brasileiros: ainda tentando entender o que está acontecendo com o grupo
por Ricardo Fonseca
Pedro Nagayama e Lauren Grinberg conseguiram feitos raros para o Brasil nesta quinta-feira, no segundo dia de disputas da 71ª Copa Los Andes, o Campeonato Sul-Americano de Golfe por Equipes, que prossegue até sábado, no Lima Golf Club, no Peru. Eles foram os únicos a vencer um jogo, num dia em que ambos os times brasileiros perderam por 12 x 0 e 10 x 2 para seus adversários: Uruguai e Colômbia, no masculino e Argentina e Paraguai, no feminino, respectivamente.
Veja, ao lado, a classificação após o segundo dia
O time masculino, que tem Octávio Villar como capitão, vinha de três terceiros lugares consecutivos na Los Andes e ninguém imaginava que podiam passar por tamanha humilhação depois de vencer apenas um de seus 24 jogos – oito de duplas e 16 individuais – em dois dias de torneio. Foram três derrotas por 12 x 0 antes de Nagayama fazer o ponto de honra contra a Colômbia – ainda assim por 1 up – no placar de 10.
Rebaixamento – Restando quatro jogos, a meta do time brasileiro, que preteriu jovens valores do esporte para levar o veterano Ivo Leão em busca de um inédito título fora de casa, agora passa a ser fugir do último lugar e do rebaixamento, que deixaria o Brasil fora da Los Andes de 2017. Restam jogos contra Argentina e Venezuela, nesta sexta; e Equador e Bolívia, no sábado. Venezuela é a líder e a Argentina vem em terceiro. Se voltar a perder a decisão do rebaixamento fica para o confronto direto Brasil e Bolívia, time com que divide a lanterninha do torneio.
No feminino, o risco de rebaixamento é menor, embora o Brasil só esteja à frente do Equador, que perdeu tudo, e divida o sétimo e penúltimo lugar com a Bolívia, que também só venceu um confronto. O Brasil venceu um jogo na estreia, mas nesta sexta o time que tem como capitão Sandro Gonçalves – um bom jogador, mas que não se entende o porquê de ele estar nessa função – perdeu 11 de seus 12 jogos, com Lauren salvando a pátria – mais uma vez no 18 (1 up) contra a Milagros Chaves, do Paraguai.
Lógica? – Os resultados dos dois times são incompreensíveis, pois se entende que um, dois ou até três – que seja – membros de um time podem jogar mal um dia, mas todos os quatro jogarem mal todos os dias mostra que há mais coisas em jogo do que os humores dos deuses do golfe. E estamos falando de quase todos os melhores golfistas brasileiros da atualidade, a geração que temos para os próximos anos, alguns, como Herik Machado, vindo de importantes resultados internacionais.
Do time feminino, esperava-se até certa instabilidade, pois Luiza Altmann, Lauren e até Vitória Branco, estão num nível de competição hoje acima das demais, jogando ao lado de meninas ainda sem experiência internacional, como Ana Beatriz Cordeiro e Sophia Campos, esta entrando em apenas um jogo, que perdeu no começo da segunda volta. O Coach das equipes brasileiras, Nico Barcellos, certamente saberá dar explicações melhores.
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