Los Andes: Brasil tenta esquecer ano de decepções

23/11/2010


Equipes renovadas e mais experientes tentam virar a página no Sul-Americano do Chile


Equipe brasileira no Mundial Amador de Golfe: base da Copa Los Andes
  Equipe brasileira no Mundial Amador de Golfe: base do time masculino para a Copa Los Andes

Depois de colecionar fracos resultados em todas as competições internacionais desta temporada, o Brasil tenta virar a página na 65ª Copa Los Andes, o Campeonato Sul-Americano de Golfe por equipes, que será jogado de amanhã, quarta, a sábado, no Club de Golf Los Leones, em Santiago, no Chile. Com uma equipe feminina renovada e uma masculina mais experiente, os brasileiros tentam se superar na Los Andes, onde há tempos não conquistam uma medalha.

Apesar das confusões que cercaram a convocação da equipe masculina, cujo reflexo ainda aparecia na página oficial do torneio, na manhã desta terça-feira, com o nome de Ivo Leão no lugar do de Felipe Navarro, o time masculino seguiu unido e disposto e lutar pelo título do torneio, onde não passa da quinta colocação há quase uma década. A vitória de 2002, no Gávea, no Rio de Janeiro, foi a última vez em que o time masculino do Brasil terminou entre os quatro primeiros entre os nove participantes do continente.

Base – Daniel Stapff, Felipe Navarro, Guilherme Oda e Rafael Becker foram a base do time dos dois últimos anos, quando o Brasil terminou duas vezes em quinto lugar. A novidade é Pedro da Costa Lima, o Pepê, que vem de uma vitória no Aberto do São Paulo GC, e substitui Ivo Leão, que completou o time em 2009. Pepê já havia jogado em 2007, quando o Brasil também terminou em quinto. Ivo estava no time deste ano, mas cedeu lugar para Navarro.

O time é quase o mesmo, mas a experiência é muito maior. Becker e Stapff tem feito sucesso em seus times da NCAA, o circuito universitário dos Estados Unidos, onde desfrutam de um treinamento que nunca tiveram no Brasil. Pepê, que preferiu não seguir carreira no exterior, é um especialista em match play, a modalidade da Los Andes, enquanto Navarro, um talento sem igual, amadureceu bastante com suas duas primeiras vitórias no ranking nacional este ano, e pode, finalmente, mostrar todo seu potencial.

Oda, o número 1 do Brasil e vencedor de seis torneios nacionais desde 2009, ainda tem o desenvolvimento de seu jogo prejudicado por morar em Bauru, longe da capital paulista, onde não dispõe das mínimas condições de treino, sequer de treinador, que nunca teve, e se vira com um bate-bola e um campo tecnicamente muito aquém de suas capacidades. Mas ele tem experiência em Match Play e jogou o Mundial na Argentina, há um mês, ao lado de Becker e Daniel. Além disso, jogou na equipe de 2006 da Los Andes; mais um quinto lugar para o Brasil.

Jovens – Outro ponto positivo é que pela primeira vez o Brasil vai à Los Andes com um time composto só de jovem talentos, aliás como fazem quase todos nossos adversários de ponta. Finalmente o Brasil abriu mão de jogadores com um grande passado e optou por golfistas com um grande futuro, aproveitando a experiência dos demais para os cargos de capitão.

No feminino, onde depois de título de 2002, o Brasil já foi terceiro colocado em 2003 e vice-campeão em 2005, o trunfo para tentar se recuperar dos fracos resultados de 2006 a 2009 é a renovação quase total do último time. Mesmo assim, apenas a gaúcha Adriana Niclotti e a carioca Ana Paula Costa são estreantes em Los Andes.

Experiência – A paranaense Patrícia Carvalho, única remanescente da equipe campeã de 2002, é a mais experiente do time, com sete Los Andes nas costas. Mesmo assim, esteve fora da equipe nos últimos dois anos. Isadora Stapff, também do Paraná, joga pela terceira vez, depois de ter integrado a equipe em 2006 e 2008, enquanto Nathalie Silva, que joga a terceira Los Andes consecutiva, é a única que sobrou de 2009, quando o Brasil terminou em oitavo, sua pior colocação da década.

Isadora, Nathalie e Adriana treinam forte nos EUA, onde tem se destacado nos times de suas universidades. Patrícia, que não está com o ritmo de jogo ideal depois de ter participado pouco de competições nacional nos últimos dois anos, tem a vantagem de ter vindo do Mundial, onde jogou ao lado de Patrícia. Já Ana Paula é a mais nova e a esperança de revelação do time.

Congresso – Rachid Orra, presidente da Confederação Brasileira de Golfe, comanda a delegação brasileira e participa do Congresso da Federação Sul-Americana, que abre a competição nesta terça-feira. Sábado, no encerramento do Congresso, ele será empossado como novo presidente da Federação Sul-Americana de Golfe, no rodízio anual que coloca na direção o dirigente do pais que vai sediar a próxima Los Andes. A competição de 2011 volta a ser no Rio.

John Nigel Wynn-Jones, diretor Técnico da CBG, também é delegado do time brasileiro, que tem Eduardo Pesenti como capitão masculino e Octávio Villar como capitão feminino. O time masculino do Brasil já venceu a competição sete vezes e o feminino dez vezes.

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