LPGA Brasil Cup: Uribe vence melhores do mundo

30/05/2011


Colombiana vice-campeã de 2010, conquista primeiro título profissional da carreira, no Rio


   Uribe quase emboca no 18: vitória por uma tacada deu à colombiana o primeiro títuloi da carreira
   Uribe quase emboca no 18: vitória por uma tacada deu à colombiana o primeiro título da carreira

Um ano depois de ter perdido o título num histórico playoff de seis buracos, a colombiana Maria José Uribe, de 21 anos, comemorou a primeira vitória da carreira profissional ao conquistar a edição 2011 do HSBC LPGA Brasil Cup, o maior torneio de golfe da América do Sul, graças a uma volta de 66 tacadas, seis abaixo do par e melhor resultado da rodada final. Embora o torneio de 36 buracos não valha para o ranking do LPGA Tour, a vitória no Itanhangá Golf Club, no Rio de Janeiro, rendeu a Mariajo – como preferem chamá-la nos EUA – o prêmio de US$ 108 mil, recorde do torneio, e o respeito das melhores profissionais do mundo, a quem derrotou com um jogo preciso e arrojado.

No primeiro dia sem chuva – e até algum sol – desde a quinta-feira, o HSBC LPGA Brasil Cup atraiu o maior público de suas três edições. Todos queriam ver algumas das melhores jogadoras do mundo em ação, como a norueguesa Suzann Pettersen, número 2 do ranking mundial de golfe, que começou a volta final em terceiro, a duas tacadas da líder, e a americana Cristie Kerr, a número 4 do mundo, que fez sua melhor exibição no domingo. Elas terminaram em 10º e 11º lugar, respectivamente, sem chances de lutar pelo título, mas fizeram algumas jogadas espetaculares.

Virada – Uribe, que já havia conquistado a simpatia da torcida brasileira desde 2010, quando perdeu o título no desempate para a americana Meaghan Francella, começou a volta final em quarto lugar, com 69 tacadas, três abaixo do par e três atrás da líder, a americana Heather Bowie-Young, que jogou 66, seis abaixo no primeiro dia, novo recorde do torneio. Mas a colombiana voltou a arrebatar o público ao fazer cinco birdies nos sete primeiros buracos e assumir a liderança, para nunca mais deixá-la.

“Eu sabia que para virar o jogo precisava aproveitar os três pares cinco e os pares quatro curtos da primeira metade do campo e felizmente consegui”, conta Uribe, que fez birdies nos três primeiros pares cinco do campo (buracos 2, 6 e 7) e nos únicos pares 4 desses nove buracos iniciais (3 e 5), para jogar 32, cinco abaixo de ida. A campeã, já com quase toda a torcida atrás de si, ainda fez birdie no 10 e se recuperou do único bogey do dia, no 13, o par 3 mais longo do campo, com seus sétimo e último birdie do dia, no 14, de par 5.

Vitória – Depois de fazer o par no perigoso 15, um par 3 com água na frente e em todo lado esquerdo do green, Uribe sabia que já estava com o título praticamente assegurado, uma vez que os três buracos finais do campo, incluindo o 18, reduzido de par 4 para 3, por causa da raia encharcada pelas chuvas, não ofereciam grande perigo ou chance de virar o jogo. Para este ano, as duas metades do campo do Itanhangá foram invertidas, como o jogo começando no antigo buraco 10 e terminando no 9. O buraco 9 (antigo 18) foi jogado como par 5, do tee dos homens, o que manteve o par do campo em 72.

Enrolada numa providencial bandeira da Colômbia, Uribe esperou que o último grupo do dia terminasse, antes de comemorar o título. A australiana Lindsey Wright ainda criou suspense ao fazer birdie no 17 e chegar ao buraco final com oito abaixo e chances de forçar um desempate. Mas Wright não conseguiu aproveitar o bom tiro que deu para o green do 18, terminando em segundo lugar, sob aplausos da torcida que lotava as duas arquibancadas, o terraço da sede e toda a volta do green.

Destaques – Mariajo somou 135 tacadas (69/66), nove abaixo do par, contra 136 de Lindsey (68/68). A sueca Maria Hjorth, outra forte candidata ao título, não pode aproveitar a força de seus drives no campo pesado, mas ainda terminou em terceiro, com 137 (70/67). A americana Heather Bowie Young, líder do primeiro dia, somou 138 (66/72) para terminar empatada em quarto lugar com a australiana Sarah Jane Smith, a última a garantir vaga no torneio, como primeira reserva.

“Hoje estou me sentindo brasileira”, disse Uribe, que fez questão de falar em um bom “portunhol” na hora de receber o troféu. “Estou muito feliz com o meu título e vou trabalhar muito para que cada vez mais jogadoras do LPGA Tour venham competir no Brasil, que vai ser a sede da volta do golfe aos Jogos Olímpicos”, diz Uribe, que estaria classificada para jogar no Rio em 2016, por ser a melhor colombiana do ranking mundial, onde ocupa a 160ª colocação.

Brasileiras – A brasileira mais bem colocada foi a gaúcha Luciana Bemvenuti, que terminou em 26º com 153 tacadas (74/79). “Joguei menos nervosa, mas não consegui um resultado melhor”, conta Lu, que mora em Atlanta há 21 anos, onde é professora de golfe há cinco anos, depois de abandonar o golfe competitivo. Priscila Iida, melhor brasileira do ranking mundial, onde ocupa a 274ª colocação, o que também lhe daria a vaga olímpica, somou 154 (78/76) e ficou em 28º, uma posição à frente da paulista Victoria Lovelady, nome profissional adotado por Vicky Alimonda no circuito mundial, com 155 (79/76).

O HSBC LPGA Brasil Cup 2011 distribuiu no total US$ 720 mil (cerca de R$ 1.150.000,00) em prêmios, a maior bolsa do golfe sul-americano do ano e US$ 108 mil (cerca de R$ 173 mil) para a campeã. O torneio teve o patrocínio do HSBC, do Governo do Estado do Rio de Janeiro através da Secretaria de Esportes e Lazer, da BMW, da Nextel, da Autodesk e da SporTV. O apoio foi da Prefeitura do Rio de Janeiro, da Confederação Brasileira de Golfe, da Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro, do Fashion Mall, da Granado e da Rolex. O café oficial foi a Nespresso. O evento contou com recursos da Lei Federal de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte. A realização é da Brasil1 Esporte.


Confira os resultados finais

1- Mariajo Uribe (COL) – 135 tacadas (-9)
2- Lindsey Wright (AUS) – 136 (-8)
3- Maria Hjorth (SUE) – 137 (-7)
4- Heather Bowie-Young (EUA) – 138 (-6)
4- Sarah Jane Smith (AUS) – 138 (-6)
6- Azahara Muñoz (ESP) – 139 (-5)
6- Catriona Matthew (ESC) – 139 (-5)
6- Karine Icher (FRA) – 139 (-5)
6- Shi Hyun Ahn (COR) – 139 (-5)
10- Suzann Pettersen (NOR) – 141 (-3)
11- Cristie Kerr (EUA) – 142 (-2)
11- Karen Stupples (ING) – 142 (-2)
11- Paz Echevarria (CHI) – 142 (-2)
14- Amy Hung (TAI) – 143 (-1)
14- Brittany Lang (EUA) – 143 (-1)
16- Candie Kung (TAI) – 144 (+0)
16- Amanda Blumenherst (EUA) – 144 (0)
16- Meaghan Francella (EUA) – 144 (0)
19- Christina Kim (EUA) – 145 (+1)
20 – Alena Sharp (CAN) – 146 (+2)
20- Stacty Prammanasudh (EUA) – 146 (+2)
20- Jimin Kang (COR) – 146 (+2)
23- Pat Hurst (EUA) – 147 (+3)
23 – Julieta Granada (PAR) – 147 (+3)
25- Vicky Hurst (EUA) – 148 (+4)
26- Hee Young Park (COR) – 153 (+9)
26 – Luciana Bemvenuti (Brasil) – 153 (+9)
28- Maria Priscila Iida (Brasil) – 154 (+10)
29 – Victoria Alimonda Lovelady (Brasil) – 155 (+11)
30- Sofi Toccafondi (ARG) – 158 (+14)


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