03/09/2012
por: Ricardo Fonseca
A profissional paranaense Ângela Park prometeu e cumpriu. Desde sua volta ao golfe na HSBC LPGA Brasil Cup, em maio deste ano, onde ficou em 28º lugar entre 30 competidoras do torneio exibição, ela vem treinando intensamente para voltar ao circuito mundial de golfe e vai enfrentar seu primeiro grande teste de amanhã, terça, a sexta-feira, quando estreia nas seletivas da LPGA Tour Qualifying School, no campo do LPGA International, em Daytona Beach, na Flórida. São 240 jogadoras e apenas as 70 primeiras e empatadas que passarem o corte prosseguirão para a segunda das três fases das seletivas, desde que não façam nenhum resultado de 88 tacadas ou mais, o que imediatamente desqualifica a jogadora para jogar no LPGA, ou em seu circuito de acesso, em 2013. A paulista Vicly Alimonda, que já é membro do Symetra Tour, o circuito de acesso, entra direto na segunda seletiva.
Ângela foi a Estreante do Ano do LPGA Tour em 2007, aos 18 anos, temporada em que foi vice-campeã do U.S. Women`s Open e terceira colocada do Evian Masters, que a partir de 2013 passa a ser considerado o quinto major da temporada feminina de golfe profissional. A brasileira apelidada por Johnny Miller como “Golden Girl”, a Garota Dourada, terminou em oitavo lugar no ranking de prêmios daquele ano, com oito colocações entre as dez primeiras.
Abandono – Em 2008, sua segunda temporada profissional, aos 19 anos, Ângela foi terceira colocada no U.S. Women`s Open, teve sete Top 10s e terminou em 17º no ranking de prêmios. Mas em 2009, inexplicavelmente, perdeu a paixão pelo golfe e passou apenas oito cortes, além de ter abandonado o torneio e retornado da Europa na véspera de jogar o British Womens Open e o Evian. Em 2010 jogou apenas cinco torneios e abandonou o golfe aos 22 anos.
Ângela disse que estava saturada do golfe, dos compromissos e que queria apenas uma “vida normal”, passando a trabalhar como recepcionista trilíngue de um hotel no bairro coreano de Los Angeles, cidade onde mora desde os oito anos. “Quando você é jovem e atinge todos os seus objetivos, você não se dá conta de quanta sorte você tem”, disse Ângela ao voltar ao golfe no HSBC Brasil. “Só depois de estar trabalhando e levando uma vida normal é que pude me dar conta disso”, explicou. “A principal razão pela qual estou voltando ao golfe é que eu sentia muitas saudades disso”.
Destaques – Ângela vai estar em boa companhia nas seletivas. Entre as participantes desta primeira fase está Cheyenne Woods, sobrinha de Tiger Woods, que após quatro anos de sucesso como integrante da equipe do Wake Forest, estreou como profissional no LPGA Championship. Para se preparara, ela jogou torneios da Suncoast Series e do Florida mini-tour, jogados nos campos Legends e Champions do LPGA International, o mesmo onde vai ser jogada esta seletiva.
Lydia Ko, de 15 anos, vice-campeã do U.S. Women`s Amateur e campeã do Canadian Open, do LPGA Tour, onde se torneio a mais jovem campeã da história do circuito, é a amadora mais bem ranqueada em campo, ocupando o quinto lugar do ranking mundial de golfe. Ela joga com permissão especial por não ter ainda 18 anos. Moriya Jutanugarn, de 18 anos, amadora número 12 do mundo, também vai jogar, mas sua irmã mais nova, Aruya, de 16 anos, número 3 do mundo, não recebeu permissão para jogar o Q-School antes de 18 anos. Além de Ko, no passado Lexi Thompson, Jessica Korda, Morgan Pressel e Aree Song receberam essa permissão.
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