30/07/2020
Serão jogados mais 18 torneios em 2020, incluindo quatro majors. Entenda o que mudou
Irmãs Jessica e Nely Korda: destaques no recomeço do LPGA Tour, após 166 dias de recesso. Foto: reproducão tevê
por | Ricardo Fonseca
Quando 135 jogadoras iniciarem a disputa do LPGA Drive On Championship, no Inverness Club, em Toledo, Ohio, nesta sexta-feira, 31 de julho, cinco meses e meio, exatamente 166 dias, terão se passado desde a última rodada do LPGA Tour, o circuito profissional feminino de golfe mais importante e bem pago do mundo, jogada dia 16 de fevereiro, na rodada final do Women’s Australian Open. Para comparação, o PGA Tour ficou “apenas”, 91 dias parado. O Drive On Championship foi criado este ano para recompor o calendário, que terá ainda mais 17 torneios em 2020, incluindo quatro majors.
Com US$ 1 milhão em prêmios, sendo US$ 150 mil para a campeã, o Drive On Championship será jogado no campo Inverness, que antes só havia recebido um torneio do LPGA Tour, em 1954, mas foi escolhido porque será a sede da Solheim Cup, a versão feminina da Ryder Cup, de 2021. Ao todo, 20 das 24 participantes da Solheim Cup de 2019 estarão em campo, sendo todas as 12 americanas, incluindo Nelly Korda (nº 2 do mundo), sua irmã, Jessica (17ª) , Danielle Kang (5ª) e Lexi Thompson (9ª), e oito das 12 do time da Europa. Após 36 buracos haverá corte e apenas as 70 melhores e empatadas disputarão os prêmios em dinheiro na rodada final.
Coreanas – O maior problema do LPGA Tour neste recomeço é a dificuldade de receber as coreanas, que são a maioria das melhores jogadoras do mundo, incluindo 7 das Top 14. Enquanto as americanas e residentes dos EUA poderão se locomover de um torneio para outro, juntamente com seus caddies, em voos exclusivos, as coreanas que moram em seu país, dependem de se arriscarem em longos voos internacionais. Para a maioria delas, o conforto dos muito bem pagos torneios de seu país, onde a pandemia de COVID-19 foi controlada, é preferível a se arriscar nos EUA, onde o descontrole da doença provoca novos recordes de mortes e infecções.
As quatro coreanas Top 10 do mundo – Jin Young Ko (nº 1), Sung Hyun Park (nº 3), Sei Young Kim (nº 6), Hyo-Joo Kim (nº 10) não jogarão os dois primeiros torneios do recomeço, ambos nos EUA, já que haverá outro evento em Ohio, o Marathon Classic, na próxima semana. Ko e Park também já avisaram não jogarão no primeiro major do ano, o Women’s British Open, para evitar a viagem internacional para a Escócia. Jeongeun Lee (nº 13 do mundo), campeã do U.S. Women’s Open, disse que não sabe se irá aos EUA para defender o título, em dezembro!
Calendário – Depois desses dois torneios no Ohio, nesta e na próxima semana, o LPGA Tour vai para a Europa, para a disputa de dois torneios em conjunto como o Ladies European Tour (LET): o Ladies Scottish Open, de 13 a 16 de agosto, primeiro do LET em cinco meses, e o Women’s Open, na semana seguinte, de 20 a 23 de agosto. Depois disso, o LPGA Tour volta aos EUA para mais seis torneios, até a segunda semana de outubro, antes da perna asiática, de quatro torneios. O circuito termina com outros quatro campeonatos nos EUA, até 20 de dezembro.
O LPGA Tour tem cinco majors, sendo que o Evian Masters foi cancelado e só volta em 2021. Os outros quatro estão confirmados. Depois do Women’s Open no Royal Troon, na Escócia, serão jogados o ANA Inspiration, no Mission Hills C.C., em Rancho Mirage, na Califórnia, de 10 a 13 de setembro; o KPMG Women’s PGA Championship, no Aronimink GC, em Newtown Square, Pensilvânia, de 8 a 11 de outubro; e o
U.S. Women’s Open, no Champions Golf Club, em Houston, no Texas, de 10 a 13 de dezembro.
Segurança – Para participar dos torneios do LPGA Tour, jogadoras, caddies e qualquer outra pessoa do staff ou imprensa – não haverá público nos primeiros torneios nos EUA – terá que fazer um teste para COVID-19 em casa, antes de viajar. Dando negativo é liberada para os treinos, mas na segunda ou terça-feira é feito novo teste no local do torneio e só após novo negativo as jogadoras são liberadas para entrar na sede e vestiários.
A temperatura de todos será medida todo dia e as jogadoras receberão pulseiras WHOOP que medem, entre outras coisas, a frequência respiratória e ajudaram Nick Watney, do PGA Tour, a identificar a infecção pelo Sars-CoV-2, o novo coronavírus durante o torneio.
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