Lucas Lee não joga bem na seletiva final para o Web.com Tour

17/12/2014


Brasileiro ficou apenas com um cartão condicional com baixa prioridade de inscrição


Lucas: ganhando apenas um cartão condicional do Web.com Tour para a temporada de golfe de 2015
Lucas: ganhando apenas um cartão condicional do Web.com Tour para a temporada de golfe de 2015

por: Ricardo Fonseca

A última esperança brasileira de voltar a ter um golfista na elite do golfe profissional dos EUA ruiu nesta terça-feira quando Lucas Lee terminou a seletiva final da Q-School do circuito na 130ª colocação, entre 150 participantes. O brasileiro somou 439 (79-72-73-70-70-75), dez acima do par, quando precisava ter terminado com sete abaixo do par ou melhor para ter um cartão que lhe permitisse jogar todo o circuito de acesso ao PGA Tour em 2015.

Todos os finalistas que não ficaram entre os 43 primeiros e empatados (59 jogadores) terão um cartão condicional com base em sua colocação final. Na prática, Lucas poderá jogar apenas a etapa do Brasil, em março, a terceira do ano, precisando de uma boa colocação para melhorar sua prioridade de inscrição após a quarta etapa de 2015, quando haverá o primeiro re-ranking, rearranjo periódico na prioridade de inscrição conforme o dinheiro ganho até então.

Esta é quase é a mesma situação de Alexandre Rocha, que como 98º do ranking da temporada regular do Web.com Tour de 2014, ficou com um cartão com prioridade de inscrição apenas um pouco melhor do que a de Lucas (categoria para os que terminaram de 76º ao 100º) lugar, o que lhe permitirá, talvez, jogar a etapa do Chile, além da etapa no Brasil, antes do primeiro re-ranking.

Brasil piora – Esta situação é um grande retrocesso para o golfe brasileiro, que nos últimos quatro anos teve Rocha jogando duas temporadas no PGA Tour (2011 e 2012) e duas no Web.com Tour (2013 e 2014), e Fernando Mechereffe, que também perdeu seu cartão para 2015, jogando três anos seguidos no Web.com Tour (2012, 2013 e 2014).

Na terceira divisão do PGA Tour, a situação do Brasil também é pior. Nas duas primeiras temporadas do PGA Tour Latinoamérica, o Brasil teve seis jogadores com cartão do circuito, número que foi reduzido a quatro no último ano e a dois para 2015. Até agora os únicos com o cartão do PGA Tour LA são Rafa Becker e Alexandre Rocha. Lucas Lee também volta a ter o cartão do PGA Tour China.

Jogos Olímpicos – Ficar fora do Web.com Tour em 2015 praticamente sepulta as esperanças desses brasileiros em somar pontos importantes para o ranking mundial de golfe que vai decidir quem terá o direito de jogar na volta do golfe aos Jogos Olímpicos, no Rio, em 2016. A terceira divisão do PGA Tour (PGA Tour LA e PGA Tour China) dá poucos pontos – no máximo seis – e para até o sexto colocado empatados em cada etapa, o que pode bastar para colocar o jogador entre os 500 primeiros do mundo, mas dificilmente entre os 300 primeiros, o que um brasileiro precisa para ter a vaga olímpica sem depender do convite reservado ao país sede.

Na prática, o Brasil tem na corrida olímpica Adilson da Silva, que hoje está em 59º e penúltimo lugar na lista dos 60 que jogariam no Golfe 2016, e tem boas chances de pontuar já que joga no Tour Asiático e no Sunshine Tour Sul-africano, ambos com meia dúzia de torneios co-sancionados pelo Tour Europeu. Além deles há Lucas, Rocha e Becker com chances de pontuar para o ranking mundial, mas na terceira divisão.

Campeão e Cartões –
O campeão da Q-School foi Brad Fritsch, do Canadá, o único a ganhar um cartão verdadeiramente integral para a temporada de 2015 do Web.com Tour. Ele somou 402 (72 -64-65-65-70-66) tacadas, 27 abaixo do par, para vencer por sete de vantagem a segundo maior margem dos 25 anos de história da seletiva. Com isso, Fritish está isento de todos os re-rankings da temporada e poderá jogar nos torneios que quiser.

Os nove jogadores seguintes da seletiva final (2º ao 10º) estão isentos para os primeiros 12 torneios do ano, submetendo-se aos re-rankings apenas do 13º torneio em diante. Os que se classificaram do 11º ao 49º lugar (até 45º e empatados), tem isenção para os nove primeiros torneios do ano. Neste grupo está o chileno Hugo Leon (21º), único sul-americano que se deu bem na Q-School.

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