12/04/2015
por: Ricardo Fonseca
Jordan Spieth, de 21 anos, igualou o melhor total de um vencedor da história do Masters para se tornar o segundo mais novo campeão do torneio de Augusta, neste domingo, quebrando ou igualando muitos outros recordes importantes, entre eles os melhores parciais da história do primeiro major da temporada, após 36 e 54 buracos, além, depois de um bogey no 18, igualar a marca que Woods estabeleceu ao vencer em 1997. Justin Rose e Phil Mickelson terminaram em segundo, quatro tacadas atrás, mas não tiveram chances de ameaçar Spieth durante todo o dia.
A enormidade do feito de Spieth pode ser medida por outros recordes. Ele foi o primeiro a vencer o Masters de ponta a ponta, sem nunca dividir a liderança com ninguém em mais de 40 anos, feito conseguido pela última vez por Ray Floyd, em 1976. Além disso, fez 28 birdies – um a cada dois buracos e meio – superando por três a marca de Mickelson (25) em 2001. Seu último birdie do torneio, no buraco 15 da volta final, o deixou com 19 abaixo, marca nunca antes atingida por ninguém, em nenhum Masters da história.
Spieth, que passou a ser o número 2 do ranking mundial de golfe desta semana, apenas atrás de Rory McIlroy, conquistou seu primeiro major no Masters, como Woods, aos 21 anos, só que ele é cinco meses mais velho do que o ex-número 1 do mundo. Em 2014, Spieth teve a chance de ser o mais jovem campeão do Masters, ao liderar a volta final por duas tacadas após sete buracos, em sua estreia em Augusta, antes de terminar em segundo e perder o título para Bubba Watson, que lhe entregou a jaqueta verde, símbolo do campeão do Masters, na noite deste domingo.
“Foi um dia muito nervoso e difícil para mim”, desabafou Spieth no final, revelando que sentiu a pressão, apesar de nunca ter tido a liderança ameaçada e de ter estado sempre três tacadas pelo menos à frente de um grupo muito forte e experiente de adversários, que incluía, além dos vices Mickelson em Rose, McIlroy, o quarto colocado, Matsuyama, o quinto, e Dustin Johnson, Paul Casey e Ian Poulter que empataram em sexto. Woods começou o dia em sexto, mas jogou 73 e despencou para o 17º lugar. “Achei que ia ser muito mais fácil para mim”, confessa Spieth.
McIlroy, que vinha de duas vitórias em majors (British Open e PGA Championship de 2014) e precisava vencer o Masters, para completar o Grand Slam na carreira e construir a chance de vencer os quatro maiores torneios em seguida no US Open (torneio que já venceu em 2011), e completar o “Rory Slam”, fez uma incrível volta final de 66 tacadas, seis abaixo, sem bogeys, a melhor marca do domingo, mas não foi o bastante para se recuperar dos dois primeiros dias, quando jogou duas voltas de 71, chegou a flertar com o corte, e entrou no final de semana 12 atrás de Spieth. Terminou em quarto, com 12 abaixo, seis atrás do campeão.
Woods, que em momentos do segundo e terceiro dia lembrou o campeão do passado e fez suas melhores volta em majors desde 2011, voltou a descarrilhar na volta final, sobretudo após aparentemente ter acertado uma raiz de árvore ao jogar a segunda tacada debaixo dos pinheiros no buraco 9. Apesar de um eagle e dois birdies, jogou sua segunda volta de 73 (+1) caiu para o 17º lugar e, com isso, falhou ao voltar aos Top 100 do ranking mundial de golfe, onde ganhou dez posições para ser o número 101 do mundo na lista desta segunda-feira. Não se sabe quando volta a jogar.
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