08/04/2012
Cobertura completa do Masters, com vídeos do terceiro dia
por: Ricardo Fonseca
Há mais de dois anos Tiger Woods é um exemplo no golfe. Infelizmente de mau comportamento. Ele pediu desculpas por trair, por mentir e, agora, quando tudo parecia coisa do passado, o velho Tiger dos maus hábitos, o menino petulante que coabita com o gênio do golfe o corpo mais mostrado do esporte, voltou a pedir desculpas públicas por se comportar com um jogador de futebol de várzea em Augusta, onde chutar um taco longe, na sexta-feira, foi apenas o clímax de uma série de atitudes como palavras de baixo calão substituindo o protocolar aviso de “fore” para as bolas que seguiam em direção ao público.
Na verdade foi uma meia desculpa, forçada, de má vontade, seguida do inevitável `mas`… “Certamente eu fico frustrado, às vezes, e peço desculpas se ofendi alguém por isso”, disse Woods. “Mas – não podia faltar a adversativa – eu bati várias tacadas ruins e certamente fico frustrado às vezes por não bater a bola aonde eu precisava batê-las”, completou. Ele e a torcida do Corinthians. Mas os demais se contem em nome da decência. Tiger se acha acima disso. Xinga, chuta, pede desculpas protocolares e se supõe perdoado.
Frustração – “Eu com certeza ouvi que as pessoas disseram que não gostaram de me ver chutando o taco, mas eu não gostei disso também”, defende-se. “Eu bati direto na banca e não me senti bem com isso”. Dá para entender a frustração. Foram apenas 15 jardas de distância com um ferro 9… Mas, com o pé direito. O bom dele para chutar tacos é o esquerdo.
Sábado, o ex-número 1 do mundo se conteve. Depois de bater seu drive no 13 no meio das árvores, Woods não arremessou nem chutou seu taco. Preferiu enterrar o drive no tee e tirar um grande divot na área limitada de onde mais 40 jogadores teriam que jogar depois dele. No 15, quando um putt de oito metros para birdie que parecia ter endereço certo passou um metro do buraco, ele não jogou, apenas largou o taco no chão e e abaixou-se, exasperado, com os braços pendendo para baixo.
Castigo – O castigo do PGA Tour ninguém sabe qual será. Ao contrário do Tour Europeu, que disciplina seus jogadores publicamente, o PGA Tour o faz em segredo e aplicas multas em segredo, que não passam de US$ 10 mil ou US$ 20 mil em casos mais graves, como se isso fizesse alguma diferença para alguém, que como Woods, ganhou US$ 1 bilhão na carreira. Melhor fez a ex-mulher, Elin Nordegren, que lhe levou US$ 100 milhões pelas duas dúzias de amantes. Publicamente.
Mas nada disso abalou Woods, como vimos. Humilhação para ele foi terminar três rodadas sem quebrar o par em Augusta, o que só havia acontecido antes em uma vez, em 2007, sob condições de tempo muito ruins, quando ele ainda foi segundo colocado e não um dos últimos, como agora. Sofrimento, para ele é jogar dois dias seguidos sem um birdie sequer nos pares cinco. Um em 12 tentativas. Para isso não há desculpas que ele aceite.
Zorro – John Daly contou, em dezembro de 2008, que o PGA Tour o suspendeu por seis meses. Mas sua carreira já tinha acabado e ele foi um pouco além de chutar tacos e falar palavrões. Rory Sabbatini pegou um gancho secreto por tratar mal uma adolescente voluntária no Riviera e por discutir com Sean O`Hair. Deixou de jogar um torneio, pelo que se saiba. Suspender Woods por reincidência? Esqueça! Como está na moda dizer: É mais fácil o Sargento Garcia prender o Zorro.
Como chegar. Dicas de hospedagem e alimentação. Preços e serviços
Aproveite o acordo entre a Pousada Travel Inn Trancoso e o Terravista Golf Course
Paris 2024: Corrida olímpica começa com o brasileiro Rafa Becker entre os Top 50
20/09/2024
19/09/2024
18/09/2024
18/09/2024
18/09/2024
17/09/2024
© Copyright 2009 - 2014 Golfe.esp.br. Todos os direitos reservados