Mídia: contusão de Tiger é recebida com ceticismo

13/03/2012


Para muitos jornalistas internacionais, Woods exagerou e deixou o campo por jogar mal


   Tiger Woods: dor no tendão de Aquiles ou excesso de bogeys num jogo de golfe que perdeu o interesse para ele   Tiger Woods: dor no tendão de Aquiles ou excesso de bogeys num jogo de golfe que perdeu o interesse para ele
   Tiger: dor no tendão de Aquiles ou excesso de bogeys num jogo de golfe que perdeu o interesse para ele?

por: Ricardo Fonseca

Como tudo o que se refere ao Tiger Woods pós-hidrante, a decisão do jogador em abandonar a rodada final do Cadillac no tee do 12, após bater um excelente driver de 231 jardas, foi vista com ceticismo por boa parte da imprensa internacional que acompanha o PGA Tour todas as semanas. Assim como as imagens do carro de Woods deixando o Doral em seu Mercedes preto  e seguindo pela estrada, feitas pelo dirigível Snoopy One, que gera as imagens aéreas dos torneios, foram criticadas por seus fãs que as entenderam como um exagero da cobertura jornalística do evento.

“Tiger Woods aparentemente está tendo uma disfunção de vestiário”, escreveu em seu twitter Ron Sirak, o respeitável editor-executivo da Golf World, colunista da Golf Digest e autor de vários livros sobre golfe, referindo-se aos tênis brancos que Tiger usava a partir do buraco 10 e não combinavam com sua roupa escura. E, pouco depois, disparou: “Isso está ficando interessante.Woods abandonou por causa de uma contusão ou porque perdeu o interesse? Nenhuma opção é boa”.

Gozação – Brincadeiras também não faltaram. Adam Schupak, jornalista e escritor especializado em golfe, saiu-se com essa. “Acabo de receber uma mensagem de Tiger. Disse que desistiu do treinamento que iria fazer esta semana com os Seals da Marinha. Algo sobre sua perna esquerda. Alguém quer entrar em seu lugar? Até a Sirius XM, rádio oficial do PGA Tour, entrou na brincadeira simulando uma conversa de Tiger com Arnold Palmer, onde o jogador tentava explicar porque não estaria no Bay Hill, dentro de duas semanas.

Tim Rosaforte, jornalista da Golf World e Golf Digest e analista do Insider Golf Channel e da NBC, também entrou no clima: “Os dois principais cirurgiões ortopédicos com quem falei dizem que você não pode resolver problemas de golfe com o Aquiles, eles têm de vir de treinamento balístico”.

Farrell Evans, colunista da ESPN.com, também não ficou convencido da gravidade do problema de Woods. “Pareceu precaução excessiva para mim. Não quero soar crítico, mas duvido seriamente que se ele estivesse na disputa do título iria abandonar o torneio”, disse numa mesa redonda sobre o assunto, na segunda-feira.

Dirigível – Por outro lado, a NBC recebeu irados e-mails de fãs de Tiger criticando a decisão da emissora de manter no ar as imagens de Woods deixando o Doral, que eram geradas pela câmara colocada no dirigível Snoopy One . Muitos pensaram até que havia helicópteros perseguindo Woods. Mas foi uma decisão jornalística pois havia dúvidas o que estava acontecendo.

Rory McIlroy, que jogava um grupo atrás de Woods disse não ter percebido nada de errado com o jogador. “Quando vi que ele estava no cart do árbtiro, pensei que estava indo ao banheiro ao algo assim”, conta. Na verdade, a imagem de Tiger abandonando o campo começou a ser mostrada por uma câmara fixa, no campo, que logo o perdeu e foi substituida pela imagem aérea. O câmara a bordo do Snoppy One acompanhou o restante do trajeto de Woods, com o obejtivo de identificar o quão séria era a contusão.

Liberdade de imprensa – Todos viram Tiger desamarrar os tênis, mexer no tornozelo esquerdo, descer do cart, andar mancando até o carro e receber pacotes de gelo antes de seguir viagem. A câmara continuou para mostrar que era ele que dirigia e a decisão de quando tirá-la do ar era do diretor de TV, que deixou a imagem até a jogada seguinte: McIlroy embocando da banca para fazer eagle e ficar a uma tacada da liderança.

Posições críticas como a dos jornalistas internacionais, que cobrem o circuito mundial de golfe, e da NBC, em mostrar o que era de interesse geral, muitas vezes são difíceis de ser entendidas num país como o Brasil aonde apenas as gerações mais novas nasceram sob um regime de liberdade de imprensa. Para muitos, sobretudo de gerações criadas sob a ditadura militar, posições críticas são vistas como ataques pessoais ou indevidos, pois a imprensa só serviria para elogiar. Eles podem não gostar, mas é obrigação da imprensa soberana mostrar.

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