Mulheres fazem história no Tour Europeu ao liderar dois dias do Scandinavian Mixed

12/06/2021

Luiza Altmann não passa o corte, mas termina uma tacada à frente da anfitriã Annika Sorenstam

Luiza em ação e com Annika, abaixo: golfe feminino é destaque em torneio histórico. Fotos: Tristan Jones/LET

por | Ricardo Fonseca

O Scandinavian Mixed, primeiro torneio da história dos rankings mundiais de golfe profissional (OWGR e Rolex Rankings) a ter homens e mulheres jogando juntos pelo mesmo título, consagrou o poder feminino nas duas primeiras rodadas da competição jogadas quinta e sexta-feira, 10 e 11 de junho, no campo do Vallda G&CC, em Gotemburgo, na Suécia. O torneio contou com a participação da profissional paulista Luiza Altmann que, apesar de uma segunda rodada muito boa, não passou o corte, mas terminou uma tacada à frente da anfitriã, a sueca Annika Sorenstam, de quem recebeu o convite para jogar.

Logo no primeiro dia do evento válido para o Tour Europeu e para o Tour Europeu Feminino (LET), a austríaca Christine Wolf ganhou os holofotes ao se tornar a primeira mulher da história a ser líder de um torneio do Tour Europeu, depois de jogar 64, oito abaixo do par, e dividir o primeiro lugar com o inglês Sam Horsfield. No segundo dia foi a vez da sueca Caroline Hedwall tornar-se a primeira a ser líder isolada num evento do Tour Europeu. A estrela europeia da Solheim Cup, que estreou com 67 (-5), jogou 64 no segundo dia, quando fez dois eagles e somou 13 abaixo, uma tacada à frente do holandês Joost Luiten.

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Luiza e Annika – A brasileira Luiza Altmann, que na véspera da competição teve a honra de ser convidada para jogar ao lado de Annika, abriu o torneio com um birdie e fez outro no final, mas teve sua volta de estreia prejudicada por uma sequência de três bogeys e um duplo bogey em cinco buracos (4 ao 8), para jogar 75. No segundo dia, no entanto, Luiza brilhou. Foram cinco birdies, três deles em pares 5, contra apenas dois bogeys a caminho de jogar 70. Somou 145 tacadas (+1) e perdeu o corte, que deixou apenas os 71 que jogaram três abaixo ou menos em campo.

Annika, de 50 anos, hoje aposentada depois de ter sido a melhor golfista de sua geração e para muitos a melhor de todos os tempos, não jogava em seu país desde 2008. Ela fez duas voltas de 73 tacadas para somar 146 (+2) e deixou o campo feliz por voltar a jogar golfe competitivamente, mas sobretudo pelo sucesso do evento.

“Tem sido uma ótima semana, divertida, mesmo não passado o corte”, disse ela, que espera aproveitar o final de semana para se divertir com a família, continuar a apoiar o evento e fazer parte das festividades. “Foi divertido jogar aqui, sendo anfitriã do torneio ao lado do Henrik Stenson, de ter o apoio de Thomas Bjorn e ainda ter minha melhor amiga, Marie, na bolsa e com a família ao redor”.

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