Nationwide faz dois torneios na América do Sul, de olho no Brasil

15/02/2012


Colômbia abre calendário do circuito de acesso ao PGA Tour em 2012, que depois vai ao Chile


   Bill Calffe no golfe de Bogotá: Nationwide segue depois para o Chile e quer vir para  o Brasil, em 2013
   Bill Calffe no golfe de Bogotá: Nationwide segue depois para o Chile e quer vir para  o Brasil, em 2013

por: Ricardo Fonseca

O calendário de 2012 do Nationwide Tour vai ser aberto esta semana com a disputa do Pacific Rubiales Colombia Championship que, em 2010, tornou-se o primeiro torneio do circuito de acesso ao PGA Tour a ser jogado na América do Sul. Mas o continente continua a ser prioridade para o Nationwide Tour, que inaugura um torneio no Chile, na primeira semana de março, no que deve ser a mais importante competição de golfe do Cone Sul.

Mas Bill Calfee, o presidente do Nationwide Tour, tem sonhos ainda mais ambiciosos e quer fazer um torneio no Brasil já em 2013, ano em que o circuito poderá se tornar ainda mais importante ao se transformar na única forma de acesso ao PGA Tour, que não teria mais o Q-School, a escola de classificação. Hoje o Nationwide dá 25 vagas para o PGA Tour e as seletivas outras 25, mas o PGA quer mudar isso, com a Q-School dando vagas apenas para o circuito de acesso, enquanto o Nationwide classificaria 50 jogadores para jogar no circuito principal.

Brasil – “Gostaríamos de ter um torneio no Brasil, dando prosseguimento a nossa expansão internacional”, revelou Calfee ao Morning Drive, programa de entrevistas do Golf Channel. Segundo o dirigente, a adesão do Chile este ano foi bem-vinda, pois fica difícil conseguir locais para jogar de janeiro a março no hemisfério norte por causa do clima. “A América do Sul é um mercado que faz todo o sentido, já que com a volta do golfe aos Jogos Olímpicos em 2016, no Rio de Janeiro, vai se juntar a nossos esforços para ajudar no crescimento do golfe”, disse Calfee em entrevista para o site do Nationwide. “É o caminho ideal pois há muitos talentos por lá”, explicou ao dirigente, referindo-se à América do Sul.

Calfee lembra que o Nationwide Tour vai abrir sua 23ª temporada e que sua importância é tamanha que três de cada quatro jogadores do PGA Tour passaram pelo circuito de acesso. “Só em 2011 tivemos o recorde de 32 ex-jogadores do Nationwide Tour vencendo no PGA Tour”, conta Calfee, lembrando que entre eles estavam Bill Haas e Webb Simpson, que terminaram o ano em primeiro e segundo lugar em pontos na Fedex Cup. “Em 22 anos, 325 jogadores do Nationwide Tour já venceram no PGA Tour”, orgulha-se o dirigente.

Clinton – A presença do ex-presidente Bill Clinton, do Pro-Am do torneio de Bogotá, nesta quarta-feira, deverá dar ainda mais visibilidade ao torneio que já entrou para a história do golfe sul-americano. Foi no evento inaugural, em 2010, que os dirigentes do PGA Tour, do Tour das Américas e organizadores de torneios se reuniram e decidiram criar o PGA Tour Latino-Americano, que começa a ser disputado em setembro deste ano, substituindo o antigo circuito profissional do continente. O PGA Tour Latino-Americano vai dar cinco vagas para o Nationwide Tour a cada ano.

O Nationwide abre 2012 com 17 jogadores latinos em campo. São 11 colombianos, três argentinos, além de profissionais do Chile, Paraguai e México. Um evento de sua importância para a América do Sul, que hoje não tem mais nenhum jogador entre os 100 primeiros do ranking mundial de golfe. Ao todo, entre os 144 jogadores em campo em Bogotá, haverá 17 ganhadores do PGA Tour e 61 campeões de torneios do Nationwide.

Patrocinador – Tanto o torneio de Bogotá, esta semana, como o Chile Classic, de 8 a 11 de março, no Prince of Wales Country Club, em Santiago, tem como patrocinador a Pacific Rubiales Energy, uma das maiores companhias de exploração de petróleo e gás do mundo e a maior petrolífera independente da América do Sul, operando na Colômbia e no Peru, além de ter negócios na Guatemala.

Encontrar um patrocinador como esse é o único entrave para o Brasil começar a fazer parte do circuito, já que há muito interesse dos dirigentes e dos organizadores locais. Torneios do Nationwide como o da Colômbia e do Chile, com US$ 600 mil em prêmios, podem custar de US$ 2 milhões a US$ 3 milhões. Mas provam valer cada centavo já que depois de patrocinar dois eventos na Colômbia, em 2010 e 2011, a Pacific Rubiales não só renovou seu contrato com o torneio de Bogotá como ainda acrescentou o do Chile ao calendário.

Desinteresse – No Brasil, no entanto, apesar do golfe nos Jogos do Rio, em 2016, as coisas são mais difíceis. Na criação do PGA Tour Latino-Americano, por exemplo, o país deveria ter ficado, como quase todos os demais, com dois torneios do novo circuito, mas só houve interesse em fazer um, o Aberto do Brasil que já fez parte em 2011 para do antigo Tour das Américas. Mais do que patrocinadores, falta vontade e trabalho dos dirigentes para ajudar nosso golfe a ocupar o papel que merece como futura sede olímpica.

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