19/07/2011
A Nike vem punindo Tiger Woods, desde 2010, com um corte de 50% em sua verba de patrocínio. A penalidade que deve durar pelo menos até o final de 2011, não foi aplicada pela pequena quantidade de torneios que o ex-número 1 do mundo vem jogando, e sim por causa de seu mau comportamento, segundo revelou a Fortune, do grupo Times, uma das mais importantes revistas de economia do mundo, cujo site na internet é o CNNMoney.com.
Daniel Roberts, que assina a reportagem intitulada “Is Tiger Woods running out of money?” (Estará Tiger Woods ficando sem dinheiro?), garante que a informação é de uma fonte confiável para Fortune, especialmente conhecida por publicar o ranking das maiores empresas do mundo. Segundo ele apurou, dos US$ 20 milhões que recebeu da Nike, em 2009, Tiger teve seu contrato reduzido para US$ 10 milhões em 2010 e 2011.
Fuga – Depois de perder patrocinadores importantes como a Gillette, Accenture, Tag Heuer e Gatorade, entre outros, por causa do escândalo sexual em que se meteu e que não para de ter detalhes cada vez mais sórdidos revelados, como na reportagem especial de uma hora que foi ao ar na GNT, Tiger nunca mais conseguiu novos patrocinadores, com exceção de uma pomada japonesa contra dores musculares e nas juntas. Não dá nem para comparar com o que ele tinha antes.
A reportagem da Fortune diz que Tiger vem sofrendo dificuldades financeiras desde que bateu o carro após uma briga com a ex-mulher traída com dezenas de moças de reputação duvidosa, que culminou com um divórcio que lhe teria custado US$ 100 milhões, pagos em parte com a hipoteca da mansão onde mora atualmente.
Comissão – Ainda segundo a reportagem a saída de seu agente Mark Steinberg, da IMG, acompanha por Tiger Woods duas semanas depois, não foi lamentada pela maior empresa de gerenciamento de carreiras esportivas do mundo porque seus ganhos com os patrocínios do jogador caíram tão drasticamente que as comissões com o atleta não chegariam a US$ 1,5 milhão, uma fração do que já foram.
Um mês depois de deixar a IMG, Steinberg criou a falsa expectativa de uma grande revelação de Tiger Woods, levou o Golf Channel a anunciar em seu próprio jornal noturno uma entrevista bombástica com o jogador na manhã seguinte, que nunca aconteceu, e aproveitou para revelar que agora era sócio de uma concorrente da IMG, a Excel Sports. Supõe-se que Tiger tenha ido com ele, mas, curiosamente, o ex-número 1 do mundo não se manifestou a respeito e nem teve seu nome usado para valorizar a nova agência.
Declínio – Tiger tem agora apenas três patrocinadores grandes: Nike, Electronic Arts e Kowa, da pomada. A EA Sports produz o video game Tiger Woods PGA Tour Masters 12, que já venceu mais de 220 mil cópias, graças também à inclusão do campo do Augusta National digitalizado em alta definição, e a Kona e sua pomada para dores. A revista conclui que os ganhos de Tiger para 2011, antes estimados entre US$ 40 e US 60 milhões, podem ficar na verdade perto de US$ 20 milhões, um quinto do que ele já ganhou anualmente.
Além disso, os prêmios anuais ganhos por Tiger, que passaram de US$ 10 milhões por três anos consecutivos, caíram para US$ 1,3 milhão, em 2010, e este ano não chegam ainda a US$ 600 mil. Mas as despesas não param de crescer. Só a hipoteca de US$ 54,5 milhões sobre a casa de Jupiter Island, na Flórida, lhe custa US$ 10 milhões por ano, fora US$ 431 mil de impostos, além de ter gasto US$ 6 milhões em obras.
Leia a reportagem completa (em inglês) da Fortune, clicando aqui.
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