10/08/2011
por: Ricardo Fonseca
Ele não venceu uma major já 38 meses, um torneio do PGA Tour há 23 meses e qualquer campeonato ao redor do mundo há 21 meses; foi o pior jogador em acerto de drives em sua volta ao golfe na última semana, onde só quebrou uma vez o par do campo onde vencera sete dos 10 torneios anteriores; mal teve tempo de treinar seu novo swing nos últimos quatro meses; e foi humilhado por seu ex-caddie, que além de vencer em seu ex-play ground particular, com o novo patrão, ainda ganhou de recompensa o triplo do prêmio que ele conseguiu em campo. Ainda assim, Tiger Woods, 35 anos, número 30 do mundo, continua sendo o assunto desta semana, no PGA Championship, quarto e último major da temporada, que se auto-intitula “A última tacada para a glória”, epíteto que casa perfeitamente com o que esse torneio significa para o homem que dominou o golfe mundial por mais de uma década.
Vencer majors é o que motiva Tiger Woods a continuar no golfe após quatro cirurgias no joelho; após a humilhação pública de ter que pedir desculpas pelos desvios sexuais que acabaram com seu casamento e desconstruiram sua imagem de bom moço; e de perder o patrocínio de seis das maiores empresas do mundo, que não querem a imagem do jogador, que já valeu milhões, associada às suas marcas, nem de graça. Tiger já venceu 14 majors e seu objetivo máximo no esporte é vencer mais cinco e quebrar o recorde de 18 títulos do Grand Slam estabelecido por Jack Nicklaus. O resto, não lhe interessa.
Meninos do Tour – Mas o tempo vai passando e o jogador de 2000/2001, quando completou o Tiger Slam, ou o de 2005 a 2007, quando venceu oito torneios em média por ano, não existe mais, a não ser virtualmente dentro de um Tiger que tenta ser novo, mas não consegue se livrar da parte ruim do anterior. O circuito que ele dominou ainda não tem um novo dono e talvez nunca tenha, mas está repleto de novos jogadores que iniciaram sua carreira profissional sem conhecer o velho Tiger e, portanto, sem o medo e o respeito que muitos de seus adversários desenvolveram pelo homem que já foi considerado imbatível.
O favorito das casas de apostas hoje é outro, o norte-irlandês Rory McIlroy, de 22 anos, símbolo de uma nova geração que chegou para ficar. Rory liderou três dois últimos cinco majors e venceu um, para completar o novo Big Four, agora só de europeus, que domina no ranking mundial. O japonês Rio Ishikawa, de 19 anos; o americano Rickie Fowler de 22; e o australiano Jason Day, de 23, são, agora, os favoritos não só dos apostadores, mas de uma torcida ávida por novos ídolos.
Nova história – Mas a geração intermediária entre os “Meninos do Tour” e Tiger, também amadureceu, como mostrou o australiano Adam Scott, de 31 anos, com sua vitória de ponta a ponta no Bridgestone. Com Steve Williams, o ex de Tiger, em sua bolsa, ele promete escrever muitas das páginas do golfe dos próximos anos.
E tem os europeus, muitos deles, que venceram o complexo de inferioridade que sofriam por causa do antigo poderio dos golfistas americanos que – ficou claro agora – tinham Tiger e pouco mais. Apenas nove dos 27 primeiros jogadores do mundo são americanos, um terço deles, quando já foram mais da metade. Os ingleses Luke Donald e Lee Westwood são os números 1 e 2 do mundo, com o alemão Martin Kaymer em terceiro.
Glória – Essas são algumas das histórias que vão desfilar pelo campo do Atlanta Athletic Club, de quinta a domingo, quando o major final da temporada será efetivamente a “Última tacada para a glória”, de alguns, mas a primeira de um grande grupo que está aí para provar que nenhum homem é maior do que o esporte que pratica, e que a vida continua com ou sem aqueles que descobriram o quão efêmera a glória pode ser.
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