05/08/2013
por: Ricardo Fonseca
Se a volta de 61 tacadas, a quinta vitória do ano e oitava nos últimos 17 meses já faziam de Tiger Woods favorito para vencer o PGA Championship, último major do ano, esta semana, no Oak Hill, a confiança que o número 1 do mundo demonstrou em campo e a distância que colocou entre ele e o restante da elite do golfe mundial para vencer o Bridgestone Invitational, mostram que seu mais longo período sem vitórias em majors na carreira está perto de chegar ao fim.
Tiger não vence um major desde o US Open de 2008, que conquistou num playoff de 18 buracos, jogando com uma fratura na tíbia e um ligamento rompido. Desde então já foram nove colocações entre os seis primeiros nos 18 que jogou (esteve fora de outros quatro, contundido), mas seu único vice-campeonato veio no PGA Championship de 2009, pouco antes de sua carreira colapsar sob os escombros do escândalo sexual em que se envolveu.
Veja todas as tacadas de Tiger jogando 61 na sexta, seu recorde pessoal
Exigência – Com 79 vitória na carreira, 19 títulos da série mundial (incluo o da World Cup que o PGA “esquece” em seus cálculos) e 14 majors, Tiger não precisa provar mais nada para ninguém. Só para ele mesmo. E para seus exigentes padrões, temporada sem major é temporada perdida na busca do recorde que ele persegue desde os sonhos de infância: superar a marca de 18 torneios do Grand Slam vencidos por Jack Nicklaus.
Nessa busca interrompida há mais de cinco anos, Tiger se aproxima de outro recorde histórico, que ninguém mais duvida que cairá: os 82 vitórias na carreira de Sam Snead no PGA Tour. Tiger já tem 79 e precisa de quatro para superar o maior campeão do século XX. Mas ele quer os majors, os únicos torneios onde ainda sente a pressão que assola os comuns mortais.
Pressão – Recordes mexem com a cabeça de todos, até de Tiger. Depois de chegar a nove abaixo em 13 buracos e flertar com um 59 – ou até um inédito 58 – na segunda rodada do Bridgestone, Tiger fechou a volta com cinco pares seguidos, para “apenas” igualar a melhor marca de sua carreira, que já fizera três vezes, mas que não repetir desde seu último 61, em 2005.
“O que eu quero mais?”, repetiu Tiger ao ouvir a pergunta do repórter no Firestone CC, como que ganhando tempo para escolher a resposta. “Quero o mesmo!”, assegurou. “Em cada um dos majors, só me interessa a vitória e quem sabe na próxima semana pode ser a 15ª”, completou Tiger, que não conseguiu vencer os últimos 17 que disputou.
Confiança – A confiança de Tiger já teve uma recompensa que, para ele foi mais importante do que a própria vitória: foi o primeiro título que seu filho Sam, de quatro anos, assistiu no campo. Ele estava a caminho no US Open de 2008, e desde que se deu conta de quem o pai era, vinha lhe perguntando quando voltaria a vencer. “Foi a primeira vez que ele me viu ganhar na vida”, conta Tiger. “Por isso foi um dia tão especial para nós dois”.
Tiger recorda que Sam sempre lhe perguntava “`Daddy, quando você vai vencer um torneio?”. E o número 1 do mundo só podia responder que ia tentar. “Foram alguns anos, uns dois anos, em que eu não tinha vencido nada”, conta. Sam já tinha visto o pai vencer na televisão. Mas só neste domingo, no campo, teve a dimensão do que isso significava para a multidão de fãs. Sam não viu ainda o pai vencer um major, nem na TV. A espera de pai e filho pode estar terminando.
Presente – O Dia dos Pais nos EUA foi na terceira semana de junho. Mas no Brasil é no segundo domingo de agosto, dia da final do PGA Championship, com transmissão ao vivo na ESPN. E Tiger voltar a vencer o major pode ser o presente que muito filho por aqui gostaria de dar ao pai.
Como chegar. Dicas de hospedagem e alimentação. Preços e serviços
Aproveite o acordo entre a Pousada Travel Inn Trancoso e o Terravista Golf Course
Paris 2024: Corrida olímpica começa com o brasileiro Rafa Becker entre os Top 50
03/10/2024
02/10/2024
02/10/2024
30/09/2024
29/09/2024
29/09/2024
© Copyright 2009 - 2014 Golfe.esp.br. Todos os direitos reservados
