13/08/2011
por: Ricardo Fonseca
Depois de visitar 22 bancas e ir na água quatro vezes, em 36 buracos, Tiger Woods não conseguiu terminar nem entre os 100 primeiros do PGA Championship, o último major da temporada, e foi obrigado a encerra a temporada de 2011 do PGA Tour dois torneios depois de seu retorno ao golfe, por não ter conseguido se classificar para jogar as quatro competições dos playoffs do circuito, pela primeira vez na carreira. Tiger Woods confirmou nesta sexta-feira que só volta a jogar um torneio oficial na primeira semana de novembro, quando disputa o HSBC Champion, da série de campeonatos mundiais, em Xangai, na China.
Ao terminar a primeira rodada, quinta-feira, no Atlanta Athletic Club, com 77 tacadas, sete acima, a pior volta de estréia em majors de sua carreira, Woods se disse “furioso” com o resultado. Nesta sexta-feira, depois de terminar acima da 100ª colocação pela terceira vez na carreira, ele mudou o tom para “frustrado e desapontado”. Não só ele, como a torcida que o seguiu pelo campo e se deliciou com os raras boas jogadas que fez durante os dois dias, mostrando que o velho Tiger está lá dentro, em algum lugar, apesar da expressão de derrota com que se mostrou durante quase todo o torneio.
Desistência – Depois de terminar o torneio em 113º lugar, com 10 acima do par (77-73), à frente de apenas 30 dos 153 jogadores em campo, com projeção de terminar a semana em 130º lugar na Fedex Cup, Woods ainda tinha meia hora para se inscrever no Wyndham Championship, o último torneio da temporada regular do PGA Tour, que vai ser jogado na próxima semana em Greensboro, na Carolina do Norte, onde poderia conquistar sua vaga. Mas, como já havia antecipado, ele decidiu não jogar, conformado com o fato de que precisa muito mais treino antes de voltar a competir.
Woods venceu seu último major há mais de três anos e chegará a quase quatro anos sem vitórias nesses torneios quando pisar em Augusta para o Masters, em abril de 2012. Ele está agora sem vencer nos últimos 14 torneios do Grand Slam, quatro a mais do que sua maior lacuna anterior na carreira: dez majors sem vitórias duas vezes: entre 1997 e 1999, e entre 2002 e 2005. Agora, Woods já foi cortado de três dos quatro majors da temporada: US Open, British Open, e PGA Championship. Falta apenas o Masters para completar o “Cut Slam”.
Novo World Slam – O ex-número 1 do mundo pode não estar nem entre os 50 primeiros do ranking mundial de golfe quando for à China, mas ele terá ao menos uma motivação especial para vencer: completar o novo “World Slam”, agora que o HSBC Champions substituiu a World Cup, como quarto torneio dos World Golf Championships, que inclui ainda o Accenture Match Play, o Cadillac Championship e o Bridgestone Invitational. Tiger já havia completado o antigo “World Slam”, ao vencer os quatro torneios da série anterior, com a World Cup.
Depois da China, existe a possibilidade de Tiger jogar na Presidents Cup, de 17 a 20 de novembro, em Melbourne, na Austrália, mas apenas como convidado do capitão Fred Couples, que tem direito a duas escolhas, já que o jogador ficou longe de se classificar para a equipe. A relação dos dez primeiros classificados para defender os EUA na Presidents cup vai ser conhecida dia 18 de setembro, quando termina o BMW Championship terceiro dos quatro torneios dos playoffs que encerram a temporada oficial do PGA Tour.
Escolha – Couples já disse que se Tiger tivesse condições de jogo ele seria uma de suas duas escolhas para jogar na Presidents Cup, mas nunca passou pela sua cabeça que Tiger fosse ter atuações tão decepcionantes nos últimos torneios do ano, que não conseguiria nem se classificar para os playoffs. Para escolher Tiger, na segunda-feira seguinte ao BMW, ele poderá ser obrigado a passar por cima de jogadores como Rickie Flowler, que ainda não tem a vaga, algo difícil de justificar. Por outro lado vai frustrar a torcida que queria ver Tiger enfrentar Adam Scott – e Steve Williams – no jogo individual de domingo.
Tiger está confirmado ainda para jogar de 15 a 18 de dezembro no Australian Masters, do Australasian Tour, onde conquistou sua última vitória, há dois anos. Foi naquele torneio, em novembro de 2009, que a imprensa flagrou a chamada “amante número 1”, Rachel Uchitel, subindo de elevador para o andar privado de Tiger Woods no hotel. Ela logo foi reconhecida como a namoradeira hostess nova-iorquina, dando origem a uma reportagem num tablóide americano dois dias antes de Tiger brigar feio com a mulher, fugir de casa de madrugada e bater o carro contra um hidrante e a árvore do visinho. A viagem de Rachel para a Austrália foi paga por Bryon Bell, amigo de infância que Woods colocou como presidente da Fundação Tiger Woods e, agora, como seu caddie.
Futuro – Antes de tudo, isso, porém, Tiger se comprometeu a jogar no Notah Begay III Challenge, dia 31 de agosto, torneio beneficente organizado por outro amigo, o único índio americano que já jogou no PGA Tour. É um torneio sem corte.
Tiger terá agora tempo para reorganizar sua vida e sobretudo sua equipe. Ele precisa decidir se continua com o treinador Sean Foley, a quem não recorreu ao voltar secretamente aos treinos, antes do Bridgestone, só o fazendo na véspera da competição; e necessita urgente contratar um novo caddie para substituir Steve Williams, a quem ele demitiu. Tiger já tentou ser seu próprio treinador e ter um caddie apenas para carregar sua bolsa. Não deu certo. Agora, descobriu que nenhum homem é uma ilha, mesmo que tenha dinheiro para comprar uma.
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