PGA confirma circuito para América do Sul, Latina e Caribe, em 2012

08/06/2011


Ele vai trabalhar junto com o Tour das Américas e terá até 14 torneios em oito países


   Ty Votaw, do PGA Tour: Boas notícias para o golfe brasileiro e sul-americano a partir de 2012
   Ty Votaw, do PGA Tour: boas notícias para o golfe brasileiro e sul-americano, já  a partir de 2012

por: Ricardo Fonseca

Ty Votaw, vice-presidente Executivo, de Comunicação e Negócios Internacionais confirmou em entrevista à Associated Press, que o novo circuito do PGA Tour para a América do Sul, América Latina e Caribe deve começar a operar no início de 2012, reunindo de 12 a 14 torneios profissionais, com prêmios de US$ 175 mil cada, em oito países.

Votaw não especificou quais países, mas o Brasil, que tem participado das reuniões desde que o projeto foi lançado, há 18 meses, será um deles.O evento escolhido é o Aberto do Brasil que a partir deste ano está sendo promovido em conjunto pela Confederação Brasileira de Golfe (CBG) e pela Brasil1, a empresa de marketing esportivo que há três anos trás o LPGA Tour para o Rio de Janeiro.

Circuito Mundial – O objetivo do PGA Tour, além de tomar conta de um território novo, nos moldes do que o Tour Europeu tem feito no resto do mundo, é ajudar a desenvolver talentos locais e oferecer a eles uma forma de entrar para o circuito mundial, hoje inacessível para os profissionais do continente. E a forma encontrada foi fazer do novo PGA Tour das Américas um circuito de acesso ao Nationwide Tour, que por sua vez classifica para o PGA Tour.

“Se você conferir os 500 primeiros do ranking mundial de golfe, verá que existem apenas 15 jogadores da América do Sul listados e que sete deles são argentinos”, diz. O único brasileiro no grupo é o gaúcho Adilson da Silva, 420º do ranking, que joga no Sunshine Tour, da África do Sul. O paulista Lucas Lee, que joga no Tour Asiático e no Tour Canadense está em 720º do ranking, que tem ainda Alexandre Rocha, hoje na 1.328 colocação, já que é muito mais difícil conseguir pontuar o PGA Tour, onde joga atualmente.

Incentivo – “Essa é uma parte do mundo em que o desenvolvimento de jogadores de elite é algo que precisa ser incentivado, sobretudo agora com o golfe olímpico no Brasil”, diz Votaw, advogado que comandou o LPGA Tour de 1999 a 2005, em uma de suas épocas mais prósperas, e que desde 2006 trabalha como executivo do PGA Tour. Votaw foi o coordenador da Federação Internacional de Golfe (IGF), que comandou a vitoriosa candidatura do golfe para voltar aos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, em 2016.

O dirigente do PGA Tour confirmou ainda que o novo circuito vai distribuir pontos mínimos para o ranking mundial – um mínimo de seis pontos para o campeão, até 1,2 ponto para o sexto colocado – podendo aumentar caso o grupo de jogadores reúna alguns dos mais bem ranqueados no mundo. “Aumentar o número de sul-americanos no ranking mundial vai ajudar o golfe de lá a participar desse grande momento”, aposta Votaw.

Golfe 2016 – Segundo Votaw, o plano não foi criado por causa dos Jogos Olímpicos, que apenas aceleraram o processo. Não está definido ainda quantos jogadores do PGA Tour das Américas vão se classifica para o Nationwide Tour, aonde só se entra hoje chegando à terceira e última seletiva para o PGA Tour, que serve para os dois circuitos. O novo tour será aberto a jogadores de todo o mundo e deverá atrair muitos que hoje jogam nos mini-tours dos EUA, como é o caso dos brasileiro Fernando Mechereffe e Philippe Gasnier.

Votaw diz que a idéia não é substituir o Tour das Américas, que hoje já distribui pontos para o ranking mundial nas mesmas bases do novo circuito, mais sim trabalhar junto com ele. Mas não explicou como isso aconteceria. O dirigente confirmou ainda que o Nationwide Tour da Colômbia vai continuar e não falou sobre eventos do Nationwide em outros países da América do Sul e no Brasil.

Escalada – O CBG Pro Tour, lançado esta semana, em Porto Alegre, vai classificar jogadores para o Aberto do Brasil, a partir deste ano, e, possivelmente garantir acesso direto ao PGA Tour das Américas a seus jogadores mais bem colocados no final da temporada, sem necessidade de disputar as seletivas. E esse ao Nationwide, que por sua vez leva ao PGA Tour. Um caminho para a escalada rumo ao circuito mundial que os sul-americanos e sobretudo os brasileiros tanto necessitavam.

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