14/08/2011
por: Ricardo Fonseca
Na segunda semana de agosto de 2010, o americano Brendan Steele havia jogado voltas de 69, 68 e 66 tacadas no Price Cutter Charity Championship, do Nationwide Tour para chegar à volta final com chances de conquistar seu primeiro título profissional. Jogou 70 no último dia para terminar em 16º e ganhar US$ 9.062,50. Exatamente um ano depois, Steele jogou voltas de 69, 68 e 66 tacadas, para chegar à volta final do PGA Championship isolado na liderança e com chances de conquistar um título major logo em sua primeira tentativa e levar o prêmio de US$ 1.350.000,00.
Se for verdade que “a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”, como ironizou Karl Marx, então Steele terá a oportunidade, neste domingo, de interromper a maior seqüência de majors sem vitória americana em 80 anos e dar aos EUA seu primeiro título de Grand Slam em sete tentativas, ou desde que Phil Mickelson venceu o Masters, em abril de 2010. Desde então, só europeus ou jogadores do Tour Europeu venceram majors.
Imponderável – Mas o que o autor de o “18 Brumário de Luís Bonaparte” não poderia imaginar é ao contrário dos golpes de estado de tio e sobrinho na França, o golfe tem um lado imponderável que colocou três jogadores desconhecidos do grande público e um veterano já de olho no Champions Tour, na liderança do último major do ano, neste domingo, no Atlanta Athletic Club, na Geórgia. Nenhum deles abaixo dos 80 primeiros do mundo.
Brendan Steele, 121º do ranking mundial de golfe, divide a liderança com Jason Dufner (80º), uma tacada à frente de Keegan Bradley (108º), com Scott Verplank (87º), outra tacadas atrás. Steele só chegou entre os 300 primeiros do ranking em 31 de outubro de 2010, logo depois de vencer no Nationwide Tour, na mesma semana em que Tiger Woods perdia a liderança do ranking mundial.
Dois nomes – Dos quatro mais bem colocados para a volta final do PGA Championship, o único que dispensa os dois nomes para ser citado, é Verplank, que aos 47 anos, já venceu cinco vezes no PGA Tour, quatro delas até 2001 e a última em 2007, mas nunca esteve perto de vencer o major. Jason Dufner, de 34 anos, é outro veterano no circuito – joga sua quinta temporada consecutiva no PGA Tour – mas seus únicos dois títulos profissionais são do Nationwide, o último em 2006.
Brendan Stelle, de 28 anos, é um estreante no PGA Tour, depois de começar a carreira profissional do Tour Canadense e jogar três anos no circuito de acesso. Mas já venceu seu primeiro título, no Texas Open, no começo de abril, onde já teve a experiência de dormir líder antes de se tornar um dos seis estreantes campeões em 2011.
Maldição – Keegan Bradley, o quarto personagem dessa final, que vem de dois anos no Hooters Tour e de um no Nationwide, tem 25 anos e é outro estreante do PGA Tour que já venceu este ano, no playoff do Byron Nelson, contra Ryan Palmer. Mas tem contra ele os deuses do golfe, que jamais permitiram que um jogador com os deselegantes putters longos vencesse um major (masculino).
A maldição do putter longo que vale ainda para Steve Stricker, que de líder do primeiro dia ao igualar o recorde de 63 em majors, caiu para o quinto lugar, três atrás dos líderes, e para o australiano Adam Scott, um dos cinco não-americanos entre os 12 mais bem colocados até a oitava posição e que podem ainda impedir que os americanos voltem a vencer um major.
“Muito prazer” – Steele e Dufner voltam a jogar juntos hoje, no pelotão do PGA Championship, mas não terão que repetir a inusitada cena deste sábado, quando, provavelmente pela primeira vez na história de um major, os dois líderes de sábado tiveram que ser apresentados no tee do 1, uma vez que nunca jogaram juntos antes, nem haviam se encontrado no torneio. mesmo por acaso.
Muitos esperam que o verdadeiro drama desta final do PGA Championship comece para valer no tee do 15, quando começa a seqüência de quatro buracos finais que está sendo considerada a mais difícil do circuito, onde os profissionais em campo jogaram em média quatro acima do par. Menos Dufner, que acumula três abaixo do 15 ao 18 sem ter feito um único bogey em três dia.
Bote – Se esse grupo de quatro jogadores acordar e eles se derem conta que estão para vencer um major, uma turma de forte jogadores está pronta para dar o bote e mudar a história de um major que até agora parece mais uma final de torneio aposto, aqueles que são jogados paralelamente às grandes competições.
Além de Stricker, o quinto colocado com quatro abaixo, três atrás dos líderes, esperam para dar o bote David Toms, campeão do PGA Championship de 2002, nesse mesmo campo, que ontem jogou 65, a melhor volta do dia para empatar em oitavo. A seu lado estão Scott; o sul-africano Charl Schwartzel, o campeão do Masters; e o sueco Robert Karlsson.
Boas notícias: O mundo ganhou ontem mais 90 milhões de golfistas, 39 milhões deles apenas nos EUA. Ao contrário do que imaginava a Federação Internacional de Golfe, que supunha haver pouco mais 60 milhões de golfistas em todo o mundo quando apresentou a candidatura do esporte ao Comitê Olímpico Internacional, e surpreendendo a respeitada National Golf Fundation, que diz haver 26 milhões de golfistas americanos (com cinco anos ou mais, considerando todos que deram ao menos uma tacada nos últimos 12 meses ou pisaram em algum driving range), aprendemos que existem 150 milhões de golfistas no mundo sendo que os EUA tem “muito mais de 65 milhões” de golfistas. Foi falado, gravado e defendido por escrito. Acredite quem quiser.
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