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PGA Tour: Alexandre Rocha ainda pode salvar o cartão

18/10/2011

Segundo lugar esta semana, na Disney, coloca brasileiro direto no circuito, em 2012

Rocha: último torneio de golfe do ano no PGA Tour e duas metas, difíceis, mas possíveis

por: Ricardo Fonseca

A grande maioria dos estreantes do PGA Tour tem dificuldade para manter o cartão em seu primeiro ano do circuito profissional mais bem pago do mundo, e não foi diferente com o brasileiro Alexandre Rocha. Sem conhecer os campos aonde vão jogar, nos quais muitas vezes só conseguem treinar uma vez antes da estréia, e sem poder jogar quase a metade dos torneios, justamente os de maior premiação, fica muito mais difícil acumular dinheiro o suficiente para terminar o ano entre os 125 primeiros do ranking que tem garantida vaga no ano seguinte.

Rocha chega ao Children`s Miracle Network Classic, esta semana, na Disney, em 193º lugar do ranking do PGA Tour, com US$ 177,6 mil acumulados em prêmios. James Driscoll, o 125º colocado e última da lista que está mantendo o cartão para 2012, ganhou até agora US$ 645,8 mil. A diferença é enorme, de US$ 468,2 mil, mas Rocha ainda pode manter seu cartão, sem necessidade de vencer, o que dá isenção automática.

Como chegar lá – Para manter seu cartão, terminando o ano entre os 125 mais bem colocados do PGA Tour, Rocha precisa terminar sozinho em segundo esta semana, o que lhe daria o prêmio de US$ 507,6 mil. Um empate com mais um em segundo lugar já não bastaria, pois o prêmio cairia para US$ 413,6 mil.

Como membro do PGA Tour – e também por ter passado o corte no US Open, Rocha já tem vaga assegurada na terceira das quatro fases seletivas do PGA Tour para 2012, o chamado Q-School (de Qualifying School, ou Escola de Qualificação). Oficialmente é chamada de segunda fase, mas agora que existe um pré-qualificação, o Q-Scholl passou, na prática, a ser ter quatro fases.

Pressão – Essa penúltima seletiva é talvez um dos torneios de maior pressão do mundo do golfe. Quem passa e chega à seletiva final, tem ao menos algum status no Nationwide Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour, que paga prêmios de mais de meio milhão de dólares por torneio. Um bom emprego. E tem, é claro, a chance de terminar entre os 30 primeiros que se classificam para o PGA Tour e uma boa oprtunidade de ser membro pleno do Nationwide.

Mas, quem não chega à fase final da Q-School, não tem nada. Está desempregado para a temporada seguinte, fadado casar dinheiro para jogar nos muitos mini-tours profissionais dos EUA. O dinheiro dos prêmios desses circuito, alguns de elevadíssimo nível técnico, sai quase todo das inscrições dos jogadores.

Seletiva final – Rocha, porém, tem a chance de se classificar direto para a seletiva final se conseguir terminar o ano entre os 150 primeiros do ranking do PGA Tour. Dean Wilson, o 150º colocado esta semana, acumulou US$ 401,3 mil, ou US$ 223,7 a mais do que Rocha. Assim, um segundo lugar empatado com mais um ou dois jogadores, um terceiro e até um quarto lugar, dependendo de outros resultados, poderiam garantiriam o brasileiro na final da Q-School. O quarto lugar empatado dá US$ 206,8 mil e já não é suficiente.

Em 21 torneios até agora, Rocha passou o corte em dez, mas vem de seu melhor resultado do ano, na última semana, quando terminou em 26º lugar no The McGladrey Classic. É pouco, é verdade, mas ele jogou 65 no último dia, igualando seu melhor resultado da temporada e jogou 67 na estréia. Quatro voltas como essas poderiam dar a Rocha o resultado de que ele tanto precisa. E ele já provou, no rodada final do Q-School de 2010 e para se tornar o primeiro brasileiro a passar o corte no US Open, que pode jogar bem sob pressão.

TV – Vamos todos torcer juntos pelo Rocha. O Golf Channel (e não mais a ESPN) transmite o Children`s Miracle Network Classic ao vivo para o Brasil de quinta a domingo, das 16h00 às 19h00.