16/11/2014
por: Ricardo Fonseca
Uma semana depois de Rafa Becker ter se tornado o primeiro brasileiro a vencer um torneio organizado pelo PGA Tour dos EUA, com o título do Aberto do Brasil, do PGA Tour Latinoamérica, Lucas Lee quase repete o feito neste domingo, no Nine Dragons Open, do PGA Tour China. Os dois circuitos administrados pelo PGA Tour tem o mesmo status de circuitos satélites do Web.com (juntamente com o PGA Tour Canadá), classificando os cinco primeiros colocados de cada temporada para o Web.com Tour do ano seguinte.
Lucas, que começou o volta final empatado em segundo lugar, a duas tacadas do líder, jogou três abaixo de ida e fez mais um birdie no buraco 12, para ser líder empatado e, depois, líder isolado, até a três buracos do final. O tropeço do brasileiro veio a partir do 16, quando ele fez três bogeys seguidos para fechar o campo com uma baixo e perder o título por duas tacadas de diferença, caindo para terceiro lugar.
Amador surpreende – O brasileiro somou 283 (75-69-68-71) tacadas, cinco abaixo do par, contra -7 (72-68-72-69) do amador Jin Cheng, que surpreendeu os profissionais ao liderar após a segundo rodada e depois ao vencer de virada. Chien Sam terminou em segundo, com -6 (71-69-73-69), uma à frente de Lucas (-5). Enquanto o brasileiro fazia três bogeys nos três buracos finais, os dois jogadores que terminaram à sua frente jogavam uma baixo nesses buracos, ambos com birdie no 17, para descontar quatro tacadas de Lucas.
Esta foi a terceira colocação de Lucas entre os Top 5 e a quinta entre os Top 10 da temporada de estreia do PGA Tour China. Além do terceiro lugar no Nine Dragons Open, o brasileiros foi terceiro colocado no Lanhai Open, quarto no Buick Open, oitavo no Pengai Open e nono no Henan Open. Lucas, que jogou no PGA Tour Canadá de 2009 e 2012, amealhou ainda cinco vice-campeonatos naquele circuito, sendo um em 2013, quando a série já estava sob tutela do PGA Tour.
Web.com Tour – O colapso de Lucas Lee nos buracos finais não tira o mérito do brasileiro, que ganhou prêmio de segundo colocado e saltou da décima para a sexta colocação do ranking local, restando dois torneios para o final da temporada. Os cinco primeiros no final do ano ganharão cartões para o Web.com Tour, sendo o primeiro um cartão integral e os quatro seguintes cartões condicionais.
Seja como for, por estar entre os Top 10 do circuito em setembro, quando o PGA Tour China sofreu um intervalo dois meses em seu calendário, Lucas já garantiu vaga na seletiva final para o Web.com Tour, em dezembro, o que por si só já lhe dará no mínimo um cartão condicional para o circuito de acesso ao PGA Tour.
Seletivas e ranking mundial – Para elevar seu status e prioridade de inscrição para o Web.com Tour de 2015, Lucas terá que terminar entre os 45 primeiros da final da Q-School, o que o deixaria isento até o segundo re-ranking (rearranjo feito a cada cinco torneios na prioridade de inscrição com base no dinheiro ganho até então). Se terminar entre os Top 10 da seletiva final, Lucas estará isento até o terceiro re-ranking, o que equivale a um cartão integral. Só ganham cartões plenamente isentos de re-ranking os campeões das temporadas dos circuitos satélites do Web.com Tour (PGA Tour China, Canadá e Latinoamérica) e o campeão da Q-School.
Lucas também voltou a pontuar para o ranking mundial de golfe, o que o levou a se aproximar ainda mais de uma vaga para representar o Brasil na volta do golfe aos Jogos Olímpicos, no Rio 2016. O terceiro lugar lhe deu 2,4 pontos, o que deve levá-lo da 811º colocação para os Top 700 do mundo, o que o deixaria hoje como o segundo melhor brasileiro, atrás apenas do gaúcho Adilson da Silva.
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